A representação na perspetiva dos alunos...
Esta terça-feira, tive a oportunidade de assistir a
uma encenação da " Farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente, apresentada
pelo
ETCetera Teatro, grupo de Vila Nova de Gaia.
A peça, que já é um dos grandes marcos do teatro
vicentino, foi apresentada com uma abordagem inovadora, misturando aspetos
antigos e modernos.
A interpretação dos atores na encenação foi um dos
pontos altos na peça, pois o elenco demonstrou uma grande energia em cena,
conseguindo captar a essência e características de cada personagem, sem deixar
de realçar o tom satírico do texto. Um dos personagens que, na minha opinião,
mais se destacou foi Pêro Marques, interpretado num tom ingénuo e meio
trapalhão, que fez com que o público simpatizasse com ele. Mas um dos pontos
mais engraçados de toda a peça foi, sem dúvida, a representação dos judeus, que
transformaram as suas cenas em momentos de puro humor e riso, tornando as cenas
hilariantes. Para além de tudo, um dos aspetos mais originais da encenação,
segundo a minha perspetiva, deste grupo foi a forma como interrompiam certas
cenas para brincar com a própria representação, que acabou por tornar a
representação muito mais dinâmica e interativa e aproximou o público dos
atores, tornando esta farsa ainda mais acessível e mais viva.
De forma geral, o grupo teatral ETCetera conseguiu
trazer-nos a riqueza do teatro vicentino, oferecendo-nos um ótimo apoio ao
estudo.
Luna Guimarães, 10.ºB
No passado dia quatro de fevereiro tive o prazer de assistir à representação teatral da ”Farsa de Inês Pereira”, pela companhia ETCetera Teatro.
Esta farsa representa um grandioso marco na escrita vicentina, e deixou-nos a possibilidade de representação, o que a torna ainda melhor quando, interpretada das diferentes formas.
Eu apreciei muito o modo como aqueles atores nos transmitiram o conteúdo da farsa, como contracenaram tão leve e dinamicamente, foi realmente uma boa representação, pois captou a atenção do público sempre, adorei também os adereços que usavam que eram muito alusivos ao tema e aos tempos que se viviam naquela época, gostei especialmente da forma como entraram nas emoções das personagens e como fizeram as mudanças de cenário.
Achei que aqueles “erros” ou “apartes” foram excecionais e que deram muito mais ânimo à peça, sei que não eram “erros” ou “falhas de memória”, mas tornaram tudo mais cómico.
No geral, achei que esta companhia fez um trabalho excecional no que toca a esta farsa, foi uma peça muito divertida e cativante que não deixou o riso a ninguém!
Lara Silva, 10.ºB
Na passada terça-feira, os décimos anos da nossa
escola foram convidados a ver a peça «A Farsa de Inês Pereira» de Gil
Vicente no Fórum dos Bombeiros da Póvoa de Lanhoso. Saí da sala com a sensação
de que a mensagem que o dramaturgo queria transmitir e para a qual foi
desafiado, a saber: «Mais vale burro que me leve, do que cavalo que me derrube»
ainda continua atual e foi recebida pelos alunos de uma forma bastante efusiva
e divertida.
A
representação que estava a cargo da companhia ETCetera Teatro foi cómica,
animada e muito bem conduzida pelos atores em palco. Começa com Inês Pereira
fatigada e aborrecida da vida rotineira de uma mulher de casa, não querendo ser
como a mãe. Por isso, pretende casar-se com um homem que corresponda aos
valores e princípios com que sonha, um homem de outro nível. E assim se vai
desenrolando a ação. Em imensos momentos da peça, está presente a crítica
satírica tão característica de Gil Vicente sendo que pretende denunciar os
males das classes sociais/personagens que nos apresenta. Além disso, considero
que os trajes estavam muito bem adequados à época em que Gil Vicente escreveu a
peça e que conseguiram trazer a cor epocal até nós.
Penso, ainda, que a parte da
interação dos atores com o público foi diferente e bastante interessante, pois
apesar de, aparentemente, se desviar do enredo da peça, provocou muitos risos e
gargalhadas o que evitou que se pudesse tornar monótono!
Concluindo, a companhia ETCetera
Teatro está de parabéns pela excelente atuação e representação, deixando-nos
empolgados para o que aí ainda vem de Gil Vicente e pelos momentos de puro
humor com que alegraram a nossa manhã de terça-feira.
Santiago
Bártolo da Silva, 10.ºB