quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

 

Lá, atrás ou à frente

Lá, o ódio e a raiva

Destruiram e venceram;

A vida foi brutalmente

Ameaçada e muitos morreram.

Lá, o egoísmo e o racismo

Fomentaram o atentado

E o extermínio racial

Ideológico e de tudo!

Lá, Homens como tu

Plantaram campos de dor,

Nenhuma estrela listada

Conseguia fugir ao predador.

Aqui, a liberdade luta,

O amor une e prolifera,

A dignidade vigora...

Parece uma longínqua era!

Aqui, tu que vives

Sem medo e atarefado,

Nunca esqueças e sempre

Recorda este sofrido passado.

Aqui, tão longe, tão perto,

Escreve-se amargamente

Este episódio bárbaro.

Que não se repita, lá, à frente!

                                                       Marina Peixoto, 12ºD


Hoje…

Lembro-me, desde que tenho memória, de acordar neste dia de forma diferente. Os meus pais acordavam-nos com um poema, um excerto de um livro ou com uma música que nos fizesse recordar este dia. Porquê? – perguntávamos nós. Porque não se pode esquecer o que aconteceu – respondiam os pais - para que não volte a acontecer. Durante muito tempo, enquanto pequenita, não percebia bem. Mas também não tinha de perceber. Só tinha de saber que algo horrível tinha acontecido. A tradição continuou na geração seguinte da família e os pequenitos e jovens de hoje têm também direito a um acordar diferente. Curiosamente, desde há alguns anos, neste dia, por proposta da ONU, faz-se esta memória. Como professora, costumo começar cada aula de cada turma, neste dia, com um poema ou um excerto de um livro (porque os pais não me deixaram esquecer…). Hoje, estamos em casa. Deixo, por aqui, aquilo que leria na sala de aula.

 

Se isto é um homemde Primo Levi

Vós que viveis tranquilos

Nas vossas casas aquecidas,

Vós que encontrais regressando à noite

Comida quente e rostos amigos:

              Considerai se isto é um homem

              Quem trabalha na lama

              Quem não conhece paz

              Quem luta por meio pão

              Quem morre por um sim ou por um não.

              Considerai se isto é uma mulher,

              Sem cabelos e sem nome

              Sem mais força para recordar

              Vazios os olhos e frio o regaço

              Como uma rã no Inverno.

Meditai que isto aconteceu:

Recomendo-vos estas palavras.

Esculpi-as no vosso coração

Estando em casa andando pela rua,

Ao deitar-vos e ao levantar-vos;

Repeti-as aos vossos filhos.

              Ou então que desmorone a vossa casa,

              Que a doença vos entreve,

              Que os vossos filhos vos virem a cara.

 

                                            Não esqueçamos! Margarida Corsino

ps. como sugestão: amanhã, dia 28, na rtp2, às 22:48h, Debaixo do Céu. 


O HOLOCAUSTO OU MEMOSHOÁ

Neste ano, passaram 76 anos desde que a Humanidade ficou chocada com a revelação do que foi o Holocausto Nazi. Por isso, lembramos mais uma vez esta realidade histórica, para que não se repita!

Foi a 27 de janeiro de 1945, nos finais da 2ª Guerra Mundial, que as tropas russas, pertencentes aos Aliados, libertaram Auschwitz-Birkenau (Polónia), o maior e um dos mais conhecidos campos de concentração nazis. Nele ainda encontraram vestígios do que foi o horror do Holocausto! Um dos maiores atentados aos mais básicos Direitos Humanos!

              Este atentado aos mais básicos Direitos Humanos começou a ter mais impacto na década de 1930, uma década de crise para a Europa. Quando, quem aparecesse com discursos populistas, atraentes, de salvador da pátria e de limpeza dos parasitas, conseguia mobilizar massas de apoiantes!

Ontem, como hoje, líderes que dizem o que as pessoas gostam de ouvir são levados ao poder através de processos democráticos ou por apatia e indiferença da maioria. Propagam, em nome do bem de um pequeno número, a exclusão de muitos outros, através de discursos de ódio, estrategicamente pensados, elaborados, encenados e propagados… Discursos que enfatizam a ameaça ao conforto egoísta de uns poucos, pela disponibilidade do mínimo de dignidade humana a muitos outros.

Um deles foi Adolf Hitler. Este chegou ao poder em 1933 como chanceler da Alemanha e, ressentido pela humilhação do Tratado de Versalhes, prometeu “rasgar” o tratado internacional, elevar a Alemanha à categoria de grande nação - “A grande Alemanha” e limpar a raça ariana. Esta, considerada por ele e pelos seus apoiantes, uma raça superior, criadora de toda a cultura da Humanidade e que tinha sido vítima da influência de grupos degenerados. Ele e todo o aparelho nazi comprometem-se em “limpar” a pureza da raça ariana, levando à prática a vocação da Grande Alemanha como dominadora do mundo na conquista do seu “Espaço Vital”. Lançaram assim o Mundo numa segunda guerra mundial.

  A negação dos Direitos Humanos foi levada ao extremo na Alemanha com o racismo, apoiado no “Espírito Volkisch” e na teoria de ciência genética que defendia a criação de uma raça superior através da reprodução seletiva e da eliminação dos mais fracos.

