Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco
Companhia
de Teatro de Braga
Encenação
- Sílvia Brito
A representação de Amor de Perdição
despertou curiosidade e ajudou-nos a clarificar aspetos da obra, prendeu-nos....
Permitiu, por exemplo, perceber melhor o ponto de vista de Mariana acerca dos seus sentimentos. Foi o descobrir uma nova forma
de teatro.
Sim. Esta foi, indubitavelmente, uma
nova e estranha forma de teatro. Uma experiência diferente, enriquecedora e
fascinante, cheia de emoções e sentimentos. Uma representação invulgar,
hilariante, cativante, única. Um bom modo de nos apropriarmos da obra – também
com vista a um melhor desempenho no exame.
Foi uma representação fora do
convencional, didática, pois as réplicas das personagens em cena a explicarem algum
do vocabulário de Amor de Perdição ajudaram a perceber melhor a sua mensagem.
A sátira da vivência do convento foi
tão assertiva quão engraçada, ou seja, a crítica à sociedade portuguesa do
século XIX tornou mais fácil a aprendizagem da obra. E a discussão decorrida durante a peça sobre algumas das ações das
personagens de acordo com as suas características foi interessante e permitiu a
perceção do seu caráter.
Assim, gostámos tanto da personagem
João da Cruz enquanto representava Amor
de Perdição como quando entrava como personagem
fora deste romance. Também a forma como Mariana encarnou a personagem e a
mostrou foi arrebatadora. Para além disso, a conversa entre Mariana e Teresa durante a representação lembraram-nos a importância de amar
verdadeiramente alguém. E pela representação de Baltasar conseguimos perceber
melhor o âmago desta personagem. Por outro lado, a surpresa estalou quando foi representado
o momento em que Simão matou Baltasar.
Como nem todos estavam à espera de
uma peça tão de vanguarda, ela surpreendeu-nos
particularmente, até pelos aspetos cómicos que não tínhamos descoberto quando lemos
a obra.
Por fim, e tendo em conta que a maior
parte da peça foi leve e surpreendente, o final ficou aquém das nossas expetativas
(pelo menos para alguns) até pelo muito que já tinha estado em palco…
Texto coletivo 11.ºA