terça-feira, 7 de julho de 2020

7 julho 2020



Carta para a minha avó
Por muito mais que eu quisesse, seria impossível expor nesta carta tudo o que passamos juntas, são 16 anos de incríveis histórias, que ficarão guardadas para sempre nos nossos corações.
Contigo tive a oportunidade de conhecer o passado, através das histórias que me contas carregadas de memórias que te fazem encher de água os olhos. Certamente por saudade das boas lembranças, das pessoas que passaram pela tua vida e foram levadas com o tempo, saudade dos momentos simples e que na altura pareciam rotineiros e até aborrecidos. Falas sempre dessa época com uma certa pena de não ser sido diferente. Foram tempos muito difíceis, com muita dor, é de cortar o coração saber que alguém teve de passar por isso para sobreviver. A tua alma foi sendo desgastada pelas adversidades, o tempo foi deixando marcas, e marcas são sinal de história. História que tu fazes questão de passar para as gerações futuras com o objetivo de que não cometamos os mesmos erros que tu. Sem sombra de dúvida, tu és uma fonte de inspiração.
A vida nem sempre te sorriu, mas tu sempre lhe sorriste e sempre me mostraste que é com um sorriso no rosto que temos de a encarar.
Para sempre hão de ficar-me na memória lembranças do tempo que vivemos juntas, lembro-me de te ver naquela cozinha a preparar os almoços para toda a família, sempre gostaste de cozinhar, talvez seja uma das tuas formas de levar o amor. Lembro-me de te chatear todos os dias para brincares comigo e, ao fim de alguma insistência, conseguir. Lembro-me dos carinhos que me fazias, eram tão reconfortantes. Lembro-me de me ires buscar à escola. E de tentas outras coisas...
É praticamente impossível separar a minha infância de ti, porque estiveste presente em todos os momentos, desde os mais simples aos mais importantes, estiveste sempre ali. Talvez seja por termos estado sempre tão próximas que desenvolvemos um afeto enorme uma pela outra. 
Apesar de hoje não vivermos mais juntas, não existe um único dia em que não falemos. Já faz parte da minha rotina estar sempre contigo no fim de cada dia. E quando não podemos estar juntas fisicamente, usamos a tecnologia em nosso benefício.
Estimo muito a nossa relação, o carinho e o amor que desenvolvemos. Vais estar para sempre no meu coração porque te amo.
Jéssica Pereira (11ºF)



Esta é a minha avó
Glória, Maria Glória, Glorinha, como lhe queiram chamar – esta é a minha avó. A dona Glória, mãe do meu pai, tem 84 anos e vive numa pequena rua pacata, que se mantém bastante semelhante desde que existe (ou, pelo menos, é o que me contam). Tem oito irmãos e irmãs, todos eles com feitios bastante semelhantes – conservadores, mas ao mesmo tempo alegres, sempre prontos para animar os convívios de família.
Assim como os seus irmãos, a dona Glória é muito conservadora, com uma mentalidade bastante típica da sua faixa etária. Foi criada no seio de uma sociedade machista e, por conseguinte, alguns ideais típicos desta forma de ver o mundo permanecem na sua forma de ser; um reflexo da sociedade em que foi educada é o facto de nunca ter trabalhado: sempre foi dona de casa e ocupou-se da educação dos seus nove filhos, que lhe deram um trabalho inimaginável.
A infância e adolescência dos meus tios (e do meu pai, é claro) foram marcadas, essencialmente, por todas as suas asneiras e peripécias, que davam constantemente grandes dores de cabeça aos meus avós e, até hoje, rendem histórias para contar nos encontros familiares. Para além disso, a casa da minha avó (a mesma desde que casou com o meu falecido avô) é muito pequena e, como é de esperar, educar nove crianças traquinas tornou-se mais difícil ainda, dentro de um espaço tão restrito.
O trabalho de dona de casa é constantemente desvalorizado mas, a meu ver, é tão importante como os que são economicamente rentáveis. A minha avó conta-nos com frequência várias histórias daquilo que fazia quando “ainda podia” e orgulha-se de tudo o que fez carinhosamente pela sua família. Sempre mimou os filhos, tentando fazer comidas diferentes para cada um (para que todos gostassem) e cobrir as consequências das traquinices que eles faziam.
Atualmente, a dona Glória não prevê mais nada para o seu futuro: apesar de nunca ter saído muito da sua zona de conforto, vive na sua rua pacífica, onde viveu a maior parte da sua vida. A sua paz interior tem origem na felicidade de receber visitas da família, nas tardes de domingo, onde se contam histórias diferentes da vida de cada membro da família.
Mulher de família, lutadora e vivida – esta é a minha avó.

