quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Projeto Erasmus + “Friendly Maths” Encontro transnacional - Ilha da Reunião (território Francês)

 

Uma agulha na Ilha da Reunião

    O mundo, na sua imensidão, é uma estrada sem fim que ansiamos percorrer. Eu sou apenas uma agulha que teve a oportunidade de sair do seu palheiro e vivenciar uma das semanas mais enriquecedoras da minha vida.

    Depois de 14 horas a sobrevoar Espanha, França, Itália, alguns países africanos e, por fim, Madagáscar, chegamos ao tão desejado destino, a ilha da Reunião. Para os que não sabem, esta ilha, há muito tempo atrás, era o destino de condenados a longas penas de prisão em França. Contudo, devido à sua beleza natural, esses condenados decidiram torná-la em definitivo a sua casa. O mesmo quase aconteceu comigo. 

    Quando saímos do avião, o primeiro impacto foi com temperatura elevada, exótica, húmida, colante, depois pegamos na nossa bagagem e iniciamos a aventura. Estava prestes a conhecer a minha família que me iria receber em sua casa durante a estadia, mas antes, enquanto suava a potes num autocarro repleto de culturas diferentes, apreciava a beleza da natureza e pensava para mim: “estou a viver um sonho.” Quando chegamos ao ponto de encontro fui tão bem recebida pela família que me aguardava, que imediatamente me senti parte dela. Na manhã seguinte fomos para a escola, conheci os outros alunos enquanto nos desafiávamos com a matemática e exercícios da vida real. Foi uma semana curta, mas repleta de desafios, o primeiro foi conhecer a cidade de St. Pierre, e que desafio. A cidade não era muito grande, mas era completa, rodeada de múltiplas culturas, onde o respeito pelo outro se sentia à flor da pele. O nosso segundo desafio foi apresentar e aprender os jogos matemáticos feitos pelos alunos, desde o “Jogo do Peixinho” até ao “Escape room”, para isso usamos a matemática de uma forma divertida. Nesse mesmo dia fomos até à praia, fizemos mergulho, mas a cereja no topo do bolo foi o magnífico pôr de sol, digno de um filme de Hollywood. No dia seguinte, vesti umas três camadas de protetor solar e repelente de mosquito, e fui escalar um vulcão! 18 km depois, estávamos todos de rastos, mas a paisagem e o sentimento de conquista interior compensaram as dores de pernas e o escaldão nas orelhas. Chegámos ao nosso penúltimo dia, onde conseguimos deixar uma marca de Portugal na ilha, pintando a nossa bandeira nas suas paredes. Foi uma tarde emotiva, partilhamos o que mais gostamos nessa semana, dançamos ao som de música tradicional e internacional, rimos e choramos. Foi então que o último dia chegou, é impossível explicar o que sentia quando abraçava as pessoas a quem dei a conhecer um pouco de mim, as lágrimas caíam dos nossos olhos, e o medo de não voltar a vê-los crescia à medida que o autocarro se aproximava. Apesar de ter sido apenas uma semana, tive o privilégio de me sentir parte de uma família que vive no outro lado do mundo.

    O mundo, na sua imensidão, é uma estrada sem fim, repleta de culturas, de paisagens deslumbrantes, mas sobretudo de pessoas que te fazem refletir e crescer com as suas histórias. 

     Obrigada, Erasmus, mal posso esperar pela próxima aventura! 

                                                                                                                                     Lara Cave, 12.ºA

 

    






Projeto Erasmus + “Friendly Maths” Encontro transnacional - Ilha da Reunião (território Francês)

 

Ilha da Reunião - As atividades

Esta semana de Erasmus foi a experiência mais inovadora e inesquecível que aconteceu na minha vida. Gostei muito desta atividade porque me ajudou a desenvolver interiormente, nomeadamente a autoconfiança e o contacto com os outros. Assim, consegui criar novas amizades com pessoas de outros países com culturas muito diferentes da minha.

Foram momentos incríveis que passei e que espero, no futuro, voltar a passar. Também gostei de todas as atividades envolvendo a matemática que fizemos na escola, mas sobretudo gostei das saídas que tivemos para nos divertirmos. Durante essas saídas gostei muito de conhecer a ilha, e de provar as especiarias nativas. Infelizmente a viagem já terminou, mas é uma das coisas que guardarei para sempre no meu coração. 

                                                                                                                 Francisca Ramalho, 10.ºA

 



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Projeto Erasmus + “Friendly Maths” Encontro transnacional - Ilha da Reunião (território Francês)

 

 

 

 Ilha da Reunião - A Partida

Antes de partirmos para a ilha da Reunião, havia muitos obstáculos a ultrapassar para que a viagem se pudesse realizar. Só quando o avião aterrou na ilha acreditei que tinha conseguido ultrapassar todas as dificuldades, e que a viagem era uma realidade. Quando chegamos, tínhamos as “host families” à nossa espera. No início sentia muito entusiasmo porque era uma experiência diferente, e por isso também sentia alguma ansiedade. Durante a semana fiz novos amigos, conheci culturas diferentes, e segui uma rotina completamente diferente à que estava habituada, com pessoas que mal conhecia, e essa foi sem dúvida das melhores partes.  Tentei aproveitar ao máximo todos os dias, sobretudo com o intuito de construir memórias com pessoas que até há muito pouco tempo me eram absolutamente desconhecidas, mas que agora se tornaram muito especiais. Quando dei por mim estávamos no último dia da estadia, e a hora das despedidas tinha chegado. Esse foi um momento tocante, porque estávamos a dizer adeus às pessoas que fizeram com que aquela semana tenha sido tão boa e enriquecedora, mas sobretudo porque não sabíamos se algum dia as iríamos voltar a ver. Agora, apesar de continuarmos a falar uns com os outros, irei sentir saudades de todos eles, são pessoas muito simpáticas e protetoras, mas sobretudo respeitadoras do próximo. Esse respeito pelo próximo foi das coisas que mais me marcou, e que, seguramente, mais falta vou sentir. 

 

                                                                                                                   Mariana Lopes, 10.º A

 

Momento de poesia

 

Flores

As flores nascem como por magia

Eu, só preciso da tua companhia.

As flores morrem com o tempo

Eu, com o pensamento

Quem me dera ser um girassol,

Ver o mundo

E fazer de ti o meu sol.


                                                                                                    Daniela Baptista