quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

 

Ler Fernando Pessoa levou os alunos a  aconselhar a sua  leitura e a  refletir sobre o que nos rodeia.








O carácter destrutivo e impulsionador da reflexão

 

Hoje em dia, devido ao desenvolvimento das civilizações e da constante influência das artes e da ciência, o ser humano está dependente do uso da razão para sobreviver.

Com a obrigatoriedade do ensino em vários países do mundo, as pessoas começaram a desenvolver certas aptidões reflexivas o que, a meu ver, é uma vantagem.

Na minha opinião, é através da reflexão que o ser humano consegue imaginar diferentes cenários possíveis dos seus atos, levando-o a optar pelo qual se demonstra mais benéfico. Imaginemos o exemplo da Filosofia que serviu como base para todas as outras ciências. Esta recorre exclusivamente ao pensamento para chegar a certas conclusões, as quais permitiram a evolução da humanidade e a um aumento exponencial da qualidade de vida.

Apesar de o número de vantagens ser consideravelmente superior aos aspetos negativos inerentes ao ato de refletir, estes também existem. Por vezes, devido a estas atitudes reflexivas, vemos a vida sob uma perspetiva pessimista, pensando sempre no pior que pode acontecer (apesar de a probabilidade ser reduzida), levando a certos problemas como depressões e até mesmo suicídios que poderiam ser evitados.

Em conclusão, razão e reflexão impulsionaram a evolução do ser humano, conduziram-no a novos conhecimentos e a determinadas crenças. Por isso, não nos devemos abster do pensamento, mas sim utilizá-lo de maneira controlada e viver a vida positivamente.

Fábio Rodrigues, 12.ºC



Sento-me e olho para o rio.

Mas não sei bem para qual –

Se o meu, no seu correr vital;

Se o que meus olhos veem, com um arrepio.

 

Talvez até olhe para os dois…

Minha alma é como este rio:

Corre, sem antes nem depois,

Apressada, sem lugar para extravio.

 

Entretanto, cá estou eu: sossegada,

Imóvel, sem emoções; permaneço sentado,

Sozinho com as minhas reflexões.

 

                                                               Maria Fontão, 12.ºC