sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Projeto DAC 12ºD

Entender o trabalho de cada um como trabalho de todos. Foi o caminho para a organização/realização do projeto de DAC na turma D do 12.º ano. A poesia de Antero de Quental levou-nos a trabalhar em todas as disciplinas e conduziu-nos até aos mais pequeninos – os  alunos do 1.ºciclo.

 Levamos sonhos, despertamos sonhos, trouxemos outros sonhos…

Sonho que sou girassol em vasto campo num dia ensolarado. Ocupo os meus dias a seguir o trajeto do meu amigo sol, que me ajuda a crescer e a ficar forte para ultrapassar os dias de vento e chuva, para que possa ser admirado pelos idosos que por cá passam nas suas caminhadas matinais, pelos jovens casais apaixonados, ou até mesmo pelos adultos que encontram nos passeios rurais um pouco de paz da vida citadina. 

O meu tamanho, e o meu belo tom amarelado dá-me destaque para com as minhas amigas de caule, mas não me considero superior. Tal como elas, o meu maior prazer encontra-se nas coisas simples, como alegrar o dia aos que me rodeiam, ou sentir nas minhas pétalas uma leve brisa de verão.

Porém, nesta vida, sou apenas uma frágil e sensível margarida.

 Maria Moreira, 12.º D

No fim, a opinião deste trabalho:

Captar a atenção das crianças era o que mais queríamos e pareceu-nos, pela sua reação, termos conseguido. Todo o trabalho desenvolvido durante as aulas nas diferentes disciplinas começava a ter “corpo”. Sentíamos o nervosismo mas também a alegria.

Quando começámos a ouvir o sr. Professor Fernando cantar houve um “arrepio”. Já tínhamos trabalhado e ensaiado a canção do Rui Veloso, mas aquele espaço com as crianças tão atentas e presas à voz do senhor professor, foi avassalador.

Depois, a sala de aula foi outra aventura. A leitura dos textos que escrevemos levou a que conhecêssemos os sonhos dos mais pequeninos. E foram tantos e tão diferentes! Mas houve um que nos dilacerou “… querer começar outro ano para ter material novo porque na escola antiga não lhe deram…”percebemos depois que este sonho seria concretizado em breve. 

Este tempo encheu-nos e aqueceu-nos a alma. Não só nos sentimos privilegiados por poder partilhar os nossos textos com aquelas crianças como felizes por conseguirmos que nos divulgassem os seus sonhos. Para além disso, foi maravilhoso podermos recordar os momentos já vividos também naquele espaço.

São atividades como esta que nos ajudam e nos ensinam. Sentimos que crescemos e que aprendemos. As situações mais delicadas interpelaram-nos e despertaram-nos para realidades diferentes na escola. Experimentamos vivências tão ricas que dificilmente as experimentaríamos numa sala de aula. Sentimo-nos abraçados por todas as crianças. Ficamos tão quentinhos!

Texto coletivo – 12.ºD

Primeiro dia de aulas

Ó manhã,
manhã,
manhã de setembro,
invade-me os olhos,
inunda-me a boca,
entra pelos poros
do corpo, da alma,

(…)

Eugénio de Andrade "Ostinato Rigore", 1964


    É setembro. É o recomeço de um ano letivo. Surge o sonho, o pedir … nós, alunos, pedimos não à “manhã”, mas à escola…

       Quem sou eu e no que acredito vir a ser…

Num futuro ainda longínquo, mas já próximo gostaria de estar junto de crianças…

Conseguir as respostas que preciso e descobrir a minha vocação.

Acreditar que a escola me permitirá concretizar a minha vocação.

Continuar a ser a alegria, viver o presente a ler e a sonhar…

Os alunos do 12.º D

 

Sonho que sou uma pintora.

Que todos os dias pinto algo inovador,

Na minha vida e na vida de quem me rodeia

 

Porém, as pinturas não são sempre belas...

Há dias em que as pinturas são mais sombrias,

Há dias em que as pinturas me fazem sentir angústia,

Desânimo, tristeza...

 

Porém, as pinturas não são sempre sombrias!

Há dias em que as pinturas são radiantes,

Cheias de luz, felicidade, e animação

 

Há dias em que nem sei o que pintar...

