É facto que a
literatura é algo de controverso hoje em dia. Há uma minoria de pessoas que
realmente se interessam pela leitura e se apercebem de todas as vantagens que
isso acarreta.
No meu ponto
de vista, a literatura é o nosso «antídoto para a vida». Posso – e certamente
que sou – suspeita nesta afirmação, uma vez que uma das atividades que amo na
vida é ler. Eu sinto que pode ser uma terapia ou, neste caso, a minha, por ser
algo a que recorro quando me sinto mal, perdida, com necessidade de me animar ou
mesmo por mero entretenimento ou diversão.
Sim, ler é
divertido!
No entanto,
não só é divertido como é uma fonte de conhecimento, de autodescoberta e,
simultaneamente, uma forma de melhorar a nossa escrita. Alguém que escreve bem
é alguém com quem as pessoas gostarão de falar. Alguém que apresentará sempre
opiniões e argumentos sólidos com quem poderemos debater assuntos por horas e
horas. A literatura aproxima pessoas. Cada um de nós encontra o seu refúgio em
diversos lugares. O meu é dentro de um livro onde estou sozinha com as
personagens que me fascinam. Mergulho dentro da história e já não sou eu, já
não trago comigo as minhas lembranças, fardos e problemas. Passo a ser a
personagem principal daquele livro ou outra qualquer com quem mais me identifico.
Sinto o que sente e, frequentemente, desejo mudar o rumo da história como se
fosse a minha vida, perdendo-me completamente nela!
Apesar de,
então, muita gente não gostar de ler, considero que a literatura é algo que nos
faz falta a todos. A literatura faz-nos crescer, amadurecer e abre-nos a mente
rumo a outros sonhos…
Helena
Rocha nº11 12ºF
A literatura é
considerada «um antídoto para a vida», remédio de possível utilização ao
combate dos problemas que no quotidiano do ser humano vão surgindo. Os livros
são aquela companhia já bastante antiga, sendo que em momentos de
aborrecimento, na escola ou até mesmo por paixão literária estes ocupam o tempo
de quem dedicar algum do seu tempo no prazer da leitura.
A literatura
está inevitavelmente presente em algumas fases da nossa vida, seja por
obrigação ou de forma voluntária. Na escola, por exemplo, o contacto com a
literatura é incontornável, visto que esta é a base de uma das nossas
disciplinas primárias, o português. Na minha opinião, esse pode ser logo o
primeiro fator que demonstre a importância da literatura, o seu papel na sua
instrução. A literatura proporciona cultura, (…) afasta-nos dos aparelhos
tecnológicos, ainda que por meros momentos. De facto, isso também é importante,
experimentar ou recordar, cansar a vista com papel de verdade, mais grosso ou
mais fino, que suja as mãos se demasiado folheado, largando assim os ecrãs que
se limitam em sugar a sanidade mental sem que os seus utilizadores se deem
conta do que lhes acontece.
Acredito vivamente
que a literatura tem um papel fulcral no combate à dependência tecnológica
exacerbada, que ela nos permite respirar, ver e sentir de outra forma. Apenas
temos de nos deixar aliciar, tentar…
Cláudio
Duarte, nº8, 12º F
A literatura é
fundamental para o desenvolvimento do ser humano, já que é o alicerce
primordial na formação e desenvolvimento de qualquer ser humano.
Na minha
opinião a literatura é algo muito importante na nossa vida, ela ajuda-nos a
adquirir conhecimento, a desenvolver as nossas capacidades mentais e a evoluir
enquanto pessoas íntegras. Começamos logo de pequeninos aprendendo a ler e a
escrever, todavia com o passar dos anos perdemos o interesse. Contudo acredito
que deveria ser o contrário, pois, hoje em dia há uma variedade gigantesca de
estilos literários, podendo assim optar e escolher a obra que mais nos alicia
naquele preciso momento da nossa vida.
Permite-nos
perceber o que acontecia no passado, ter acesso a histórias verídicas,
descortinar factos científicos ou viajar pelo mundo fabuloso da imaginação. Mais
ainda, não são permitidas desculpas no que ao peso dos livros diz respeito ou
ao espaço que ocupam: é só pegar nesse mesmo aparelho eletrónico onde todos
jogam e conversam virtualmente para ter acesso a livros digitais!
A literatura ensina-nos a crescer enquanto
seres humanos e a viver em sociedade, despertando em nós experiências, emoções,
sentimentos não só em relação ao que lemos, mas na transposição do que lemos
para o nosso quotidiano.
Rute
Mendes, nº 27 12ºF
A meu ver o
conceito de cidade pode ser apreendido sob vários prismas. Pois, podemos
definir cidade como um espaço agradável, mas também o podemos classificar com
adjetivos pouco abonatórios. Prós e contras de um local onde tanta gente vive…
A cidade pode
ser um sítio bom para viver quer porque é sempre um local onde inúmeras
profissões se cruzam; as deslocações parecem mais rápidas de um ponto para o
outro; os serviços estão centralizados sendo que facilmente nos dirigimos a um
hospital, a um tribunal ou a uma repartição de finanças.
Porém as
metrópoles estão repletas de situações que não confluem para o bem-estar dos seus habitantes: as grandes indústrias
instalam-se por perto, a circulação transforma-se em pesadelo dos cidadãos
várias vezes ao dia, os problemas respiratórias já nascem no ventre das futuras
mães e as relações humanas são demasiadas vezes artificiais.
