«Ser
poeta é ser mais alto» tal
como diz Florbela Espanca. Ser poeta é um dom que todos devíamos partilhar, que
nos ajuda a ser nós próprios, através de palavras, escondidas atrás de uma
rima, de um lamento, de uma celebração. Ser poeta, escrever poesia, dar-nos-á
asas para um verdadeiro mundo.
Para Fernando Pessoa, a poesia é um refúgio, a
sua «forma de estar sozinho», e não o
que ambicionava ser. No entanto, o resultado dessa sua solidão teve um impacto
fortíssimo na vida de todos nós, uma obrigação de pensar que nos leva mais
longe, «mais alto».
A poesia faz-nos viajar por lugares
desconhecidos, transforma-nos noutro alguém, faz-nos sentir o que o poeta de forma intelectualizada sente. A poesia abre
a nossa mente, torna-nos seres diferentes. Permite-nos ver o que não veríamos.
Permite-nos entrar num mundo desconhecido. Permite-nos ver a realidade.
Permite-nos descobrir.
Hoje em dia, é muito importante ter a mente
aberta, pois tudo o que nos rodeia está em mudança. Mudam-se os seres, mudam-se
as vontades.
Fernando Pessoa considerava a poesia um refúgio
e talvez esta possa também ser uma forma de escapar à dura realidade que nos
rodeia, neste mundo mudado.
No
entanto, para Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor de sentimentos, é consciente
da sua não inconsciência e, por mais que tente ser inconsciente, ingénuo, não o
consegue ser, pois tem consciência disso.
Ler,
escrever, declamar, citar, dizer, recitar… tudo nos abre o coração, a mente,
tornando-nos seres mais ricos, tornando-nos melhores pessoas, tornando-nos «mais altos».
Maria Leonor Machado Amaro da Costa, nº14, 12ºA
Novembro, 2019