sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Projeto Erasmus+ "Sustainable me. Sustainable we": Cozinhar é um ato revolucionário.

 

A manhã prometia!

Cozinhar é um ato revolucionário.

O dia 15 de dezembro amanhecia ensolarado e nós, os alunos das turmas do 12.ºD e 12.ºE, tentávamos preservar o alimento que cada um carregava na mochila e trocávamos impressões acerca de tão preciosos géneros.

Para que seria? A expetativa era grande… Um jovem chamado Diogo vinha falar-nos de alimentação, no âmbito do nosso projeto “Sustainable me. Sustainable we”!

O Diogo apresenta-se então com uma tábua marcada pelo tempo e pelo uso e com um cacho de bananas e nada mais… Afinal também ele trazia um alimento!

Chegados à sala 13, começa logo a revolução das mesas e das cadeiras… as cadeiras em “U”! Afinal  tratava-se mesmo de uma conversa a várias vozes.

E na tábua? Uma frase… “Cozinhar é um ato revolucionário”, concordam?

Eis a primeira pergunta que nos foi dirigida!

E então, claro que sim e já desde há muito tempo… Cozinharmos, como cozinhamos e o que cozinhamos pode fazer a diferença, pode mudar a forma como nos relacionamos com o nosso planeta e com os outros seres humanos.

Foi em torno deste processo de mudança que fizemos as nossas apresentações… um pano de cozinha que foi viajando entre nós e mesmo sob a ameaça da Covid19, não hesitamos em partilhar qual o nosso prato preferido e nele, o ingrediente predileto!

O Diogo, um jovem biólogo cozinheiro pertencente à ONGD VIDA e a desenvolver o projeto “1PLANET4ALL” apresentou o alimento que tinha trazido, mas de uma forma diferente.

Foi representando, em sentido regressivo, o percurso percorrido por aquele cacho de bananas desde a grande superfície, onde foi comprada até à Costa Rica, onde tinha sido cultivado. Nós acompanhámos todo o processo e fomos ganhando consciência da enorme influência que o consumo daquele alimento em Portugal tem no planeta e claro, o enorme impacto que têm as nossas escolhas alimentares.

Foi então, que olhámos, cada um para o alimento que tinha trazido de casa, e percebemos a importância de ser natural, local/nacional e sazonal, comparado com o percurso daquele cacho de bananas.

Percebemos principalmente que as nossas escolhas alimentares têm um impacto enorme no nosso planeta, quer a nível ambiental, quer a nível social, ao promover sinergias positivas entre ecossistemas, indivíduos e comunidade.

Hoje, tal como o Diogo nos alertou, no mundo ocidental, vivemos num paradoxo: num tempo em que as ofertas alimentares são inúmeras, mas no qual, cada um de nós cozinha tão pouco.

Por tudo isto, COZINHAR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO!

Eis o desafio, vamos fazer a revolução com o que comemos! Depende de cada um de nós…










Alunos do 12.ºD e professora Paula Dias