domingo, 12 de dezembro de 2021

Entrevista ao selecionador de Futsal - Jorge Braz

 Sabendo-se que estava prevista a vinda ao Agrupamento de Escolas no dia 09/12, duas alunas do 12º ano deram corpo a uma DAC que envolveu as disciplinas de Educação Física e Português. Prepararam-se algumas questões, poucas, pois o tempo era escasso, treinou-se a prestação oral e fez-se a entrevista, no Polivalente da Escola Secundária. Deste trabalho resultou o exemplar deste género textual que aqui partilhamos.

Boa tarde.

Somos alunas finalistas desta escola e estamos aqui para fazer uma pequena entrevista ao senhor selecionador da equipa nacional de futsal.

 

Como é o dia a dia de um jogador da seleção de futsal em estágio e, já agora, o dos treinadores e da equipa técnica?

R)

O dia a dia é com um programa bastante cheio. Em estágio, geralmente, treinamos sempre de manhã e de tarde, temos sempre reuniões de preparação de cada treino e à noite ainda poderemos ter reuniões de análise de vídeo, de análise de adversários. Por isso, o dia é sempre muito preenchido. Para os jogadores, também, ainda mais com o trabalho complementar deles, todo o trabalho que fazem antes do treino, pós treino e recuperação.

Os estágios, principalmente na preparação de grandes competições, são dias completamente preenchidos. Sempre a treinar e a preparar-se para o que vai ser a competição.

 

O que é preciso ao futsal feminino para acompanhar, no futuro, os êxitos do futsal masculino?

R) O futsal feminino até esteve sempre muito mais próximo dos êxitos do que o masculino, não é? O futsal feminino foi várias vezes às finais dos torneios mundiais. No primeiro europeu oficial que existiu, que foi em Portugal, perdemos na final com a Espanha. Estamos ali muito próximos, somos vice-campeões da Europa e na para a próxima oportunidade já se qualificaram, pois será em março o próximo europeu.  Vamos ver!  As meninas de certeza que vão atingir o título de campeãs da Europa.

 

O que é que, como estudante, o estimulou para ser professor e, como professor, o estimulou para ser treinador e, agora, selecionador de futsal?

R) Sempre gostei muito de desporto, primeiro, e sempre quis ir para a faculdade de desporto. Depois, o facto de ter jogado futebol e ter jogado futsal e também os treinadores, alguns que tive, criaram em mim muita paixão pelo treino. A universidade ajudou-me a perceber melhor o treino, posteriormente, foi o dia a dia e ir trabalhando sempre. Mais tarde, cheguei a treinador de curso e, depois de seleção. É o que eu digo, o que nos inspira é trabalhar dia a dia e se fazemos o que gostamos e a que nos dedicamos, chegamos lá.

 

Quais as caraterísticas mais importantes de um jogador de futsal?

R) Conhecer o jogo muito bem, ter algumas capacidades técnicas e físicas e, acima de tudo, mentais. Não é só o atleta de futsal. Para se estar no topo temos de ter uma grande capacidade mental, de acreditar e trabalhar. Mas, é essencial serem muito competentes nalguns fatores, conhecer o jogo tecnicamente, fisicamente e acreditar muito.

 

Pode comentar uma frase de uma ex-jogadora sua, universitária? “O Brás começou por fazer do grupo uma família. Por ele, fazíamos tudo dentro do campo. Assumiu-se sempre como primeiro e último responsável e deu sempre o exemplo”.

R) (Ri-se). Estou a tentar adivinhar quem terá sido!... Mas, isto é um jogo desportivo coletivo, não é? O funcionamento em equipa, se todos nos unirmos muito, se todos nos respeitarmos, se todos nos apoiarmos uns aos outros, depois o resultado final do que cada uma consegue dar, é muito superior ao somatório de cada uma individualmente. Por isso, ter esse sentimento de família nas equipas é fundamental.

Muto obrigada, senhor selecionador!

                                                                                           Marta e Sandra