quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco

Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco
Companhia de Teatro de Braga
Encenação - Sílvia Brito

A representação de Amor de Perdição despertou curiosidade e ajudou-nos a clarificar aspetos da obra, prendeu-nos.... Permitiu, por exemplo, perceber melhor o ponto de vista de Mariana acerca dos seus sentimentos. Foi o descobrir uma nova forma de teatro.
Sim. Esta foi, indubitavelmente, uma nova e estranha forma de teatro. Uma experiência diferente, enriquecedora e fascinante, cheia de emoções e sentimentos. Uma representação invulgar, hilariante, cativante, única. Um bom modo de nos apropriarmos da obra – também com vista a um melhor desempenho no exame.
Foi uma representação fora do convencional, didática, pois as réplicas das personagens em cena a explicarem algum do vocabulário de Amor de Perdição ajudaram a perceber melhor a sua mensagem.
A sátira da vivência do convento foi tão assertiva quão engraçada, ou seja, a crítica à sociedade portuguesa do século XIX tornou mais fácil a aprendizagem da obra. E a discussão decorrida durante a peça sobre algumas das ações das personagens de acordo com as suas características foi interessante e permitiu a perceção do seu caráter.
Assim, gostámos tanto da personagem João da Cruz enquanto representava Amor de Perdição como quando entrava como personagem fora deste romance. Também a forma como Mariana encarnou a personagem e a mostrou foi arrebatadora. Para além disso, a conversa entre Mariana e Teresa durante a representação lembraram-nos a importância de amar verdadeiramente alguém. E pela representação de Baltasar conseguimos perceber melhor o âmago desta personagem. Por outro lado, a surpresa estalou quando foi representado o momento em que Simão matou Baltasar.
Como nem todos estavam à espera de uma peça tão de vanguarda, ela surpreendeu-nos particularmente, até pelos aspetos cómicos que não tínhamos descoberto quando lemos a obra.
Por fim, e tendo em conta que a maior parte da peça foi leve e surpreendente, o final ficou aquém das nossas expetativas (pelo menos para alguns) até pelo muito que já tinha estado em palco…

Texto coletivo 11.ºA