A força de vontade é a chave
para o sucesso
Era
uma vez uma menina muito bonita. Tinha os cabelos ruivos e a sua cara era
pálida e cheia de pequenas sardas. Costumava usar duas tranças com laços azuis
nas pontas e um vestido azul-marinho. Era muito simpática e enchia de alegria
os lugares por onde passava. Chamava-se Clara e tinha apenas cinco anos. Vivia
numa casa no meio do campo e tinha um pequeno cão chamado Bolt.
Durante
o dia, brincava com o seu cão e passeava pelos campos. Quando anoitecia,
voltava para casa onde a mãe lhe preparava o jantar. Por vezes, ia à aldeia
mais próxima. Ela adorava aquilo! Onde vivia, não havia mais ninguém, eram só
ela e a mãe. Apesar de adorar a sua vida, Clara tinha um desejo enorme de poder
conviver com outras crianças e por isso, quando ia à aldeia tentava sempre
afastar-se da mãe e falar com alguém. No entanto, ninguém queria ouvir uma
palavra do que ela tinha para dizer por uma simples razão: Clara nascera sem
uma perna e todos a achavam bastante estranha. Por onde ela passava, ouviam-se
murmúrios e risos sobre se ela teria uma doença contagiosa. Ela olhava para as
outras crianças e desejava profundamente ser como elas.
Clara
foi crescendo. Aos sete anos, começou a ter escola em casa. Aprendeu também alguns
desportos e artes. Aquilo de que ela realmente gostava era de dançar, no
entanto, devido à sua condição física, isso era bastante difícil. Depois de
muito insistir, conseguiu convencer a mãe a ter aulas normais com outras
crianças. E assim, aos dez anos, Clara começou a frequentar a escola. Ela
estava tão entusiasmada para o seu primeiro dia que acordou muito antes da
hora. A sua mãe estava ainda a dormir e, por isso, ela foi até à sala, pegou
numa taça cheia de leite e cereais e ligou a televisão. Estava a dar um
concurso de dança! A rapariga ficou ali parada durante algum tempo a observar
os passos dos bailarinos. Começou a tentar imitá-los, o que não foi nada fácil.
Com bastante esforço, conseguiu fazer um pequeno plié e dar alguns saltinhos. A sua mãe que tinha acabado de chegar
colocou-se na porta a observar a filha e quando esta acabou até bateu palmas.
Clara corou envergonhada mas a mãe apenas lhe perguntou se ela gostaria de ter
aulas de dança. A cara da menina desfez-se num enorme sorriso e ela respondeu
imediatamente que sim.
O
seu primeiro dia na escola não foi exatamente como ela imaginara. Quando lá
chegou com a sua perna postiça colocada e com as calças que a tapavam, todos
lhe falavam e sorriam. As coisas só começaram a correr mal quando o professor
contou aos colegas da turma sobre a sua condição física. Logo se espalharam uma
série de murmúrios pela sala e rapidamente toda a escola ficou a saber. No
intervalo, sentou-se sozinha, uma vez que ninguém se aproximava dela. Mas o
pior não foi isso! Passado algum tempo, começaram a gozar com ela e o único
lugar onde realmente se distraia era nas aulas de ballet. Começou por tê-las
apenas uma vez por semana, mas rapidamente começou a ter mais ensaios. Quando
deu por isso, treinava diariamente e mesmo não tendo qualquer tipo de amigos na
escola, na dança era completamente diferente. Todos se mostravam solidários com
ela e ajudavam-na bastante. Por vezes, quando ia diretamente da escola para as
aulas de dança, chegava com umas manchas de lama ou um olho negro e logo era
ajudada. E era por isso que ela gostava tanto do ballet, não só por adorar
dançar, mas também pelos grandes amigos que lá tinha.