Porém, sei que todos os dias tenho de inovar,

Pois pinturas iguais são banais,

E o importante, é nunca deixar de pintar!

Mariana Ferreira  N.º10  12.ºE

Sonho que sou um pequeno pássaro. Percorro verdes campos, bosques sombrios, pequenos rios e grandes mares em busca do melhor sítio para ficar. A primavera aqui o inverno ali. Faço longas viagens na busca de viver. Visito grandes espaços, conheço muitas pessoas. Das ruas estreitas às copas das árvores, visito tudo, conheço tudo.

Uma longa vida espera-me, enquanto viajar, depois disso, é esperar!

 

Deolinda Azevedo, 12.°E

 

 

Sonho que sou…

 

    Sonho que sou um cavaleiro andante, que anda de terra em terra para descobrir o mundo, ando à procura de um mundo perfeito em que reine a paz e a alegria entre todos, em vez deste mundo cruel.

    Um cavaleiro andante pode e deve sonhar… sonhar alto e sem medo porque os sonhos são nossos e ninguém no-los pode tirar.

     É a capacidade de sonhar que nos faz correr atrás de objetivos e nos permite ultrapassar obstáculos até conseguirmos concretizar os nossos sonhos.

     Neste momento, o meu maior sonho é entrar na universidade para o curso que pretendo, como tal, tenho de me esforçar e trabalhar para atingir esse objetivo, sem magoar ninguém.

      Às vezes, tenho dúvidas sobre o curso de que mais gosto ou devo tirar, mas se me enganar não vou desistir do meu sonho, vou tentar outro curso até encontrar aquele que me fará mais feliz, tal e qual como o cavaleiro andante que anda de terra em terra até encontrar a terra perfeita.

      Portanto, nada é assim tao mau, pois nas nossas viagens da vida vamos adquirindo mais conhecimentos e cultura, tornando-nos mais sábios, no fundo somos todos os cavaleiros andantes, ainda que, por vezes, sem darmos conta disso.    

Catarina Soares 12ºC 

“re.store” e "Da avó with love" - Como os alunos do 12.º D e o 12.E viram/sentiram a palestra…

- A exposição:

No dia 20 de Outubro, a escola contou com a presença da empresária Sílvia Correia, que trabalha numa empresa, direcionada ao setor têxtil, denominada re.store. A re.store, procura disponibilizar uma solução com base na sustentabilidade, fomentando a valorização dos recursos e a das pessoas de forma a consciencializar a mudança de hábitos.

Durante a palestra, foi-nos apresentado um PowerPoint que incluía todas as informações relevantes a este projeto, desde a sua formação até à atualidade, os produtos vendidos, a maneira como estes são fabricados e outros projetos envolventes.

A re.store nasceu de uma conferência sobre a economia circular, com base nos pressupostos: reciclar, reutilizar e reduzir. Os seus produtos são fabricados através de tecidos  já reutilizados, a partir de desperdícios de outras empresas têxteis. Para além deste projeto, foi-nos apresentada uma outra iniciativa com os mesmos objetivos da re.store, chamada:"Da avó with love" que se baseia, mais uma vez, na reutilização de outros tecidos, sobretudo fronhas de almofadas para a construção de peças de vestuário,

Esta é baseada no voluntariado realizado sobretudo por senhoras idosas, que procuram contribuir de maneira sustentável para pessoas carenciadas, com destaque para as  crianças que vivem em África.

Atualmente, esta empresa tem ganho impacto. Já muitas pessoas aderiram, o que é benéfico, pois com pequenos gestos estamos a contribuir para o bem-estar do planeta e também a auxiliar famílias carenciadas.

Beatriz Fernandes, 12.º E

 

-A opinião

“re.store” e “D’avó with love”

Pequenos passos na árdua caminhada na defesa do ambiente.

Nem sempre a palavra "palestra" é algo atrativo para a maioria dos alunos. No entanto, uma palestra que apresentou dois projetos inciados pela empresária  Sílvia Correia tornou-se para mim tudo menos pouco atrativo.