  O racismo alemão foi particularmente violento em relação aos judeus, configurando um dos maiores e melhor organizados genocídios da História da Humanidade, que infelizmente não foi o único, nem o último... Os judeus, excluídos da cidadania, impedidos da prática de qualquer profissão, isolados socialmente, proibidos de casarem com arianos e de frequentarem locais públicos, foram obrigados a usar a estrela de David na roupa, para serem facilmente identificados. Numa fase posterior acabaram por ser levados para guetos e daí para campos de concentração - os campos da morte ou alguns, de extermínio.

  No período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o aparelho nazi deportou primeiro da Alemanha e depois dos territórios ocupados, milhões de pessoas que usou como mão-de-obra grátis até à exaustão, ao serviço do Estado Nazi.

 Quando não serviam para trabalhar, eram enviados para campos de extermínio, onde eram eliminados: judeus, opositores políticos, Romi (vulgarmente chamados de ciganos), deficientes, homossexuais e todos aqueles que, de algum modo, se opunham ao regime nazi, ou simplesmente, procuravam prestar ajuda humanitária aos perseguidos.

  Auschwitz (Polónia) foi o campo de concentração mais conhecido da era nazi. Para este e para outros campos, foram transportados milhões de pessoas em vagões de comboio, sem quaisquer condições e sem saberem que destino as esperava.

  Quando os vagões chegavam aos campos, as pessoas eram separadas por filas: umas de mulheres, outras de homens e, ainda, outras de crianças. As que ainda serviam para trabalhar, eram exploradas e torturadas pelo trabalho árduo em minas, pedreiras (exemplo de Mauthausen – Áustria), construção ou até nas grandes fábricas, consideradas os apoios do regime nazi. As outras eram mortas de imediato nas câmaras de gás.

  De seguida, os seus corpos eram reduzidos a cinzas em fornos crematórios.

 Inúmeros foram, também, os fuzilados e os enforcados. De destacar os que pereceram pela ação dos Einsatzgruppen (tropas especiais das SS treinadas para fuzilamentos em massa e que acompanhavam o exército alemão nos territórios ocupados durante a 2ª Guerra Mundial, principalmente ativos no Leste europeu). Humilhados, eram mortos a sangue frio, em condições degradantes e, atirados de imediato para valas inundadas de morte e de horror.

Nos campos de concentração nazis, graças a estranhas engenharias, foram inventadas formas diversificadas para matar seres humanos e, principalmente a partir da Conferência de Wannsee em 20 de janeiro de 1942, foram criados os campos de extermínio para aquilo a que os nazis chamaram “A solução final do problema judaico”.

Nos campos, alguns prisioneiros eram submetidos a experiências horrendas, como as do doutor Mengel, conhecido como o “Anjo da morte” pelo sofrimento que infligia às suas vítimas. Eram também os prisioneiros que eram obrigados a executar as mais horríveis tarefas, na seleção, marcação com um número, gaseamento, cremação das pessoas mortas.

Aos prisioneiros era retirado tudo… liberdade, nome, roupa, dentes, cabelo, dignidade e por fim… a vida…

Os prisioneiros eram identificados com números tatuados na pele ou nos uniformes - os tristemente conhecidos “pijamas às riscas” e eram amontoados em dormitórios apinhados e sem condições mínimas de qualquer tipo ou então, eram deixados a morrer ao frio, à fome e de doenças.

A 27 de janeiro de 1945, as tropas russas pertencentes aos Aliados, libertaram Auschwitz-Birkenau, abrindo aos portas para o Mundo poder ver os vestígios da atrocidade do que foi apelidado de “Solução final” pela máquina nazi. Um cenário de horror até perder de vista…

De Sobibor, Majdanek, Belzec, Treblinka, Chelmo, Mauthausen, Teresin, Auschwitz…. Temos as evidências que nos levam a questionar, como foi possível, tal barbaridade?

 Do passado vêm cerca de 10 milhões de gritos de esperança!

Para relembrar estes milhões de vítimas, a Assembleia Geral da ONU instituiu em 2005, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e de Outros Genocídios, que se relembra a cada ano a 27 de janeiro.

Podia ser outro dia, mas algum dia tinha de ser… Pois a memória é curta se não for renovada constantemente…Desaparece, é negada ou adulterada!

Pois, não podemos desfazer a História, já aconteceu… Mas devemos conhecê-la, refletir sobre ela e evitar que voltem a acontecer situações como esta, em nome do nosso egoísmo e comodismo… Ou simples desconhecimento e indiferença!

Conhece, ajuda a conhecer o que aconteceu e evita que tal se repita!

Não alinhes em discursos de ódio, que te prometem o bem-estar em nome do não respeito pelos outros, porque… Ontem foram eles… Hoje são eles… Mas, amanhã podes ser tu…. E/ou os teus entes mais queridos!

 Prof. Paula Dias

domingo, 24 de janeiro de 2021

 

Porque hoje é sábado (dia 23 de janeiro)

 

Como tinha anunciado, proponho-me hoje escrever sobre a Netflix. Curiosamente, reparo que uma aluna do 12º B também escolheu este tema.