Maria João Fontão (11ºC)


As alterações laborais ao longo do tempo
 Com o decorrer dos tempos, os ideais que regem a maneira de pensar de uma determinada sociedade vão sofrendo diferentes alterações. Isto acontece, principalmente, devido à evolução do pensamento humano que é impulsionado pelo desenvolvimento tecnológico, pela arte e também por certos movimentos revolucionários. O trabalho, entre outros diferentes aspetos, foi alvo de inúmeras mudanças.
Segundo o relato de um individuo que viveu no século anterior, no passado, existia uma grande distinção entre as diferentes classes sociais, sendo que, o trabalho que predominava na maioria do povo estava relacionado com o cultivo de vários alimentos a mando de um senhorio, estando sujeitos a deploráveis condições de trabalho e a imensas horas de trabalho. Apenas as pessoas que pertenciam a uma classe social mais elevada e que possuíam mais recursos monetários é que tinham a oportunidade de exercer profissões de maior responsabilidade, de maior consideração e mais bem remuneradas, como por exemplo, médicos, engenheiros e comerciantes. Atualmente, ao olhar para o passado, as pessoas mais idosas percebem realmente a injustiça a que foram sujeitas e arrependem-se de não ter feito nada que pudesse mudar a sociedade daquele tempo.
Na minha opinião, hoje em dia, vivemos numa época marcada pela igualdade de géneros e das classes sociais. Apesar de ainda existirem alguns aspetos que devem ser aperfeiçoados como a remuneração, posso afirmar que, comparativamente ao passado, houve uma considerável melhoria. É dado a todo o cidadão a oportunidade de exercer o ofício que deseja, independentemente das suas limitações económicas, uma vez que existe, por parte das universidades, a atribuição de fundos monetários às pessoas que mais necessitam. A nível do salário, estão a ser feitos progressos relacionados com a igualdade do homem e da mulher. Em vários países da Europa, como por exemplo Islândia e Noruega, tal igualdade já foi totalmente atingida, existindo vários indivíduos do sexo feminino em altos cargos de empresas e do governo, o que não acontecia no passado. Apesar de isto ainda não ter sido totalmente aplicado em Portugal, creio que estamos a fazer progressos.
Em conclusão, a sociedade tem vindo a ser alterada desde sempre, sendo que tais mudanças avançam para um mundo mais igual e mais justo, levando a uma maior qualidade de vida a nível geral. Existindo ainda hoje, vários aspetos a melhorar, cabe a cada um de nós contribuir para estas alterações de mentalidade.

Fábio Rodrigues (11ºC)

segunda-feira, 6 de julho de 2020

6 julho 2020


Friendly Maths - ERASMUS +  


The trip to Italy, for the 1st Meeting of the Erasmus + project, Friendly maths, was truly amazing and I deeply appreciate being given the opportunity to live this experience. I learned so much about the country and its culture, saw so many beautiful things and places and met some of the most amazing people.
The balance between work and leisure time was perfect and the food was really good! I was so well welcomed to the family that hosted me that I honestly felt at home and I’ll never forget them.
I wish I could have stayed there for longer! Hopefully I may have another chance to do something like this in the future.


A viagem a Itália, para participar no 1º Encontro do projeto Erasmus+, Friendly Maths, foi simplesmente fantástica e agradeço muito por me ter sido dada a oportunidade de viver esta experiência. Aprendi tanto sobre o país e a sua cultura, vi coisas e lugares tão bonitos e conheci algumas pessoas fantásticas.
O balanço entre o tempo de trabalho e de lazer foi perfeito e a comida era muito boa! Fui tão bem recebida pela família que me acolheu que me senti em casa e sei que nunca os esquecerei.
Gostava de ter podido ficar lá por mais tempo! Pode ser que tenha outra hipótese de viver outra experiência destas no futuro.

Maria João Silva, 11A




Three weeks ago, I participated in the project Erasmus+, Friendly maths, in Italy.
I had really great expectations, which were perfectly met during that fantastic week.
It is true that it felt a little awkward at first because I barely understood Italian and my host family couldn’t speak English. But as I spent more time with them, we found a way to communicate by gestures or simple words and they were really nice and understanding. I also had an incredible time perceiving a different culture from the eyes of a native and not a tourist.
As for school, it was amazing. It is at least three times the size of ours and there are many vending machines. However, there isn’t a canteen but that isn’t really relevant because in Italy there are only classes in the morning, so they don’t really need to eat at school.
Besides the great facilities, the students and teachers were really easy to socialize with and were always there to help us. What I loved the most were our meetings after activities, where almost everyone was together and having a good time, forgetting about our different origins and, of course, the food was wonderful.
The worst part was probably the last day. The separation was terrible and I started missing everybody right after I left but I know that one day I’ll be able to see them again so, instead of being sad, I should be happy for having experienced such an awesome and inspiring week abroad.