A apresentação deu a conhecer aos alunos do 12.ºD e 12.ºE os seus dois projetos. Um com o nome “re.store”, com fins lucrativos e outro intitulado “D'avó with love”, que é um projeto de voluntariado.

Ambos os projetos se resumem numa solução eco-responsável, dando vida a restos de tecidos e a fronhas de almofadas, fomentando a valorização dos recursos e ainda a criação de um impacto positivo na vida das pessoas, utilizando os 3P (pessoas, planeta e pedagogia).

No início da apresentação a oradora frisou que não estava ali para mudar o mundo, mas para mudar pequenos mundos, e eu, posso dizer que o meu pequeno mundo saiu dali diferente.

Por vezes, sentimo-nos tão esmagados pelos nossos objetivos, trabalhos, preocupações esquecendo-nos que temos um mundo verde fora do nosso interior, que é o garante da nossa interioridade, para cuidar!

Apresentações como esta fazem-nos refletir e concluir que com pequenos gestos se conseguem grandes feitos. E ao que à oradora dá vida – como nos confidenciou - a mim deu-me vontade de olhar para as minhas rotinas e alterar alguns comportamentos, deu-me vontade de querer fazer a diferença. Fiquei ainda mais alerta para a premente e urgente necessidade de TODOS termos de ajudar o ambiente a sobreviver.

Marta Machado, 12.ºD

  

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

PORTUGUÊS | CIDADANIA | PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

Nas aulas de Português lemos poesia de Antero de Quental e de Cesário Verde e tal como os poetas, falamos da MULHER! 


Daí à incursão pelo tema tão importante da IGUALDADE DE GÉNERO.

Depois do tratamento destes dois temas tão grandiosos fomos ter à grandiosidade da POESIA e …


Mulher 

Não é um objeto! 

Não é tua! 

Não é uma estátua! 

Não é um projeto! 

É incrível! 

É independente! 

É sorridente! 

É responsável! 

Quer alcançar 

A liberdade, 

A igualdade, 

E nada a vai parar. 

Pois é uma guerreira 

Que luta por si! 

E quer destruir esta barreira. 

Um ser único posso dizer, 

Delicada, bela e sensual. 

Assim é a mulher! 

Daniela Baptista 12ºC Nº7

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

 

ESPL 30 anos

11 de outubro de 1991 foi o primeiro dia

Passaram 30 anos e no mesmo dia, do mesmo mês, enchemos a sala 6 do espaço que ganhou vida, tanta vida…

Um ex-aluno, Ângelo Pereira Dias, teve as honras de abertura e dirigiu-se aos atuais alunos pedindo-lhes, muito sensatamente, “Nunca hipotequem o vosso futuro com atitudes do presente. Dediquem-se, em cada momento!” Avisado conselho, sem dúvida. Terá sido a sua própria dedicação a dar frutos e o seu trabalho contínuo e sério o principal contributo para o sucesso. O ex-aluno, o filho desta casa, fala, agora, aos atuais alunos, tutela a casa que já tem 30 anos. Parabéns, Senhor Diretor!

Também já por cá anda há 30 anos o senhor professor Manuel Sousa, o palestrante que nos levou a todos pela história inscrita no tempo da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso. Desde o tempo em que aqui estavam “uns terrenos agrícolas”, à licitação – terminada em tribunal – do preço das terras, à construção da Escola Secundária, até aos primeiros dias, ao abrir de portas… o professor Manuel Sousa partilhou os sentimentos de quem cá está desde o primeiro dia. “Cresci, vivi, senti as alegrias e as tristezas desta casa”- disse-, com emoção, recordando, ainda, aqueles que já não estão entre nós mas que em nós continuam. Lembrou os primeiros tempos do jornal “Preto no Branco”, a Estufa e a sua cerejeira, a Oficina de Teatro, o antiguinho Clube Art`Oca e o moderno EtWining…tudo que faz parte desta Escola, tudo o que marcou e marca o nosso caminho e constrói a nossa identidade, o que está muito para além das paredes, muito acima e o que, realmente, importa.

Alguns testemunhos de professores presentes terminaram este simbólico assinalar da abertura das comemorações dos 30 anos da ESPL. Continuaremos a celebrar. A nossa Escola está de PARABÉNS!

Rosa Martins