Queixa-se a Helena da publicidade enganadora da Netflix, da insistência dos anúncios/trailers muito tempo antes da saída das séries ou filmes, da deceção por serem poucos os episódios disponíveis e, pior ainda, a série ser cancelada se não obtiver lucro.

Confesso que me incomodou a ideia expressa do stress que é esperar pela série porque obcecada pela história…

Sei que isto se passa com muitos jovens e adultos também. Não vou emitir juízos de valor, antes apresentar, além de uma pequena, digamos, ”biografia da Netflix”, alguns dos aspetos mais obscuros desta tão apreciada (ou nem tanto, segundo a Helena) plataforma.

Netflix deve dizer-se no feminino, pois trata-se de uma rede de streaming.

A palavra "net" vem diretamente da palavra "Internet" e "flix" é uma derivação de "flicks", uma gíria para "filmes".

A Netflix surgiu em 1997, criada por Reed Hastings e Marc Randolph. Com o nome de NetFlix (com o F maiúsculo) até 2002, a empresa foi criada para funcionar como uma locadora de filmes, com entregas ao domicílio. Aproveitando a novidade que eram os DVDs, os usuários entravam no site da Netflix e escolhiam o título desejado a ser enviado pelos correios. Os clientes podiam alugar até 8 filmes e ficar com os títulos o tempo que desejassem. Em 2007, 10 anos após seu lançamento, a Netflix decidiu entrar no ramo de streaming e passou a oferecer conteúdos no formato de acesso imediato.

 E o que significa streaming?

Trata-se de uma tecnologia que possibilita a transmissão online de áudio e vídeo através de dispositivos sem armazenamento prévio. Deste modo, podemos consumir conteúdos de maneira instantânea e sem a necessidade de downloads, pois o fluxo de dados é feito em tempo real.

O serviço de streaming da Netflix funciona em mais de 190 países e tem um grande acervo de conteúdo global com originais Netflix: filmes, documentários e séries premiados.

A Netflix funciona em diversos dispositivos móveis (tanto iOS ou Android), embora a preferência vá para as televisões.

A Netflix revolucionou a produção de séries de televisão e filmes. Enquanto os canais de televisão mantêm a audiência cativa lançando um episódio por semana e com pausa no meio das temporadas, a Netflix deixa todos os capítulos disponíveis de uma só vez. Os espetadores assistem quando quiserem e quanto quiserem.

Algumas críticas que lhe são apontadas:

 a) filmes e séries chegam com mais ou menos um ano de atraso após lançamento.

b) embora se pague religiosamente uma assinatura, nada do que ali está é nosso, ou seja, tornamo-nos reféns de distribuidores e serviços, só assistindo àquilo que eles quiserem.

c) ter de interromper uma maratona de séries porque ela foi retirada do ar nos últimos  momentos.

d) contribui para que fiquemos viciados na plataforma dando a sensação de que estamos a tirar partido da assinatura à medida que assistimos a mais e mais filmes e séries.

e) não ter a possibilidade de fazer Zapping, um dos charmes da televisão tradicional.

f) a empresa recusa-se a divulgar os seus dados sobre audiências.

Por fim, e quanto a mim relevando de alguma gravidade (se na verdade a informação for fidedigna), é o seu impacto ambiental.

Diz-se na Wikipedia que, diferentemente de outras grandes plataformas de streaming de vídeo, a Netflix não fornece relatórios regulares sobre o uso de energia, as emissões de gases, de efeito estufa ou o mix de energia real das suas atividades globais.

E ainda que, até agora, a Netflix não se comprometeu publicamente a usar energia renovável.

Para que conste, a fim de não me viciar nas séries, nem contribuir para o lucro desta empresa, só vejo alguns canais de televisão e procuro, sempre que possível, ir ao teatro, arte que me fascina e não traz nenhum mal ao mundo.

 

Sites consultados: https://www.techtudo.com.br/listas/2019/07/o-que-significa-netflix

https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/10/o-que-e-streaming

https://pt.wikipedia.org/wiki/Netflix

Rosa Sousa


sábado, 23 de janeiro de 2021


Basta levantar o olhar, tentar respirar mais profundamente ou querer ouvir o que nos rodeia 
para nos apercebermos que andamos todos presos num mundo que nos escapa...
Seria errado pensar que os nossos jovens não se apercebem do que insiste em moldar-nos. 
Sim, eles estão atentos e vários são os assuntos acerca dos quais refletem. 
Deixámo-los aqui expressar algumas das suas opiniões. 
Não deixem de ler!
Quem sabe não vos apeteça retorquir com a mesma pena... 
O espaço é vosso, é nosso...




Manifesto Anti-Depressão não é doença

 

BASTA! Diz-me: porque estás tão triste?

Diz-me: Porque choras sem razão?

Porque não sorris, não ris?

Porque não sais da cama?

Porque não sais de casa?

Porque não vamos sair, jantar, brincar?