Mariana Sousa, 11A







Ação de Curta Duração: CLIL in Primary School

Com o objetivo de disseminar as aprendizagens, inseridas na formação europeia, financiada pelo projeto Erasmus +, em modalidade de Jobshadowing, concretizada entre 5 e 9 de março, na escola Colegi Mare de Deu del Carme Terrassa, Barcelona, no âmbito do projeto TIES – Training and Innovating to Ensure Success, realizou-se, na Escola EBI do Ave do AEPL, nos dias 30 de janeiro e 7 de fevereiro, a Ação de Curta Duração (ACD), certificada, intitulada “CLIL in Primary School”, tendo como formadores os professores Manuela Lourenço, Fernando Fernandes, Ana Teixeira, José Queirós e Paula Dias.
O programa da formação incluiu um “enquadramento teórico acerca da abordagem CLIL, uma oferta formativa de futuro”, cujos princípios chave são: a cognição, o conteúdo, a comunicação e a cultura; e a sua importância no desenvolvimento das competências do século XXI, como a aprendizagem integrada. Assim como a linguagem & literacia/transferibilidade; a criatividade & pensamento crítico; e a saúde e bem-estar. Este enquadramento teórico esteve a cargo da professora Manuela Lourenço. Seguiu-se a intervenção do professor Fernando Fernandes, que desenvolveu o tema Compatibilidades entre CLIL e Educação Física – uma realidade no AEPL”. Por fim, a professora Ana Teixeira fez a “apresentação de um exemplo prático de uma atividade desenvolvida no Colégio Mari deu Del Carme, em Terrassa, Barcelona”, tendo por base a abordagem CLIL. Após estas intervenções, no dia trinta de janeiro, organizaram-se grupos de trabalho, para a criação/planificação de uma atividade CLIL, direcionada para o ensino primário.
Posteriormente, depois do trabalho concretizado, os intervenientes apresentaram, no dia sete de fevereiro, a planificação e a atividade, entretanto postas em prática nas aulas, tendo envolvido as professoras titulares e a professora de língua inglesa.   

A Coordenadora
Manuela Lourenço



quarta-feira, 1 de julho de 2020

1 julho 2020


Olhando para trás, naquilo que foi acontecendo e que fomos escrevendo durante este ano, ficam dois textos da Filipa Pereira do 8ºB - O nosso futuro e A escola - e a professora Carla Lopes dá-nos a conhecer os projetos etwinning das suas turmas.

                                  

                                                                                                
                                                                                                                    Filipa Pereira - 8ºB

O nosso futuro
Aterroriza-me. Sim, o futuro dá-me medo. Hoje posso estar aqui? Posso. Mas amanhã? Não sei. Realmente não sei mesmo o que esperar. Sou aquele tipo de pessoa que gosta de fazer planos mas, infelizmente, nunca sei muito bem como os hei de fazer se no dia seguinte posso aqui não estar. Dá medo, não dá? Eu sei. Mas tem calma. Certifica-te sempre que estás no bom caminho e que praticas o bem. Pelo menos é o que eu acho. Penso que se nos afastarmos da maldade teremos mais chance de não ser aterrorizados pela mesma. Quem me dera que a vida fosse infinita. Como eu gostaria de receber a simples notícia de que vou ficar aqui para sempre. O problema é que eu sei que essa notícia nunca vai chegar. Todos nós sabemos, apenas o negamos. E não, não é porque houve um atraso nos correios ou porque houve falha de rede. Acreditem, não foi. Foi só mesmo porque essa noticia nem sequer foi escrita.
Tenho medo de acabar, é verdade. Mas pior, tenho medo de acabar sozinha. Sem ninguém. Apenas eu. Por vezes, a solidão faz-nos companhia e ajuda-nos a colocar as ideias em ordem. Mas não é nos momentos de tristeza que a queremos por perto. Não nos momentos em que precisamos de alguém para abraçar. Apenas alguém para conversar. Nem que seja apenas por um simples minuto, valeria uma vida. Às vezes só precisamos de alguém. E nós sabemos quem é esse alguém. Uma pessoa especial. Aquela pessoa que não precisamos de falar, não precisamos de explicar, não precisamos de fazer absolutamente nada. Basta o olhar e é o suficiente. Não é preciso mais ninguém para sobreviver. Aquela pessoa que nos recarrega apenas com um olhar, um sorriso ou um abraço. Devemos a vida a essa pessoa. Ela merece tudo o que há no mundo inteiro. Merece pois é essa pessoa que me faz não ter mais medo do futuro. Que me faz ser quem eu sou e arriscar porque, muitas vezes, é esse o nosso problema, não arriscar. E, não arriscando, um simples futuro, uma simples vida, pode estar tudo arruinado.




