quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Arte e educação ambiental

 Falar sobre educação ambiental é falar sobre educação acrescentando uma nova dimensão: a dimensão ambiental. Por isso, é importante promover o interesse dos alunos em preservar e proteger o meio ambiente.

 A educação ambiental é um processo através do qual é possível formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que procurem a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Com o propósito de promover a ligação entre as pessoas e a natureza, no âmbito do projeto Erasmus+ Bee Live, os alunos do 12º C realizaram, na passada 6ª feira, uma aula de Cidadania e Desenvolvimento, nos espaços exteriores da escola. Aí, no chamado “Jardim dos Pneus”, tiveram a oportunidade de interagir com o ecossistema, de meter as mãos na terra e realizarem atividades de jardinagem como a limpeza dos canteiros, corte de arbustos secos, recolha de sementes, plantação de bolbos, ervas aromática e suculentas e, claro, a indispensável rega, fundamental para o crescimento de qualquer planta.

 Com esta aula prática, o professor Ricardo Rodrigues, coadjuvado pela coordenadora da biblioteca, Rosa Sousa, sensibilizaram e demonstraram aos alunos que a educação ambiental tem espaço em todos os locais onde se possa extrair e comunicar conhecimento relevante para a preservação e conservação do meio ambiente de forma sustentável.

E a terminar, do livro “Herbário” do poeta Jorge de Sousa Braga, um apelo à leitura recorrendo à imagética da natureza e da sustentabilidade.


As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.























                         Ricardo Rodrigues & Rosa Sousa