Chega de questionar quem com estes sintomas vive, ninguém vive assim porque quer. Há que olhar para o lado, para a frente, para o amigo, para o pai, a mãe, o irmão e perceber que podemos fazer estas questões, mas não devemos, é depressão, é uma doença. Chega de olhar para quem vive com isto como fracos, os fortes também quebram, esta doença não tem idades, não escolhe sexo, não escolhe classe social.

Nesta hora acordem e percebam que é agora que devemos estar, fazer e apoiar, sem perguntas, sem críticas, sem abandonarmos a vida que temos, mas sim compreendermos a pessoa, procurar criar empatia, reconhecer que essa experiência não está a ser vivida por nós, não digas entendo, não entendes, só entende quem passa por isso.

Não é uma questão de animar uma pessoa, persistir para uma boa disposição, envolvermo-nos muito...NÃO! É percebê-la, termos paciência, não deixarmos as pessoas afastarem-se.

Depressão não é um sinal de fraqueza, são pessoas…pessoas que precisam de falar sobre o nosso dia, o dia delas, qualquer assunto, elas não são só “aquilo”.

Um simples gesto faz toda a diferença…

Empatia é um forte elemento para que estas pessoas se sintam confortáveis para falar connosco e poderem exprimir-se. Temos de permitir que a empatia exista, melhorando as nossas próprias vidas e daqueles que nos rodeiam. Está na hora de nos tornarmos uma sociedade melhor.

Mexam-se! Julguem menos! Não são “malucos”. Entendam-nos, ouçam-nos…Sim, é um processo difícil que envolve várias tentativas e erros, temos de ter paciência, estar lá para elas. Não fujamos delas, não levemos as coisas para o nosso lado pessoal, vamos incentivá-las para mudanças positivas, coisas simples que lhes tragam felicidade.

Chega! Mudemos! Ajudem quem vos rodeia, despertem, às vezes aquele que mais sorri apenas esconde a sua dor… Querem apoiá-los? Façam algo, não fiquem parados, não façam os problemas deles vossos, estejam lá e ouçam o que eles têm para dizer.

A depressão traduz-se demasiadas vezes numa alma onde o olhar nos transmite uma escuridão silenciosa, avassaladora… É um estado psicológico muito preocupante.

A depressão é uma doença… a cura? Não são medicamentos, mas podes ser tu…

 

                                                               Ana Cláudia Fernandes 12ºB


Manifesto Anti Desigualdade

Liberté, Egalité, Fraternité…

Parece que a revolução francesa surtiu menos efeito do que o Prós e Contras. Num mundo tão evoluído como o nosso, é impensável a igualdade não estar garantida. Todos devemos ter as mesmas oportunidades, ao nível da educação, saúde, género, etc. E, com isto, não significa que sejamos tratados da mesma forma. É claro que não! Somos todos diferentes, e, por isso, é essencial que nos sejam fornecidas ferramentas, adaptadas a cada um, para que possamos estar no mesmo pé de igualdade.

- Hum! Aqui não está.

- Deixa ver acolá… também não!

Com um tema tão em voga, seria de estranhar que o assunto não fosse tocado na Assembleia da República. Numa dessas vezes, o mote deverá ter sido a igualdade de género, que, nos dias de hoje, mais parece estar ao fundo do túnel. Não há, de forma alguma, explicação plausível para o facto de um órgão determinar quanto um ser humano deve receber, no final do mês. Quem ma arranjar, terá um cérebro de o vácuo sentir inveja. Como diz o provérbio, as palavras, leva-as o vento. E no caso dos políticos, até uma brisa seria suficiente!

- Estou quente ou frio?

- Mais gelado impossível.

E quem está também gelado, ou mesmo congelado, é o setor da cultura. E não porque quisessem, mas porque o termóstato foi regulado por aqueles que dão mais importância a movimentos que, em nada, são capazes de substituir a magia que a cultura desperta dentro de nós. Porquê colocar a vida de tantos artistas em pausa? Porquê deixar de levar às pessoas a essência da vida? Pelos vistos, a resposta é tão, ou mais, complexa que o estado mental de Fernando Pessoa. E é bem difícil!

- Que hei de fazer, então? Eu juro que procuro, mas cadê você, noção?

É, realmente, uma constante caça a um tesouro que nem sequer foi escondido. Tesouro esse que, se existisse, dava lugar a prioridades que, neste momento, estão a ser secundarizadas. A desigualdade combate-se com noção. Nós somos, no final de contas, humanos que merecem ser respeitados, dotados de uma vida digna e justa, independentemente de onde vimos, quem somos e o que fazemos. E isto é um grande passo, para que, um dia, ao sairmos à rua, sejamos felizes.

- Pronto, já vou embora.

- Encontraste? Onde estava?

- Não, mas liguei ao Ethan Hunt.

Miguel Almeida 12ºB



Manifesto anti-derrotismo (autoconfiança)

 

Acorda! Basta, ouviste, já chega…esquece tudo de uma vez por todas e assume! De que estás à espera?

Assume com coragem aquilo que queres;

Assume com coragem aquilo que és e aquilo que desejas;

Que não te vença o medo do que os outros vão pensar;

Que não te vença o medo do que os outros vão dizer;

Que não te vença o medo da crítica, nem o dedo alheio;

Que não te vença o medo da verdade, ou a falta de confiança;

Acredita, acredita em ti!

