Teoria
Ai se as promessas que gritamos
Acerca das quais constantemente nos lamentamos
Ai se as palavras que fluem no pensamento
Escorressem pelos rostos
Marcantes lágrimas de sangue
Intensas para os mais tolos
Caíssem como as pétalas de uma rosa espinhosa
E velha
Que se mantem formosa
Até não ter mais escolha.
Ai se as raízes plantadas no coração
Rodeadas pelas
entusiasmadas batidas de emoção
Aí crescessem sem
rumo
Num ato de desespero
Transcendendo o Humano
Carbonizadas pelo ânimo
Cinzas que marcam o chão
Pinturas sem definição.
Ai a semente que cai
Que espera por um novo pecado
Aí, por um novo sentimento.
Cai! Cai! Apenas cai
Num ciclo sem medo
Que floresce sem qualquer movimento.
Ai se as promessas que gritamos
Tivessem desejos,
Seriam tão falsas
A par da vontade de cada um.
Leonel Grandinho 12ºB