segunda-feira, 26 de abril de 2021

 A força de vontade é a chave para o sucesso

Era uma vez uma menina muito bonita. Tinha os cabelos ruivos e a sua cara era pálida e cheia de pequenas sardas. Costumava usar duas tranças com laços azuis nas pontas e um vestido azul-marinho. Era muito simpática e enchia de alegria os lugares por onde passava. Chamava-se Clara e tinha apenas cinco anos. Vivia numa casa no meio do campo e tinha um pequeno cão chamado Bolt.

Durante o dia, brincava com o seu cão e passeava pelos campos. Quando anoitecia, voltava para casa onde a mãe lhe preparava o jantar. Por vezes, ia à aldeia mais próxima. Ela adorava aquilo! Onde vivia, não havia mais ninguém, eram só ela e a mãe. Apesar de adorar a sua vida, Clara tinha um desejo enorme de poder conviver com outras crianças e por isso, quando ia à aldeia tentava sempre afastar-se da mãe e falar com alguém. No entanto, ninguém queria ouvir uma palavra do que ela tinha para dizer por uma simples razão: Clara nascera sem uma perna e todos a achavam bastante estranha. Por onde ela passava, ouviam-se murmúrios e risos sobre se ela teria uma doença contagiosa. Ela olhava para as outras crianças e desejava profundamente ser como elas.

Clara foi crescendo. Aos sete anos, começou a ter escola em casa. Aprendeu também alguns desportos e artes. Aquilo de que ela realmente gostava era de dançar, no entanto, devido à sua condição física, isso era bastante difícil. Depois de muito insistir, conseguiu convencer a mãe a ter aulas normais com outras crianças. E assim, aos dez anos, Clara começou a frequentar a escola. Ela estava tão entusiasmada para o seu primeiro dia que acordou muito antes da hora. A sua mãe estava ainda a dormir e, por isso, ela foi até à sala, pegou numa taça cheia de leite e cereais e ligou a televisão. Estava a dar um concurso de dança! A rapariga ficou ali parada durante algum tempo a observar os passos dos bailarinos. Começou a tentar imitá-los, o que não foi nada fácil. Com bastante esforço, conseguiu fazer um pequeno plié e dar alguns saltinhos. A sua mãe que tinha acabado de chegar colocou-se na porta a observar a filha e quando esta acabou até bateu palmas. Clara corou envergonhada mas a mãe apenas lhe perguntou se ela gostaria de ter aulas de dança. A cara da menina desfez-se num enorme sorriso e ela respondeu imediatamente que sim.

O seu primeiro dia na escola não foi exatamente como ela imaginara. Quando lá chegou com a sua perna postiça colocada e com as calças que a tapavam, todos lhe falavam e sorriam. As coisas só começaram a correr mal quando o professor contou aos colegas da turma sobre a sua condição física. Logo se espalharam uma série de murmúrios pela sala e rapidamente toda a escola ficou a saber. No intervalo, sentou-se sozinha, uma vez que ninguém se aproximava dela. Mas o pior não foi isso! Passado algum tempo, começaram a gozar com ela e o único lugar onde realmente se distraia era nas aulas de ballet. Começou por tê-las apenas uma vez por semana, mas rapidamente começou a ter mais ensaios. Quando deu por isso, treinava diariamente e mesmo não tendo qualquer tipo de amigos na escola, na dança era completamente diferente. Todos se mostravam solidários com ela e ajudavam-na bastante. Por vezes, quando ia diretamente da escola para as aulas de dança, chegava com umas manchas de lama ou um olho negro e logo era ajudada. E era por isso que ela gostava tanto do ballet, não só por adorar dançar, mas também pelos grandes amigos que lá tinha.