Acredita que és capaz e não deixes que nada nem ninguém te digam o contrário, ninguém te derrubará, nunca, ouviste…basta!

Não tens noção do quão forte és;

Alimenta-te da crítica, do fracasso, do medo, dos outros, da tua fome de vencer!

Assusta-te?

Se a vontade, o sucesso, a felicidade, os sonhos não te assustam, é porque não são assim tão grandes como pensas.

Faz por ti e por mais ninguém. Luta, até à última pinga de suor, luta até à última lágrima de sangue. Caíste? Só tens uma opção…levanta-te, insiste, persiste, e não pares de lutar. Amanhã é outro dia. A tua oportunidade vai chegar e quando assim for, amarra-a com unhas e dentes. Vive, limita-te a ser feliz e a fazer aquilo que queres para ti. É a tua oportunidade de venceres, de triunfares!

Não procures a perfeição, porque a única coisa perfeita são os sentimentos e aquilo que tu transmites quando fazes aquilo que verdadeiramente amas.

Assume a cor das tuas paixões;

Assume o rosto dos teus amores;

Assume aquilo que sentes;

Assume com coragem, com amor, e sempre com um sorriso contagioso, de orelha a orelha;

E se pelo meio da tua caminhada de coragem e ousadia, perderes alguém que contigo não quer caminhar, continua o caminho sozinho, porque ninguém sabe melhor da tua vida que tu próprio. Não passa de ti, só depende de ti. Tu podes (e deves) definir a tua vida!

E se errares, não te preocupes;

Só não erra quem não é humano, quem não tenta;

É um caminho de coragem, será sempre um caminho de tentativas e experiências;

Se é aquilo que queres para ti, que te faz feliz, porquê tantas perguntas? Aquilo que queres: tenta! Sempre! Não tenhas medo!

 

                Cláudio Silva – 12ºB


Manifesto Anti – Não Reciclagem

- Isto não pode continuar assim! A Terra não aguenta mais!

O excesso de lixo é um dos grandes problemas da nossa Humanidade. O facto de o Homem não fazer reciclagem, algo que não custa nada, pode culminar em muitos desastres ambientais.

O clima está diretamente ligado ao efeito de estufa e o aumento do mesmo é proporcional ao crescimento de gases nocivos lançados para a atmosfera. Agora pensemos: o drástico aumento do efeito de estufa, acrescido à falta de reciclagem e à falta de urbanismo sustentável irá resultar num desequilíbrio da temperatura em todo o mundo.

Ouvimos muitas vezes a frase “O lixo vai sempre parar ao mar.”, e é verdade. O lixo mal descartado, geralmente, vai alcançar as condutas de água percorrendo, assim, um caminho até ao mar onde se vai alojar, formando as ilhas de lixo. Por todos os nossos oceanos existem inúmeras ilhas de plástico, sendo que este tipo de material demora cerca de 450 ANOS para se degradar! Todo este lixo está a matar diversos animais, uma vez que estes seres ingerem a imundice gerada ou acabam por ficar presos nela. “Hoje em dia, as pessoas lançam o equivalente a cinco sacos de plástico de lixo para o mar, a cada 30 centímetros de costa. Se continuar desta maneira, vamos chegar a 2050 com mais plástico do que peixe no mar." (Pinheiro, 2020)

A poluição a nível dos solos deve-se à acumulação de resíduos sólidos não orgânicos no chão. Esta poluição está diretamente relacionada ao desenvolvimento de doenças infecciosas – por exemplo, Tétano – em animais como moscas, ratos e mosquitos.

Neste contexto vemos que a não reciclagem afeta, direta ou indiretamente o ar, a água, os solos e os seres vivos, ou seja, toda a Biosfera.

- Nós não podemos simplesmente pegar num papel e deitá-lo para o chão! Existem locais corretos para o colocar!

Tudo isto porque o Homem não é capaz de fazer um ato simples por só se importar com ele próprio. O que não sabe é que, a este ritmo, vamos acabar todos por morrer nas nossas próprias armadilhas.

- Noção precisa-se! Não existe outro planeta! Nada custa fazer a separação do lixo! Se cada um fizer a sua parte o mundo poderá tornar-se num lugar melhor ao longo dos anos.

 

Íris Beatriz 12ºB


Manifesto Anti Telenovelas

Nos dias de hoje, as telenovelas têm tido muitas audiências, das quais eu não faço parte, digo já. O seu objetivo é retratar a realidade, mas, pelo que sei, essa realidade está bastante distorcida.

As novelas exibem luxos que a maioria dos telespetadores não tem, nem nunca terá, e isso deixa-me com dúvidas e a pensar no sentimento que provocará a essas pessoas. Porque é que isso é assim? Os autores das novelas querem sentir-se superiores? Querem que as pessoas sem possibilidades se sintam ainda mais miseráveis, por não terem capacidade de ter e dar melhores condições à sua família?

