Sabendo-se que estava prevista a vinda ao Agrupamento de Escolas no dia 09/12, duas alunas do 12º ano deram corpo a uma DAC que envolveu as disciplinas de Educação Física e Português. Prepararam-se algumas questões, poucas, pois o tempo era escasso, treinou-se a prestação oral e fez-se a entrevista, no Polivalente da Escola Secundária. Deste trabalho resultou o exemplar deste género textual que aqui partilhamos.
Boa tarde.
Somos alunas finalistas desta escola e estamos
aqui para fazer uma pequena entrevista ao senhor selecionador da equipa
nacional de futsal.
Como é o dia a dia de um jogador da seleção de
futsal em estágio e, já agora, o dos treinadores e da equipa técnica?
R)
O dia a dia é com um programa bastante cheio. Em estágio, geralmente, treinamos sempre de manhã e de tarde, temos sempre reuniões de preparação de cada treino e à noite ainda poderemos ter reuniões de análise de vídeo, de análise de adversários. Por isso, o dia é sempre muito preenchido. Para os jogadores, também, ainda mais com o trabalho complementar deles, todo o trabalho que fazem antes do treino, pós treino e recuperação.Os estágios, principalmente na preparação de
grandes competições, são dias completamente preenchidos. Sempre a treinar e a preparar-se
para o que vai ser a competição.
O que é preciso ao futsal feminino para
acompanhar, no futuro, os êxitos do futsal masculino?
R)
O futsal feminino até esteve sempre muito mais próximo dos êxitos do que o
masculino, não é? O futsal feminino foi várias vezes às finais dos torneios
mundiais. No primeiro europeu oficial que existiu, que foi em Portugal,
perdemos na final com a Espanha. Estamos ali muito próximos, somos vice-campeões
da Europa e na para a próxima oportunidade já se qualificaram, pois será em
março o próximo europeu. Vamos ver! As meninas de certeza que vão atingir o título
de campeãs da Europa.
O que é que, como estudante, o estimulou para
ser professor e, como professor, o estimulou para ser treinador e, agora,
selecionador de futsal?
R)
Sempre gostei muito de desporto, primeiro, e sempre quis ir para a faculdade de
desporto. Depois, o facto de ter jogado futebol e ter jogado futsal e também os
treinadores, alguns que tive, criaram em mim muita paixão pelo treino. A
universidade ajudou-me a perceber melhor o treino, posteriormente, foi o dia a dia
e ir trabalhando sempre. Mais tarde, cheguei a treinador de curso e, depois de
seleção. É o que eu digo, o que nos inspira é trabalhar dia a dia e se fazemos
o que gostamos e a que nos dedicamos, chegamos lá.
Quais as caraterísticas mais importantes de um
jogador de futsal?
R)
Conhecer o jogo muito bem, ter algumas capacidades técnicas e físicas e, acima
de tudo, mentais. Não é só o atleta de futsal. Para se estar no topo temos de
ter uma grande capacidade mental, de acreditar e trabalhar. Mas, é essencial serem
muito competentes nalguns fatores, conhecer o jogo tecnicamente, fisicamente e
acreditar muito.
Pode comentar uma frase de uma ex-jogadora sua,
universitária? “O Brás começou por fazer do grupo uma família. Por ele,
fazíamos tudo dentro do campo. Assumiu-se sempre como primeiro e último
responsável e deu sempre o exemplo”.
R)
(Ri-se). Estou a tentar adivinhar quem terá sido!... Mas, isto é um jogo
desportivo coletivo, não é? O funcionamento em equipa, se todos nos unirmos
muito, se todos nos respeitarmos, se todos nos apoiarmos uns aos outros, depois
o resultado final do que cada uma consegue dar, é muito superior ao somatório
de cada uma individualmente. Por isso, ter esse sentimento de família nas
equipas é fundamental.
Muto obrigada, senhor selecionador!
Marta e Sandra