Acredito que
quando se fala em crimes, agressões, roubos ou outras situações semelhantes,
estas aconteçam mais na cidade, porém apenas devido ao facto de existir maior
concentração de habitantes nos centros cosmopolitas!
Assim, apesar
de ser jovem e tendo noção de tudo aquilo que a cidade pode proporcionar, esse
não é, no presente, o meu local de preferência, sinto-me mais confortável em
espaços mais calmos rodeada por espaços verdes.
Cláudia
Rocha, nº 9 12ºE
Perspetiva do futuro:
Há uma certa
altura na vida, em que damos por nós a pensar no que vamos fazer no futuro,
onde estaremos, como seremos e se as decisões que tomamos ao longo do nosso
percurso são e foram as mais corretas. O futuro é algo imprevisível e, por
vezes, podemos pensar como queríamos que ele fosse, no entanto, não o podemos
controlar, pois ele é incerto e vai dependendo das nossas escolhas.
Antigamente
vivia-se numa época pouco desenvolvida a todos os níveis, época de pobreza e de
dificuldades. A maioria das pessoas trabalhava no campo, dependendo deste para
sobreviver, com dificuldades económicas, pois nem sempre o campo lhes dava o
suficiente, para tudo aquilo que eles necessitavam. Muitos eram analfabetos e,
mesmo aqueles que começavam os estudos, não tinham possibilidades para lhes dar
continuidade, acabavam por deixar os estudos e dedicavam-se apenas ao campo,
para ajudar a família ou então iam em busca de emprego, onde aí fossem
devidamente remunerados, o que lhes proporcionava melhores condições de vida e
onde conseguiam a sua independência, para mais tarde poderem formar família. Esta,
normalmente, era formada cedo e para toda a vida. Sendo a família um foco/núcleo
importante, de destacar ainda que era geralmente numerosa para que os filhos pudessem
ajudar os pais. Era uma época de união e convívio entre a população, todos se
conheciam e se ajudavam, partilhando momentos e histórias.
Atualmente,
estamos numa época mais desenvolvida, mais tecnológica, com menos dificuldades.
A maioria da população já deixou o campo e dedicou-se mais à cidade. Os estudos
tornaram-se essenciais e obrigatórios, sendo um ponto de partida para a mudança
e para o desenvolvimento da sociedade. Os jovens estudam até mais tarde, vendo
o seu percurso académico como algo importante e fundamental para a sua vida,
para poderem conseguir uma carreira e um emprego que gostem e que lhes consiga
dar estabilidade. Com isto, a formação de uma família torna-se algo cuja
concretização é bem mais tardia, onde por vezes, acabam por ter só um filho. A
nível social, as pessoas já não são tão próximas como eram, agora preferem
estar mais ligadas às novas tecnologias do que ao que os rodeia. Já não se
interessam em criar laços de amizade, mas em estar a par do que os outros fazem
e do que está na moda. As pessoas tornaram-se mais materialistas comparando com
o passado, não dando tanta importância às coisas mais simples da vida que,
a maior parte das vezes, são as que nos
realizam.
Para
concluir, comparando as duas épocas, vemos que as gentes do antigamente e as
pessoas da atualidade têm perspetivas diferentes relativamente ao futuro,
considerando que ambas estão de acordo com o tempo em que se inserem. Outrora
dava-se mais importância à família e à sociedade. Hoje em dia, agarramo-nos por
demais à obtenção de uma estabilidade económica e aos bens materiais que desta
podemos colher. Não serão duas realidades demasiado opostas?
Rute Mendes nº27 12ºF
Ao longo das
gerações e consoante o tempo foi passando, as perspetivas de futuro foram-se
alterando.
Senão veja-se
a comparação que decidi elaborar fazendo referência à minha perspetiva de
futuro com a idade de dezoito anos e a da minha madrinha com a mesma idade há
vinte anos atrás.
Com essa idade
a minha madrinha já estava emigrada há algum tempo e o que mais ambicionava e
desejava era regressar rapidamente a Portugal e trazer com ela toda a sua
família, o que, ainda hoje, não aconteceu na totalidade. No meu caso, com
dezoito anos, ainda desejava que o meu pai regressasse a Portugal após dezanove
anos na Suíça, o que finalmente se concretizou há poucos meses.
O que eles
desejavam? O que viam na partida? Há vinte anos atrás, a maioria das pessoas
podia resumir os seus sonhos em três palavras: casa, família e casamento. E
para tal, era preciso trabalhar e amealhar o máximo de dinheiro possível. De
facto, essa conjunção de conceitos resumiu os gestos e atos do meu pai e da
minha madrinha. Assim, ela aos dezanove casou, aos vinte e dois teve a única
filha e aos vinte e seis começou a construir a sua casa.
Tudo o que ela
mais sonhou aos dezoito anos, eu só me revejo nessa situação por volta dos meus
vinte e oito trinta anos. A razão para tal? Quero estudar, enveredar por uma
área que me diga algo, quem sabe investigar e aprofundar determinados assuntos,
ingressar no mundo do trabalho adquirindo competências e experiências e só depois
ir de encontro aos mesmos sonhos da minha madrinha.
Não consigo
deixar de salientar um exemplo concreto, nesta mudança de opções de uma geração
para a outra, apesar de tão pouco distantes: jamais me conseguiria imaginar,
daqui um ano ou dois, com uma criança minha nos braços. Como tratar de um ser
tão inocente e indefeso quando sinto que ainda muito tenho de crescer para a
prender a cuidar de mim?
O que mudou?
Estaremos a agir da melhor forma relativamente às nossas opções?
Juliana Silva nº , 12ºF