Como já referi, a realidade está muito adulterada e isso vê-se nos clichês que elas apresentam, como o banalíssimo triângulo amoroso, a famosa sede de vingança, a tragédia dos irmãos gémeos separados à nascença, o protagonista pobre…

E o amor à primeira vista, em slow motion? Já estou farta de ver, quando saio de casa. Mas é que é todo o santo dia. E as empregadas cuscas? Cá para mim, é um insulto camuflado às pessoas que trabalham nesse ramo. Mas quem sou eu para dizer alguma coisa. Quem sou eu…

 E a derradeira questão é: porque é que vamos ver algo que já sabemos como vai acabar? Enfim, eu não encontro nenhum propósito para ver um programa deste género, para não falar que, como as telenovelas não correspondem ao dia a dia, não criam tanta empatia com as pessoas que as veem, pois a vida não é um mar de rosas como as novelas aparentam, ok, guionistas?

O problema é que as pessoas, cada vez mais, apresentam graves dificuldades em distinguir a realidade da ficção, deixando algumas delas bastante fragilizadas, ao ver a vida das personagens, imaginando que será igual à dos que as rodeiam.

 Por isso… Produtores das novelas, parem de tentar mostrar que a vida é fácil e simples e comecem a tentar entender realmente o que os vossos espetadores enfrentam! Pode ser que assim comecem a ganhar mais audiências, ou pelo menos a minha admiração.

 

Margarida Mendes 12ºB

 

 

Manifesto Anti-Manifestos

Mas que ideia vem a ser esta de traduzir as lamúrias em letras e aguardar que algo se altere, como se de um milagre se tratasse?! Pior! Culpar uma entidade por jeremiadas pessoais e, ainda para mais, persuadir e corromper alheios para que adquiram um comportamento que o próprio não tem? Enfim, a hipocrisia! Manifesto, é assim que lhe chamam? Saberão, na pior das hipóteses, o significado do vocábulo? Manifesto: patente, público, notório, evidente, claro… A única noção clara é o medo, a incompetência e a dissimulação daquele que se esconde por entre as palavras e se limita a cogitar e corroer tampas de caneta, aguardando passivamente que a sua mensagem seja implementada por frágeis mentes em fortes corpos. Quão diferente será esta gente de todos os líderes ineptos e autocentrados que a História nos deixou? Certo… Neste momento não precisamos disso. Não precisamos de pessoas a viver em segundo, terceiro, porventura quarto plano! Ao que chegamos! Acabe-se a reatividade e passemos à proatividade, à ação! Irradiada seja a palavra.

Por menos manifestos e por mais manifestantes!

                                                                                                              Rodrigo Gomes 12ºB

 

 

Manifesto Anti-Netflix

Netflix, plataforma de streaming mundial, com inúmeras séries e filmes originais ou comprados a outros, utilizada e adorada pela maior parte da população inscrita na mesma e odiada ao mesmo tempo.

Odiada porquê? Esta plataforma tem o hábito de apresentar publicidade de uma série, três meses antes da mesma estrear o seu primeiro episódio.

Nada contra, mas também nada a favor!

Antes de sequer sabermos a data de estreia temos que lidar com os constantes anúncios e publicações acerca da mesma, o que não é correto, pois, passados os três meses já ninguém se lembra do trailer.

Mas não fica por aqui, o pior de tudo é mesmo quando, depois de tanta espera, temos finalmente a série disponível e nos deparamos com uma temporada com apenas oito míseros episódios.

Ridículo!

Eu que vi oito temporadas com vinte e dois episódios cada, em apenas duas semanas, vejo aquilo numa tarde de chuva sentada no sofá!

Resumidamente, ficamos deslumbrados pelos imensos anúncios feitos três meses antes, gastamos aproximadamente oito horas da nossa vida para ver a temporada inteira num dia e, depois, nem sequer sabemos se a história vai continuar, apesar do final dramático ao qual queremos desesperadamente resposta.

Após o fim da primeira temporada, a nossa querida Netflix tem duas opções:

Uma delas é: se a série teve sucesso e a fez ganhar milhões, continuar com os anúncios irritantes para ter ainda mais audiências. Depois de alcançadas visualizações acima do esperado decidem confirmar uma nova temporada que só irá sair dois anos depois.

Stressante para mim, que tenho de rever vezes sem conta os oito  míseros episódios que tenho disponíveis, porque fiquei obcecada pela história e não aguento esperar tanto tempo!

A outra, a pior de todas é: fazer-nos acreditar que poderá sair uma nova temporada com todas as respostas àquilo que precisamos, porém, duas semanas depois muda de ideias e diz-nos que a série foi cancelada.

Até apetece cancelar a subscrição!

 

Helena Neves 12ºB

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021


 Regressámos a casa. Ontem, de um modo diferente.

Para nela permanecer. Porque nos é pedido.

Porque sabemos que faz sentido.

Numa distância que procura fazer-se presença.


A Marina Peixoto, deixando-se tocar por este momento,

deixa-nos uma "nova desabitação",

 na continuação da que havia escrito no ano passado. 

Aqui ficam.


“Nova Desabitação”

Foram e com medo voltaram

Para ti, livre amparo

Aprisionador e confuso.

Pensavas que já tinhas

Sofrido tudo, mas sabendo

Desconhecidamente, forte

E veloz, ele tem vencido.

