Ler Fernando Pessoa levou os alunos a aconselhar a sua leitura e a refletir sobre o que nos rodeia.
O carácter destrutivo e
impulsionador da reflexão
Hoje em dia, devido ao desenvolvimento
das civilizações e da constante influência das artes e da ciência, o ser humano
está dependente do uso da razão para sobreviver.
Com a obrigatoriedade do ensino em
vários países do mundo, as pessoas começaram a desenvolver certas aptidões
reflexivas o que, a meu ver, é uma vantagem.
Na minha opinião, é através da reflexão
que o ser humano consegue imaginar diferentes cenários possíveis dos seus atos,
levando-o a optar pelo qual se demonstra mais benéfico. Imaginemos o exemplo da
Filosofia que serviu como base para todas as outras ciências. Esta recorre
exclusivamente ao pensamento para chegar a certas conclusões, as quais
permitiram a evolução da humanidade e a um aumento exponencial da qualidade de
vida.
Apesar de o número de vantagens ser
consideravelmente superior aos aspetos negativos inerentes ao ato de refletir,
estes também existem. Por vezes, devido a estas atitudes reflexivas, vemos a
vida sob uma perspetiva pessimista, pensando sempre no pior que pode acontecer
(apesar de a probabilidade ser reduzida), levando a certos problemas como
depressões e até mesmo suicídios que poderiam ser evitados.
Em conclusão, razão e reflexão
impulsionaram a evolução do ser humano, conduziram-no a novos conhecimentos e a
determinadas crenças. Por isso, não nos devemos abster do pensamento, mas sim
utilizá-lo de maneira controlada e viver a vida positivamente.
Sento-me e olho para o rio.
Mas não sei bem para qual –
Se o meu, no seu correr vital;
Se o que meus olhos veem, com um arrepio.
Talvez até olhe para os dois…
Minha alma é como este rio:
Corre, sem antes nem depois,
Apressada, sem lugar para extravio.
Entretanto, cá estou eu: sossegada,
Imóvel, sem emoções; permaneço sentado,
Sozinho com as minhas reflexões.