quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Ser poeta é…

«Ser poeta é ser mais alto» tal como diz Florbela Espanca. Ser poeta é um dom que todos devíamos partilhar, que nos ajuda a ser nós próprios, através de palavras, escondidas atrás de uma rima, de um lamento, de uma celebração. Ser poeta, escrever poesia, dar-nos-á asas para um verdadeiro mundo.
Para Fernando Pessoa, a poesia é um refúgio, a sua «forma de estar sozinho», e não o que ambicionava ser. No entanto, o resultado dessa sua solidão teve um impacto fortíssimo na vida de todos nós, uma obrigação de pensar que nos leva mais longe, «mais alto».
A poesia faz-nos viajar por lugares desconhecidos, transforma-nos noutro alguém, faz-nos sentir o que o poeta  de forma intelectualizada sente. A poesia abre a nossa mente, torna-nos seres diferentes. Permite-nos ver o que não veríamos. Permite-nos entrar num mundo desconhecido. Permite-nos ver a realidade. Permite-nos descobrir.
Hoje em dia, é muito importante ter a mente aberta, pois tudo o que nos rodeia está em mudança. Mudam-se os seres, mudam-se as vontades.
Fernando Pessoa considerava a poesia um refúgio e talvez esta possa também ser uma forma de escapar à dura realidade que nos rodeia, neste mundo mudado.
No entanto, para Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor de sentimentos, é consciente da sua não inconsciência e, por mais que tente ser inconsciente, ingénuo, não o consegue ser, pois tem consciência disso.

Sou de opinião que a poesia é, de facto, importante. Pode ser um refúgio, mas que seja saudável.
 Ler, escrever, declamar, citar, dizer, recitar… tudo nos abre o coração, a mente, tornando-nos seres mais ricos, tornando-nos melhores pessoas, tornando-nos «mais altos». 
  
Maria Leonor Machado Amaro da Costa, nº14, 12ºA
Novembro, 2019