Temes o futuro e o tempo

E a paz e a vida e o mundo.

Cegamente permaneces, e,

Com raiva dos inconscientes,

Vês a desgraça e a tristeza.

Desta vez vai ser diferente…

Os que acolhes, miserável,

Cresceram, mudaram, sentiram

Na alma cada fatalidade,

Revoltaram-se… evoluíram!

Isolado e desarmado, luta

Com toda a responsabilidade!

 

[Abaixo, podemos recordar a primeira parte:]


“Desabitação”

Lar confortável, nosso abrigo

Caloroso, acolhedor, são,

Agora aborrecido, tens

Como nunca outrora tiveste

Companhia frágil e confusa.

Estás com medo, sem saber,

Deste mortífero fantasma,

Receias que te vença, impotente!

O mundo paralisou e tu vês,

Cansado, o peso sufocante

Do tempo eternamente lento.

Já o antigo esplendor colorido

Nasce, brilha e esperançoso

Morre na janela da rua.

“Vai ficar tudo bem!” – desejas,

Exausto desta prisão imunda

Em que inimaginavelmente

Te tornaste, livre amparo

Da agitada vida humana!

                              Marina Peixoto (12ºD)


domingo, 17 de janeiro de 2021

 

Porque hoje é sabado (16 janeiro)

 

Sentada no sofá a ver um filme, olho para o relógio e passam 20 minutos da meia noite. Portanto, já é sábado, já posso escrever a minha crónica. Sobre cinema, desta vez.

Tenho aproveitado a noite de 6ª para ler o que fica em falta dos jornais durante a semana, ver a série portuguesa “Conta-me como foi”, que considero muito bem documentada e elucidativa do período vivido em Portugal após o 25 de abril, e acompanhar, logo em seguida, o ciclo de cinema dedicado ao grande cineasta japonês, Akira Kurosawa, em japonês: 黒澤 .

O filme da semana passada foi “Os Sete Samurais” e o de hoje chama-se “A Fortaleza Escondida”

 

Encantada com as primeiras imagens, fiquei presa ao ecrã 139 minutos, como diz na ficha técnica, que a seguir fui consultar, entre outras informações sobre o filme em questão, o cineasta e o Japão.


Nascido em Tóquio em 1910 , Akira Kurosawa, morreu em Setagaya em 1998. Com uma carreira de 50 anos, Kurosawa dirigiu 30 filmes e é amplamente considerado como um dos cineastas mais importantes e influentes da história do cinema. Homem intelectual e culto, com um caráter forte, muito perfeccionista no seu trabalho, o que o levou a ser conhecido como o Imperador.

Sobre o filme diz-se no site da RTP o seguinte: "A Fortaleza Escondida" é uma notável realização de Akira Kurosawa que em 1958 criava um grande clássico do cinema de aventuras, que foi, aliás, o primeiro filme japonês em Cinemascope e uma das mais dispendiosas produções de sempre em terras do "Sol Nascente".
Uma emocionante história sobre uma princesa em fuga, um heroico general, dois divertidos marginais e um fabuloso tesouro, todos em busca de uma fantástica fortaleza secreta que vão encontrar após uma odisseia de combates, perigos e inúmeras peripécias no Japão feudal.

Um grande filme de Kurosawa, pleno de aventura, romance e humor, que George Lucas confessou ter estado na origem da sua celebérrima saga intergaláctica, "Star Wars".

Não é preciso muito tempo de exibição para perceber que se trata de uma obra épica, onde todos os elementos são mostrados com grandeza e grande rigor técnico, da fotografia à música.

 

É claro que a maioria de nós, e os jovens em particular, tão habituados ao ritmo frenético e colorido da produção de Hollywood, já não aprecia filmes a preto e branco, um enredo que se desenvolve lentamente   com uma peculiar estética na apresentação e transição das cenas, para não falar da ausência de referentes culturais nipónicos…

Infelizmente, ir ao cinema, além de interdito pelo confinamento, deixou de ter a magia de outros tempos!

O cinema, ou melhor, um certo cinema, entra-nos em casa através da televisão e, pior ainda, através do telemóvel, um terrível malefício para a saúde e uma desvirtuação desta nobre arte.

E como a crónica já vai longa, prometo voltar no próximo sábado. Netflix será o tema.

Entretanto, vejam bons filmes em bons ecrãs!

E quando pudermos regressar, em boas salas de cinema! (Sem pipocas e sem barulho, evidentemente!)

Rosa Sousa


sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

 

LER UMA VIDA...

 

Em qualquer altura do ano, um livro é das melhores companhias que podemos ter. Acho que os livros são aquilo que o ser humano tem mais próximo da magia. O livro fortalece o nosso espírito e alimenta a nossa alma. Sobretudo em tempos de confinamento, os livros são a minha companhia de eleição.


