quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Somos uma Escola pelos Direitos das Crianças

    Numa tarde de sol e de céu azul - 20 de novembro, segunda-feira - miúdos e graúdos do AEPL marcharam por uma nobre causa!

    A preocupação são as crianças e jovens, o mote foi o programa da UNICEF “Escolas Pelos Direitos das Crianças”, ao qual o nosso agrupamento aderiu neste ano letivo.

    O desafio veio da CPCJ da Póvoa de Lanhoso - relembrar o 34.º aniversário da assinatura da Convenção Pelos Direitos da Criança e o contributo, esse, foi dos alunos desde o 2.º ao 11.º ano, no exercício de uma cidadania ativa.

    Depois de um estendal e da marcha ordeira, participada e animada, os alunos do AEPL apresentaram e entregaram um Manifesto pelos Direitos das Crianças ao Senhor Presidente da Câmara Municipal. O Manifesto transcreve-se aqui para que todos se inspirem e se comprometam com os direitos de ser crianças.

Catarina Lopes, Cecília Cardoso, Paula Dias e Vanessa Rocha

Manifesto dos Estudantes do AEPL pelos Direitos das Crianças e Jovens

Hoje, dia 20 de novembro, assinala-se o 34.º aniversário da assinatura da Convenção sobre os Direitos da Criança que em Portugal foi ratificada em 21 de setembro de 1990.

Muito se tem falado do tema, o ODS n.º 4, da Agenda da ONU para 2030, vem relembrar que é preciso agir e apesar dos nossos direitos estarem consagrados e reconhecidos a nível mundial, o que vemos?

Crianças e jovens sem educação de qualidade, sem um lar, sem uma família, sem comida, sem afeto, sem nome, sem nacionalidade, sem paz nem segurança, sem apoio na saúde e na diferença, sem respeito pela sua diversidade, sem pais e adultos que as ajudem a olhar para o planeta como a sua casa e para a comunidade como um berço para crescer.

 Por tudo isto, sabemos que na nossa sociedade: a negligência é o primeiro fator de risco. O direito a ser acompanhado, pela família e pela sociedade, é aquele que está mais em risco de não ser respeitado.

Segue-se a exposição a modelos de comportamento desviante através de muitos dos jogos de computador e desenhos animados que representam situações de violência, de ódio, de agressão e de morte.

Em terceiro lugar, surgem os maus tratos psicológicos e físicos e o abandono escolar.

Apesar de todos os documentos internacionais e das leis nacionais proibirem os castigos físicos, continuamos a assistir na sociedade a uma certa permissividade, presente na ideia de que uma palmada na altura certa não faz mal nenhum. O castigo físico não tem qualquer valor pedagógico, bem pelo contrário, induz à existência de traumas e afetará a criança no seu desenvolvimento. Todos estes fatores são da responsabilidade da comunidade.

Assim, e perante tantos atropelos naqueles que são os nossos direitos, consideramos que:

·         Queremos ser ouvidos porque temos direito a participar nas decisões;

·         Queremos que a nossa intimidade e diversidade sejam respeitadas;

·         Queremos ser amados pelo que somos;

·         Queremos que nos eduquem sem violência, em paridade e em liberdade;

·         Queremos que cuidem de nós, mas que compreendam a nossa adolescência;

·         Queremos que cuidem do planeta, pois queremos ter futuro e ele é a nossa casa;

·         Queremos ser respeitados pelos mais velhos;

·         Queremos ter mais tempo para brincar e crescer em harmonia;

·         Queremos ter mais equidade nas avaliações escolares;

·         Queremos combater a pobreza infantil;

·         Queremos que nos ajudem quando não estamos bem física ou mentalmente;

·         Queremos que nos protejam quando nos sentimos sozinhos;

·         Queremos livre acesso a uma aprendizagem em igualdade e inclusão;

·         Queremos ter acesso a múltiplas literacias para encontrarmos o nosso caminho;

·         Queremos ajudar a construir um mundo global de justiça, desenvolvimento, paz e cooperação.

Nós, estudantes do AEPL, comprometemo-nos hoje e sempre, com a causa dos Direitos das Crianças e Jovens para uma Humanidade plena de futuro.

                                                      

Póvoa de Lanhoso, 20 de novembro de 2023
Assinado pelos alunos: 2.ºB, 6.ºB, 7.ºB e 11.ºD