A Escola
A escola é o lugar onde passamos maior parte do nosso tempo. Valerá a pena? Bem, um dia, mais tarde, saberemos. Agora, apenas sei que é o que preciso de fazer, pelo menos para não ficar todo o dia enfiado com a cabeça num simples ecrã. Ao menos vou aprendendo, lentamente, aos poucos.
A escola é o lugar onde conheci a maior parte dos meus amigos. Um lugar mágico, portanto. Sinceramente, gostaria não ter conhecido algumas pessoas a que a escola me obrigou. Mas são as coisas da vida. É a vida de um pequeno adolescente e de todas as pessoas que precisam de trabalhar com outras.
A escola faz-me aprender coisas incríveis! Faz-me conhecer melhor o meu país e a sua história. Faz-me conhecer o mundo. A escola faz-me querer ser mais e melhor. Ajuda-me a ultrapassar os meus medos e experimentar coisas novas.
A escola é um lugar sustentável. É um lugar que me faz querer mudar os meus hábitos. Faz-me pensar no planeta e em todas as pessoas que nele vivem. Faz-me pensar de uma forma diferente, de uma forma melhor. Faz-me, sem dúvida, uma pessoa melhor.
A escola é um lugar de aprendizagem, é um lugar magnífico! É um lugar que apenas estamos nele de passagem porque, quando dermos por nós, estaremos num lugar completamente oposto ao que estamos neste momento e vamo-nos saber orientar. Graças a quê? Àquilo que neste lugar memorável aprendemos. Iremos saber-nos defender e lidar com pessoas completamente diferentes de nós graças ao que neste lugar (que neste momento, sejam sinceros, não vos apetecia estar) aprendemos. Somos alunos, somos pessoas e somos todos iguais. Acreditem, um dia, quando formos maiores, vamos agradecer por ter tido a oportunidade de passar por este lugar, A NOSSA ESCOLA.
                                                                    





Carla Lopes (professora)

No âmbito da disciplina de TIC, os alunos do 8.º A estão envolvidos no projeto etwinning Class On Screen, colaborando com alunos da Albânia, Espanha, Polónia, Turquia, Reino Unido, Roménia e Sérvia. Este projeto tem como objetivo promover a utilização de ferramentas web 2.0 na sala de aula, tornando as aulas mais dinâmicas. Os alunos irão trabalhar com imagem, vídeo, animação, realidade aumentada e desenho 3D, para abordar os diversos conteúdos programáticos. Os alunos também desenvolverão as suas capacidades linguísticas, uma vez que toda a comunicação é feita em inglês.



 No âmbito da disciplina de TIC, os alunos do 8.º B estão envolvidos no projeto etwinning Let's Be Safe Digital Users on Social Media', colaborando com alunos da Geórgia, Jordânia e Turquia. Este projeto tem como objetivo alertar os alunos para os perigos da utilização da Internet. Os alunos aprendem a trabalhar colaborativamente e em segurança, desenvolvendo em simultâneo as suas capacidades linguísticas, uma vez que toda a comunicação é feita em inglês.



No âmbito da disciplina de SDAC, os alunos do 10.º ano do Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, estão envolvidos no projeto Let's talk like professionals, colaborando com alunos de cursos profissionais da Espanha, França e Polónia. Este projeto tem como objetivo utilizar a língua inglesa para dotar os alunos com capacidades que lhes serão úteis no futuro. Os participantes já criaram cartões de apresentação e curriculuns vitae. No início do projeto, os alunos criaram logotipos para o mesmo e o logotipo vencedor foi criado pelo aluno português Diogo Ribeiro.


No âmbito da disciplina de Comunicação de Dados, os alunos do 11.º ano do Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, estão envolvidos no projeto Computing and Electronic Online Dictionary, colaborando com alunos de um curso profissional de electrónica de França. O objetivo deste projeto é a criação de um dicionário online constituído pelos termos técnicos inerentes aos cursos profissionais que os alunos frequentam. Todo o dicionário será criado em inglês.