Os anos foram passando. Na escola nada melhorava. Tudo continuava igual, mas ela já nem se importava. No que diz respeito à dança, ela ia ficando cada vez melhor e ultrapassava todas a dificuldades. Podia não ter uma das pernas mas a sua força de vontade e determinação substituíam-na sem qualquer tipo de problema. Os seus professores de dança começaram a reparar cada vez mais nela. Não conseguia nenhum papel importante em apresentações de grupo, no entanto, fazia vários espetáculos a solo e em duo. Todos a observavam espantados. Ela era realmente incrível! Acabou por ganhar uma bolsa para uma outra escola noutro país. Claro que a sua mãe não a queria deixar ir mas Clara insistiu tanto que, com muito custo por parte da mãe, acabou por ir. Com os seus catorze anos, Clara fez as malas e viajou. Entrou numa grande escola de dança e tornou-se uma grande bailarina.

Infelizmente, não lhe foi possível tornar-se bailarina profissional, pois as grandes companhias não a aceitavam devido ao facto de ela não conseguir fazer todos os exercícios, nem usar ambas as pernas. Mas isso nunca a impediu de continuar a dançar e hoje em dia é uma grande professora de dança e coreógrafa. Nos tempos livres, ajuda pessoas com condições físicas como ela.

Esta é a história de Clara, uma grande história de superação e que nos mostra que as dificuldades não nos devem servir de desculpa. Devemos sempre arranjar uma maneira de superar os desafios, basta querer!

Mariana Fernandes – 7.º A



Amizade

Como é bela a amizade!

Uma forma de amar não importa a idade

Onde o amor se dá e se recebe

Sem que nada em troca se espere.

 

É um sentimento profundo

Que acontece entre pessoas de todo o mundo

Onde esperamos sinceridade

Para que possa ser para sempre essa amizade!

 

Sei que estará lá se eu precisar

E que com ele/ela poderei conversar

Os amigos são assim

Caminham connosco até ao fim!

 

Que bom ter amigos verdadeiros

Que nas horas más são sempre os primeiros

Também são aqueles que nos dão sempre a mão

Com eles aprendemos uma grande lição!

                                                      Ricardo Antunes – 7.º A

 


Mais Que um Desporto: Uma Paixão

Pensando em apresentar-vos um tema, veio-me logo à cabeça uma das minhas paixões: o futebol. Comecei a jogar futebol com apenas 3-4 anos, altura em que o meu pai decidiu inscrever-me numa escola, no início não era lá muito bom nem um grande fã, mas com o tempo fui melhorando. Aos poucos, gostava cada vez mais do convívio com os meus colegas, da partilha de experiências no campo e da noção de ter evoluído enquanto jogador assim como o prazer que as vitórias nos traziam quando ganhávamos.

Para mim, o futebol é um belo hobby, pois, não só praticamos atividade física e nos mantemos ativos, como também desenvolvemos laços de amizade e de convívio com outras pessoas.

Falando agora em termos profissionais, o futebol requer uma grande disciplina para os seus praticantes. Quem vive deste trabalho, tem que seguir uma alimentação equilibrada e obrigar-se a dormir o suficiente. Não é só fora do campo que as regras são apertadas, mas também dentro dele, todos têm que chegar a horas e jamais faltar sem justificação, além disso devem respeitar as decisões do treinador e aceitar as diferenças dos restantes jogadores.

Todavia, tenho noção que este desporto pode não agradar a todos devido a algumas situações impróprias tantas vezes transmitidas pelos meios de comunicação social. Com efeito, todos nos lembramos de atos violentos das claques, de situações racistas dirigidas a vários jogadores em todo o mundo, como ainda casos de corrupção económica que vão surgindo em diversos clubes. Infelizmente, estes problemas não ocorrem apenas no âmbito do futebol, podendo ser também encontradas no decorrer de outros desportos ou em outras atividades sociais. Do meu ponto de vista, estas atitudes não estão diretamente ligadas ao futebol ou a qualquer outro desporto ou atividade social, resultam da postura de algumas pessoas sem valores, sem educação e desrespeitadoras das regras básicas de convivência comunitária.

Em suma, como referido anteriormente, o mais importante deste desporto são as experiências adquiridas assim como a saúde física e mental que este desporto ou qualquer outra atividade, como a música e a literatura, nos possam trazer.

                                                                                                                                    Pedro Antunes 7.º A