domingo, 31 de maio de 2020

aepl.estetempo 31.maio.2020

Domingo, 31 de maio de 2020
Querido diário,

Estamos, hoje, no septuagésimo sétimo dia de quarentena. A meu ver, a nossa sociedade tem vindo a perder a esperança. Como já te disse, o pessimismo está cada vez mais presente, tendo vindo a substituir a esperança.
Sei que pode não parecer, mas a esperança é um dos sentimentos essenciais para a nossa saúde mental. Quando deixamos de a sentir, é como se não tivéssemos motivos para sermos felizes. Acreditar naquilo que sonhamos é crucial para que continuemos a lutar por isso.
Por vezes, parece não haver razões para nos sentirmos esperançosos, porém, há sempre um espaço, ainda que muito pequeno, para ela. Aquele ditado que diz que “a esperança é a última a morrer” pode parecer um cliché, mas é real – enquanto ainda há esperança, os restantes sentimentos positivos (felicidade, amor, etc.) têm um sustento; pelo contrário, se numa má situação da nossa vida não nos mantivermos esperançosos, tudo parece correr pior.

Maria João Fontão (11ºC)



Querido diário,

O verão vai ser mais quente, disseram, e a temperatura tem aumentado cerca de 0,3 graus Celcius por década. À primeira vista parece pouco, mas este crescimento é muito grave para o planeta, para a natureza, para os seres vivos, para os ecossistemas.
As alterações climáticas, até há pouco tempo, foram imensamente faladas e surgiram muitas revoluções e greves em diversos países, incluindo Portugal, para que os governos tomassem medidas. Todas estas manifestações foram incentivadas por uma jovem ativista ambiental sueca, Greta Thunberg. Todo o mundo, ou quase todo, estava unido nesta causa, que nos afeta a todos, e que está a colocar em risco o ambiente, aquático, terrestre ou aéreo, e, por consequência, a vida do ser humano.
Os icebergs estão a derreter, levando à destruição de habitats e à subida do nível do mar, fenómenos extremos como secas, tornados, ondas de calor ou chuvas torrenciais são mais frequentes, contribuindo para a morte de muitos animais e plantas, e os incêndios são mais ferozes, devastando hectares e hectares de floresta. Estes são alguns exemplos de mudanças no nosso planeta. O Homem tem levado a que estes fenómenos ocorram devido, principalmente, à queima de combustíveis fósseis, à desflorestação, à atividade pecuária e à utilização de certos fertilizantes. Ou seja, com a ansia de ter uma maior qualidade de vida, um maior conforto e de evoluir e descobrir sempre mais e mais, nós temos destruído a nossa casa, somos o pior inimigo da natureza e já é um pouco tarde para remediar isto.
Contudo, apesar dos já visíveis impactos destrutivos das alterações climáticas, das previsões nada animadoras e das falhas no combate a esta crise climática por parte dos governadores e comunidades internacionais, limitar o aquecimento global e lutar contra esta emergência deve ser sempre um objetivo de cada um de nós.
“O aquecimento global poderá ser sanado quando, entre outras coisas, houver um crescimento global de mentalidades!”
Marina Peixoto (11ºD)



“Os hábitos são a vitória do tempo sobre a vontade” Michel de Montaigne

  Instante, passado, presente e futuro fundamentados indiretamente numa expressão não popular mas especial no sentido em que a vitória é algo literário e não físico.

O hábito é o regular. Aquilo que fiz ontem, o que faço hoje, o que farei amanhã, talvez até a última ação daquilo a que chamamos caminhada, a que chamamos “vida … implica  passagem do tempo.

Ontem já passou, hoje está a prosseguir… alterações e semelhanças! Sendo a semelhança o esplendor do dia, o mesmo “bom dia”, o mesmo “olá”, o mesmo “aspeto”, não será completamente igual. A alteração de horário, de método ou de espaço de concretização, mostram-nos que o tempo vivido não é exatamente o mesmo, mas tomámo-lo por um hábito.

A importância do ontem ou do anterior é apenas a pequena ação que muda o rumo do estilo de vida, da relação social ou da autoestima muito influenciada pelo que vivemos e com quem vivemos, daí a importância do tempo passado.

  “ (…) a vitória do tempo” como  a vitória da preguiça ,a vitória do vício, a vitória da comida, a vitória da palavra, que por vezes nos levam a ultrapassar o correto ou o incorreto, o  irracional,  o instantâneo não deverão ser encarados como vitórias mas como aprendizagens.

  “ (…) sobre a vontade”, o esquecimento das capacidades humanas ,ultrapassadas por todos nós ora  pelo vício ora  pela ordem natural ora…

  Sem moralidades, o reflexo da vida e da essência humana está , em minha opinião, bem espelhada nas palavras de Michel de Montaigne.

  

João Rodrigues,12.ºB 


Este tempo… dia 79
31.Maio.2020

Neste momento, chove. E a frescura que vem com a chuva como que responde ao nosso apelo de hoje ‘rega a nossa aridez’. E os Domingos voltaram a ter o seu sabor.

Margarida Corsino