sexta-feira, 21 de maio de 2021

 

Teoria

Ai se as promessas que gritamos

Acerca das quais constantemente nos lamentamos

Ai se as palavras que fluem no pensamento

Escorressem pelos rostos

Marcantes lágrimas de sangue  

Intensas para os mais tolos

Caíssem como as pétalas de uma rosa espinhosa

E velha

Que se mantem formosa

Até não ter mais escolha.

 

Ai se as raízes plantadas no coração

 Rodeadas pelas entusiasmadas batidas de emoção

 Aí crescessem sem rumo

Num ato de desespero

Transcendendo o Humano

Carbonizadas pelo ânimo

Cinzas que marcam o chão

Pinturas sem definição.

 

Ai a semente que cai

Que espera por um novo pecado

Aí, por um novo sentimento.

Cai! Cai! Apenas cai

Num ciclo sem medo

Que floresce sem qualquer movimento.

 

Ai se as promessas que gritamos

Tivessem desejos,  

Seriam tão falsas

A par da vontade de cada um.


                                  Leonel Grandinho 12ºB