A manhã prometia!
Cozinhar é um ato revolucionário.
O dia 15 de dezembro amanhecia ensolarado e nós,
os alunos das turmas do 12.ºD e 12.ºE, tentávamos preservar o alimento que cada
um carregava na mochila e trocávamos impressões acerca de tão preciosos
géneros.
Para que seria? A expetativa era grande… Um jovem
chamado Diogo vinha falar-nos de alimentação, no âmbito do nosso projeto
“Sustainable me. Sustainable we”!
O Diogo apresenta-se então com uma tábua marcada
pelo tempo e pelo uso e com um cacho de bananas e nada mais… Afinal também ele
trazia um alimento!
Chegados à sala 13, começa logo a revolução das
mesas e das cadeiras… as cadeiras em “U”! Afinal tratava-se mesmo de uma conversa a várias
vozes.
E na tábua? Uma frase… “Cozinhar é um ato
revolucionário”, concordam?
Eis a primeira pergunta que nos foi dirigida!
E então, claro que sim e já desde há muito tempo…
Cozinharmos, como cozinhamos e o que cozinhamos pode fazer a diferença, pode
mudar a forma como nos relacionamos com o nosso planeta e com os outros seres
humanos.
Foi em torno deste processo de mudança que
fizemos as nossas apresentações… um pano de cozinha que foi viajando entre nós
e mesmo sob a ameaça da Covid19, não hesitamos em partilhar qual o nosso prato
preferido e nele, o ingrediente predileto!
O Diogo, um jovem biólogo cozinheiro pertencente
à ONGD VIDA e a desenvolver o projeto “1PLANET4ALL” apresentou o alimento que
tinha trazido, mas de uma forma diferente.
Foi representando, em sentido regressivo, o
percurso percorrido por aquele cacho de bananas desde a grande superfície, onde
foi comprada até à Costa Rica, onde tinha sido cultivado. Nós acompanhámos todo
o processo e fomos ganhando consciência da enorme influência que o consumo
daquele alimento em Portugal tem no planeta e claro, o enorme impacto que têm
as nossas escolhas alimentares.
Foi então, que olhámos, cada um para o alimento
que tinha trazido de casa, e percebemos a importância de ser natural,
local/nacional e sazonal, comparado com o percurso daquele cacho de bananas.
Percebemos principalmente que as nossas escolhas
alimentares têm um impacto enorme no nosso planeta, quer a nível ambiental,
quer a nível social, ao promover sinergias positivas entre ecossistemas,
indivíduos e comunidade.
Hoje, tal como o Diogo nos alertou, no mundo
ocidental, vivemos num paradoxo: num tempo em que as ofertas alimentares são
inúmeras, mas no qual, cada um de nós cozinha tão pouco.
Por tudo isto,
COZINHAR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO!
Eis o desafio,
vamos fazer a revolução com o que comemos! Depende de cada um de nós…
Alunos
do 12.ºD e professora Paula Dias