Neste momento estou a ler “Uma educação”, o livro de memórias da historiadora americana de 34 anos, Tara Westover. Apesar de muito jovem, tem um percurso sem dúvida inspirador. Iniciei esta leitura, pois, na semana passada, na aula de Português, a turma assistiu ao discurso sobre o direito à educação realizado pela ativista Malala Yousafzai. Gostei muito de ouvir esse discurso e ele suscitou em mim vontade de ler algo sobre esse mesmo tema. Deparei-me com este livro ainda por ler na minha estante e achei que seria a altura certa para pegar nele. Acredito que fiz uma excelente escolha pois estou a gostar bastante.


Em “Uma educação” somos confrontados com a história de vida de Tara e da sua família. Esta jovem não existia aos olhos do governo, pois a sua certidão de nascimento não foi registada. Durante muitos anos nunca colocou um pé numa sala de aula nem num hospital, porque o seu pai não acreditava nem em escolas nem em médicos. Devido às crenças radicais do seu pai, a vida de Tara foi durante muito tempo limitada. Aos dezasseis anos, entendeu que precisava de sair de casa, inscrever-se na escola e, dessa forma, ir contra tudo aquilo em que a sua família acredita. Ao fazê-lo, acaba por descobrir o poder transformador da educação e o leitor acompanha o processo de autodescoberta de Tara.


Este livro está a ser deslumbrante, não só pela escrita tão bela e cuidada mas também pela reflexão que a história proporciona. Algumas das situações às quais a protagonista é sujeita são sufocantes e geram um grande sentimento de revolta: a maneira como ela é manipulada a acreditar que a escola não é um lugar bom, como a família recusa a utilização do hospital até nos casos mais graves, a forma como um dos irmãos, Shawn, a humilha e maltrata durante a adolescência e várias outras situações do antigo quotidiano de Tara. Apesar da intensidade, a leitura é absorvente e muito enriquecedora. O facto de esta ser uma história real oferece uma dimensão ainda maior ao livro. A minha personagem favorita, até agora, é Tara dada a sua resiliência, bravura e determinação. Também gosto muito de Tyler. Tyler é um dos vários irmãos da jovem, o primeiro dos irmãos (e durante algum tempo o único) que se atreveu a realizar uma inscrição na universidade. Admiro-o imenso pela sua bondade, sensatez, sabedoria e pela forma como incentiva a irmã a lutar por uma educação. Tal como Tyler, acredito profundamente na educação e julgo que esta é um alicerce importantíssimo para o futuro de qualquer pessoa. Não imagino o que seria de mim sem a oportunidade de ter uma educação. Para além de reconhecer a escola como peça fundamental do meu desenvolvimento como pessoa, consigo olhar para trás e lembrar vários momentos bons pelos quais sou grata e que não teria experienciado sem ela.


Apesar de ainda ter mais para ler sobre a vida de Tara, tenho a forte sensação de que esta leitura será uma experiência a recordar. 

Joana Faria 11ºA


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

 

Porque hoje é sábado (9 de janeiro)

Frio, muito frio neste dia.  E, segundo o IPMA, 2 ª e 3ª feira serão dias ainda mais frios e as previsões alargadas apontam para a continuação de uma vaga de frio.

Que fazer para aquecer o corpo?

 A Direção Geral de Saúde e a Proteção Civil  recomendam que se evite a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura”, que se  utilizem várias camadas de roupa, se protejam as extremidades do corpo com luvas, gorro, cachecol, meias e calçado quente e antiderrapante, se mantenha a hidratação ingerindo sopas e bebidas quentes (evitar o álcool, que proporciona uma falsa sensação de calor) e, claro, ter  cuidado com lareiras, aquecedores e cobertores elétricos.

 E para aquecer a alma? Uma receita da mãe, da tia ou da avó? Uma tisana bem quentinha? Umas pinturas com cores fortes e vivas? Um filme? Uma música?  Um livro?

Pois bem, a minha proposta é dar a conhecer este senhor e este livro.


              

Anunciado no PNL, Um livro por semana, parece-me ser ideal para estes dias frios e para ficarmos a conhecer um autor um pouco desconhecido.

A editora Abysmo (2019) reuniu em livro, numa cuidada edição com ilustrações de Tiago Albuquerque, três contos - Um Prego no Coração, Natureza Morta e Vício. Três textos distintos, escritos em momentos diferentes, mas que poderão ser lidos como uma trilogia que nos fala sobre o século XIX português, sobre escritores e pensadores, criação artística que nos induz a uma reflexão sobre a vida, o amor, a felicidade e a tristeza.

“Paulo José Miranda nasceu em 1965, na Aldeia de Paio Pires.

Licenciou-se em Filosofia e, em 1997, publicou o primeiro livro de poesia, A Voz Que Nos Trai, com o qual venceu o primeiro Prémio Teixeira de Pascoaes.

 Em 1999, e já a residir em Istambul, na Turquia, tornou-se também o primeiro vencedor do Prémio José Saramago, com a novela Natureza Morta.

 Mais tarde, viveu também em Macau e no Brasil, escrevendo poesia, ficção, teatro e ensaio.

Em 2015, recebeu o Prémio Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, pelo livro de poesia Exercícios de Humano, e regressou a Portugal, começando pouco depois a trabalhar na biografia de Manoel de Oliveira, A Morte não É Prioritária.” In Wook.

Outros livros de Paulo José Miranda

                    


            

Rosa Sousa