Porque hoje é sábado (27 de março)
E eis que quase termina o mês e
um período de aulas assaz difícil. E veio o sol, a primavera, a vacina, a
esperança de dias melhores, de uma nova liberdade e muita responsabilidade.
Serão poucos os dias de descanso,
mas os suficientes, dadas as circunstâncias, para recarregar energias e
recomeçar uma nova etapa.
Não haverá almoços com a família
alargada, não haverá deslocações entre concelhos, mas continuará a haver um
livro para viajar pelo mundo-mundo ou pelo mundo da fantasia! Um passeio para
descobrir os mistérios e maravilhas da natureza! Uma tarde na cozinha a
aprender aquelas receitas da avó, da tia ou da mãe que nunca ousaram
experimentar! Rever ou organizar o álbum de família… E quantas outras mais
ocupações!
Em mais uma sessão de livros,
leituras e leitores, promovida pela biblioteca Lúcio Craveiro da Silva,
falou-se da importância do livro-objeto, dos livros pop-up sobretudo no ensino pré-escolar
e eu tive uma saudade imensa dos tempos em que brincava com os meus três filhos
e lhes lia tantos e tantos destes livros! E mesmo passados de mão em mão e por
muitos amigos deles na escola e noutras escolas por onde fui passando como
professora bibliotecária, ainda conservo alguns e não me canso de os reler, de
os mexer, de os partilhar.
O livro pop-up é o livro que se torna tridimensional, as imagens
3D são formadas por dobras (feitas com uma arquitetura extremamente detalhada e
sofisticada) do papel que se transformam em cenário, personagem ou objeto da
história narrada.
A história do livro pop-up começou em 1300 com livros feitos para
explicar a astronomia em três dimensões, e só muitos anos depois é que passou a
fazer parte da literatura infantil com um anuário chamado Daily Express
Children’s. Só em 1930, com o escritor Harold Lentz, é que o termo pop-up
surgiu.
Como não ficar enfeitiçado?
Rosa Sousa