Por sugestão da
formadora de Linguagem e Comunicação, numa das actividades da Formação
Complementar, requisitei, na Biblioteca da Escola Secundária, o livro “O Homem
que apanhava almas” de José Abílio Coelho, autor povoense. Este livro tem
vários contos. O conto “ A barba à borla” foi aquele de que eu mais gostei e,
por este motivo, resolvi partilhar este breve resumo.
Este
conto fala-nos de um velho pedinte chamado Garradinho, que andava a pedir pelas
ruas, tocando gaita-de-beiços.
O
Sr. Silva, o barbeiro, de vez em quando cortava-lhe a barba “à borla” e em
troca ele tocava a gaita, para entreter os fregueses. Uma certa altura, o
barbeiro empregou um rapaz chamado Leandro.
Uma
certa altura, o pedinte chegou perto da barbearia e o barbeiro mandou-o
sentar-se que o seu empregado lhe iria cortar a barba. Ele sentou-se e o
empregado, a mando do patrão ou por vontade própria, em vez de pegar na navalha
nova pegou na velha e cortou-lhe a cara toda. Ele sofreu calado e não disse
nada, porque como diz a expressão “a cavalo dado não se olha ao dente”, ou o
mesmo que dizer que quando recebemos um presente, devemos mostrar satisfação,
mesmo que este não seja do nosso agrado.
Este conto também nos ensina que devemos
ajudar aqueles que precisam e, às vezes, um pequeno gesto faz toda a diferença.
Para além disto, nunca devemos esquecer que não nos devemos aproveitar das
situações e maltratar os mais necessitados.
Carla
Fernandes,
adulta em Processo de Reconhecimento e
Validação de Competências, do
nível básico.