Nesse contexto, os museus afiguram-se como importantes
instrumentos de preservação da memória cultural de um povo, espelhando o seu
passado e a sua identidade. Obviamente que há outras formas de enriquecermos
culturalmente, mas acredito que os museus são, sem sombra de dúvida, a forma
mais agradável e dinâmica de estabelecer pontes com o passado e estimular a
reflexão.
Na minha estada em Lisboa, aproveitei para visitar as novas
instalações do Museu Nacional dos Coches. Neste, encontramos uma coleção excecional
e única no mundo de viaturas reais do século XVII ao século XIX (coches,
berlindas, carruagens, liteiras, cadeirinhas), utilizados pela Corte portuguesa
e outras Cortes europeias, pelo Patriarcado de Lisboa e casas nobres de
Portugal. O que salta à vista é a grandiosidade, requinte e imponência da maior
parte das carruagens e coches que se encontram em exibição. Permite-nos ter uma
visão clara da vida faustosa que os elementos do clero, da nobreza e da realeza
levavam, num tempo em que a maioria da população passava forme.
Outro aspeto que quero realçar, é a grande preocupação que
este museu tem em elucidar o público que o visita, uma vez que cada viatura
exposta é acompanhada por uma inscrição onde se pode ler a quem pertencia e em
que circunstância fora utilizada.
Assim, este museu constitui-se como uma paragem obrigatória
não só para os amantes destes meios de transporte, para os estudiosos da
História como também para os simples curiosos.
Daniela Oliveira, 12.ºB