quarta-feira, 22 de abril de 2020

aepl.estetempo 22.abril.2020



Póvoa de Lanhoso, 22 de abril de 2020

Mais um dia em isolamento… Felizmente o de hoje é especial! É dia mundial da Terra! Como eu amo a Terra e tudo o que ela envolve: as plantas, os animais, a água e até as rochas! Espero que todos parem para pensar no mal que temos feito à nossa querida Terra e o quanto a estamos a destruir com a nossa ganância. É em tempos como os que estamos a viver que todos valorizam o que há de melhor neste nosso planeta, que saudades que tenho de acordar e tomar o pequeno almoço a olhar para o mar, de ver os barcos à pesca de madrugada, e não acredito que vou escrever isto, mas até saudades de adormecer a ouvir as barulhentas gaivotas tenho!
Anseio o dia em que possa reviver estas sensações. Esta tristeza há de passar e, no fim disto tudo, havemos todos de valorizar as coisas pequenas que o mundo nos dá.

Ana Rita Oliveira (12.ºB)



Querido diário,

Hoje foi um dia bastante mais calmo pois tivemos menos tarefas. Também era o dia em que tínhamos tarde livre e talvez por isso sintamos a diferença.
Quanto ao coronavírus, já há algum tempo que não te atualizo. Em Portugal, os casos de infetados continuam a aumentar entre os 500 e os 700 e morrem cerca de 30 pessoas por dia, infelizmente. Em alguns países a situação vai ficando cada vez mais regularizada, como é o caso da Espanha ou da Itália. Contrariamente, o Brasil ou os Estados Unidos, por exemplo, têm vindo a registar grandes aumentos de novos doentes e mortos.
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Terra que foi criado especialmente para criar uma consciência comum acerca dos problemas ambientais e preocupações para a proteger. E há boas notícias, pois prevê-se que as emissões de CO2 baixem 6%, por causa da pandemia que vivemos e que nos obriga ao isolamento, e a “natureza sente-se mais livre” com o aparecimento de animais raramente vistos em “público”, mas mesmo assim não será o suficiente para reverter a crise climática.
Este 50º dia da Terra é também muito preocupante, porque nos países em desenvolvimento, devido à COVID-19 e todas as normas que ela implica, a sobrevivência está difícil e o dinheiro está parado. As famílias não têm acesso a bens e os produtos agrícolas estão a apodrecer nos campos, uma vez que os produtores não têm forma de os vender, em certa parte, pelo isolamento e distanciamento social e os escassos transportes que cumprem estas mesmas regras, e tudo isto acresce já às imensas dificuldades que estas pessoas viviam até então. Se os países desenvolvidos estão a sofrer muito com todo este caos nem imagino nestes países onde vivem pessoas como nós sem as mínimas condições e onde a fragilidade da economia, das infraestruturas, de tudo, é elevada.
Espero que nós tenhamos consciência e nos esforcemos para melhorar e em conjunto ajudar os outros a recuperarem também.

Marina Peixoto (11ºD)


Quarta-feira, 22 de abril de 2020
Querido diário,

Cumpro hoje o quadragésimo dia de quarentena, não tem sido tão fácil como esperava que fosse no início, mas é um esforço e, de certa forma, uma obrigação para o meu bem e para o de todos à minha volta. O meu foco tem sido mesmo esse. Apesar de encarar as coisas de uma forma realista, tendo noção de todas as repercussões que esta pandemia irá causar quando tudo estiver devidamente controlado e de saber que tão cedo nada será como antes, já só espero o dia em que digam que tudo está de volta ao normal.
O pior destes dias tem sido a incerteza que se sente em relação a tudo, por momentos foi quase como se tivesse colocado a minha vida em pausa, não saber quando tudo ficará melhor, que decisões iriam ser tomadas relativamente a vários aspetos da nossa vida, o facto de tudo poder mudar a qualquer momento é, sem dúvida, algo assustador.  A verdade é que à medida que os dias passam e que tudo fica mais claro e com a sensação de que está a ficar tudo melhor, fica também mais difícil e estes 40 dias têm sem dúvida um teste à capacidade e saúde mental de todos. As saudades de tudo o que podíamos fazer antes, as coisas tão simples às quais tenho a certeza de que irei dar muito mais valor quando as voltar a fazer.
Acabo hoje com o sentimento de esperança de que da próxima vez que escrever já tudo se encontre bem.

Bruna Pereira (12.º B)



Quarta-feira, 22 de abril de 2020
Querido diário,

Estamos, hoje, no trigésimo oitavo dia de quarentena. Hoje, recebi a “confirmação” de que, realmente, a total normalidade demorará a voltar.
A Organização Mundial de Saúde garantiu que o vírus iria ficar durante muito mais tempo. Esta é uma realidade que vai demorar a ser assimilada por muita gente. Por muito que já estejamos a viver este cenário há alguns meses, parece que nem todos entenderam que uma pandemia (principalmente desta dimensão) demora muito tempo a passar. Mas, como é óbvio, tudo depende da forma como é controlada que, por sua vez, depende não só do governo, mas da forma como as pessoas levam mais ou menos a sério as medidas de contenção.
Portanto, mesmo com o abrandamento da pandemia, ainda somos nós que decidimos o nosso futuro. Como sempre, é o Homem que decide o rumo do planeta e espera-se, sempre, que este tome as decisões mais acertadas, ainda que isso não tenda a acontecer. Pessoalmente, espero que as decisões que se venham a tomar no futuro sejam as corretas, porque um reagravamento da pandemia é tudo o que não precisamos.

Maria João Fontão (11ºC)