Os
anos foram passando. Na escola nada melhorava. Tudo continuava igual, mas ela
já nem se importava. No que diz respeito à dança, ela ia ficando cada vez
melhor e ultrapassava todas a dificuldades. Podia não ter uma das pernas mas a
sua força de vontade e determinação substituíam-na sem qualquer tipo de
problema. Os seus professores de dança começaram a reparar cada vez mais nela. Não
conseguia nenhum papel importante em apresentações de grupo, no entanto, fazia
vários espetáculos a solo e em duo. Todos a observavam espantados. Ela era
realmente incrível! Acabou por ganhar uma bolsa para uma outra escola noutro
país. Claro que a sua mãe não a queria deixar ir mas Clara insistiu tanto que,
com muito custo por parte da mãe, acabou por ir. Com os seus catorze anos,
Clara fez as malas e viajou. Entrou numa grande escola de dança e tornou-se uma
grande bailarina.
Infelizmente,
não lhe foi possível tornar-se bailarina profissional, pois as grandes
companhias não a aceitavam devido ao facto de ela não conseguir fazer todos os
exercícios, nem usar ambas as pernas. Mas isso nunca a impediu de continuar a
dançar e hoje em dia é uma grande professora de dança e coreógrafa. Nos tempos
livres, ajuda pessoas com condições físicas como ela.
Esta
é a história de Clara, uma grande história de superação e que nos mostra que as
dificuldades não nos devem servir de desculpa. Devemos sempre arranjar uma
maneira de superar os desafios, basta querer!
Mariana
Fernandes – 7.º A
Amizade
Como é bela a amizade!
Uma forma de amar não importa a idade
Onde o amor se dá e se recebe
Sem que nada em troca se espere.
É um sentimento profundo
Que acontece entre pessoas de todo o mundo
Onde esperamos sinceridade
Para que possa ser para sempre essa amizade!
Sei que estará lá se eu precisar
E que com ele/ela poderei conversar
Os amigos são assim
Caminham connosco até ao fim!
Que bom ter amigos verdadeiros
Que nas horas más são sempre os primeiros
Também são aqueles que nos dão sempre a mão
Com eles aprendemos uma grande lição!
Ricardo Antunes
– 7.º A
Mais
Que um Desporto: Uma Paixão
Pensando
em apresentar-vos um tema, veio-me logo à cabeça uma das minhas paixões: o
futebol. Comecei a jogar futebol com apenas 3-4 anos, altura em que o meu pai
decidiu inscrever-me numa escola, no início não era lá muito bom nem um grande
fã, mas com o tempo fui melhorando. Aos poucos, gostava cada vez mais do
convívio com os meus colegas, da partilha de experiências no campo e da noção
de ter evoluído enquanto jogador assim como o prazer que as vitórias nos
traziam quando ganhávamos.
Para
mim, o futebol é um belo hobby, pois,
não só praticamos atividade física e nos mantemos ativos, como também
desenvolvemos laços de amizade e de convívio com outras pessoas.
Falando
agora em termos profissionais, o futebol requer uma grande disciplina para os
seus praticantes. Quem vive deste trabalho, tem que seguir uma alimentação
equilibrada e obrigar-se a dormir o suficiente. Não é só fora do campo que as
regras são apertadas, mas também dentro dele, todos têm que chegar a horas e
jamais faltar sem justificação, além disso devem respeitar as decisões do
treinador e aceitar as diferenças dos restantes jogadores.
Todavia,
tenho noção que este desporto pode não agradar a todos devido a algumas
situações impróprias tantas vezes transmitidas pelos meios de comunicação
social. Com efeito, todos nos lembramos de atos violentos das claques, de
situações racistas dirigidas a vários jogadores em todo o mundo, como ainda
casos de corrupção económica que vão surgindo em diversos clubes. Infelizmente,
estes problemas não ocorrem apenas no âmbito do futebol, podendo ser também
encontradas no decorrer de outros desportos ou em outras atividades sociais. Do
meu ponto de vista, estas atitudes não estão diretamente ligadas ao futebol ou
a qualquer outro desporto ou atividade social, resultam da postura de algumas
pessoas sem valores, sem educação e desrespeitadoras das regras básicas de
convivência comunitária.
Em
suma, como referido anteriormente, o mais importante deste desporto são as
experiências adquiridas assim como a saúde física e mental que este desporto ou
qualquer outra atividade, como a música e a literatura, nos possam trazer.
Pedro Antunes 7.º A