segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Erasmus - relatos na 1.ª pessoa

Foi durante as férias de verão do ano de 2022 que foi apresentado aos alunos o projeto Erasmus+ Bee Live .  Eu já tinha feito parte de um projeto do género, anteriormente, porém, o assunto deste interessou-me muito. Pensei imenso se deveria  voltar a participar e cheguei à conclusão que se não o fizesse estaria a perder uma experiência única na minha vida, uma vez que me iria relacionar com novas pessoas, novas culturas e maneiras de viver, portanto decidi entrar nesta aventura!

Os dias passavam e o dia da viagem estava cada vez mais perto. A cada dia a ansiedade aumentava e cada vez me sentia mais feliz, a minha nova jornada estava prestes a começar!

Foi, então, no dia 7 de outubro de 2022 que embarquei nesta experiência. Viajei para Itália, Catânia, onde, juntamente com os meus colegas e professores, visitei o vulcão Etna. Caminhámos durante um longo período de tempo, o que foi cansativo, mas o esforço compensou. Foi extremamente fascinante! Aquele lugar apresentava uma calmaria imensa e, a cada passo que dava, só conseguia pensar “eu sou mesmo sortuda!”. Consegui ver a maravilhosa cidade de Catânia e a sua costa, assim como outras regiões da ilha.

Domingo foi o dia da viagem até Palermo, onde finalmente conhecemos e convivemos com as nossas famílias de acolhimento. Toda a gente, dentro daquele autocarro, estava em pulgas! Estavam demasiados sentimentos no ar, uma vez que esta seria uma aventura que nos tiraria totalmente da zona de conforto e do que estávamos habituados.

Fomos todos acolhidos com um amor impossível de explicar, fomos hospedados de uma maneira extremamente querida. As famílias tratavam-nos como se fossemos de facto da família.

Durante a semana fomos aprendendo cada vez mais da cultura Italiana da Sicília, visitámos pequenas vilas, como Castelbuono e Cefalù, a Universidade de Palermo, o Jardim Botânico da cidade e muito mais. Com estas viagens conseguimos enriquecer o nosso conhecimento e, claro, a nossa interculturalidade.

Beatriz Sousa, 11.ºD

 Fui uma das estudantes a visitar Palermo durante a semana de 10 a 14 de outubro. Lembro-me da primeira vez que o meu diretor de turma me perguntou se me queria juntar ao projeto, há cerca de um ano atrás, e eu aceitei, sinceramente, sem ter muita expectativa de realmente estar na mobilidade.

 Os meses foram passando e cada vez estava mais real e próximo tal acontecimento.

 Recebi a tão esperada mensagem da minha host sister e, a partir daí, nasceram as borboletas na barriga e a ansiedade. "Será que a família é simpática?”, “Será que me vão tratar bem?”, “Será que a rotina deles é muito diferente da minha?" As perguntas invadiam a minha cabeça assim como as grandes expectativas.

Finalmente, chegou o dia. Três dias na Catânia apenas com os meus colegas portugueses. Foi muito saboroso e, por momentos, esqueci-me completamente que estava para vir a semana que eu mais ansiava. Não vou negar que senti imenso medo ao chegar a Palermo e ver a minha família de acolhimento, mas não conseguia tirar o meu sorriso da cara. Estava imensamente feliz por estar ali e ao mesmo tempo assustada por ser afastada das pessoas com quem eu convivia.

Tive uma receção calorosa, muitos sorrisos, abraços e fotos e a minha família ainda se preocupou em me trazer doces típicos sicilianos para eu provar. Visitámos lugares ricos em arquitetura e história como Castelbuono e a Universidade de Palermo. Relativamente ao nosso objetivo - procurar conhecer mais sobre biodiversidade – visitámos as áreas da Agricultura da Universidade e ainda um Jardim Botânico. Conhecemos novas espécies de plantas e aperfeiçoámos os nossos conhecimentos sobre a multiplicação celular. Além da parte do conhecimento, também tivemos os nossos momentos de lazer onde nos soltávamos cada vez mais da nossa zona de conforto e nos era permitido conhecer novas pessoas e formas de ser e estar. Aprendemos novas palavras, costumes e provámos comidas diferentes do nosso habitual português. 

Na despedida, percebemos que tínhamos criado laços com os demais ao ver as lágrimas a correr, e esperamos voltar a reunirmo-nos.

A nível pessoal esta experiência foi extremamente enriquecedora. A quem um dia puder ter esta oportunidade tenho a dizer que NÃO RECUSEM! No início é muito intimidante, confesso, mas no fim só queria que estivéssemos no início outra vez…

Catarina Jesus, 11.ºD

  Já era um sonho de há muito tempo ingressar em Erasmus, finalmente concretizei-o, apesar de já saber o que era, ainda assim foi surpreendente. 

 Entrei neste projeto com um pé atrás pois pensava não ser capaz de superar as minhas dificuldades com a língua inglesa. Assim como ajudei os meus colegas na comunicação em inglês, também lhes pedi ajuda quando necessário, desenvolvendo competências de trabalho em equipa e de empatia com o grupo. 

  Com as diferentes nacionalidades das pessoas envolvidas neste projeto, pude interagir com diferentes culturas e tive a oportunidade de fazer amizades noutros países, que um dia mais tarde podem vir a ser grandes amizades.

  Levo desta experiência a vontade de querer voltar a ver as pessoas que conheci e de cada vez mais explorar o mundo. 

      Uma experiência que me fica gravada e que nunca mais vou esquecer.

Eduarda Rodrigues, 12.ºE

    Esta semana, de muitas emoções, foi uma experiência incrível e permitiu-me conhecer uma nova cultura e novas pessoas. 

   Desta semana posso dizer que trouxe amigos de várias nacionalidades e conhecimentos sobre a cultura de cada um. Durante esta estadia na Sicília pude conhecer um pouco da história da cidade de Palermo, visitando o Jardim Botânico, a pequena aldeia de Castelbuono e o seu castelo, entre outras coisas.
    Por fim, posso dizer que estou muito entusiasmada para a mobilidade que irá ser feita aqui em Portugal, em março, porque irei reencontrar os amigos que fiz lá e terei o gosto de acolher alguém em minha casa e dar a conhecer a nossa cultura. 

                                                                                                  Maria João de Castro Marinho, 11.°C

   Tive oportunidade de participar no projeto Erasmus-Bee Live e foi uma experiência muito intensa e enriquecedora, pois trouxe-me vários benefícios a diferentes níveis.

    Fiquei numa família de acolhimento, onde fui muito bem recebida e tive oportunidade de conhecer pessoas incríveis.  Com esta experiência consegui melhorar o meu vocabulário e aprender a falar melhor inglês. Fizemos várias visitas a pontos turísticos ligados à biodiversidade, onde pudemos observar diversos animais e plantas com características únicas.

    Sem dúvida que é uma experiência que nunca vou esquecer, fez com que me tornasse uma pessoa mais desenrascada, mais comunicativa e com mais conhecimento sobre a Sicília.     

Inês Castro, 11.ºD

O que eu senti quando regressei de Palermo, Itália

O que eu senti quando cheguei de Palermo? -  É uma boa pergunta, uma vez que não existe um único sentimento, mas sim uma mistura deles, tornando-se difícil exprimir todos eles em poucas palavras, obviamente que podem imaginar à medida que leem este artigo, mas nunca nada melhor que arriscar e podê-los vivenciar.

A experiência foi sensacional dado que me permitiu melhorar e aperfeiçoar as minhas capacidades cognitivas e intelectuais, através do contacto com outras pessoas de diferentes países, diferentes religiões, o que contribuiu para melhorar e desenvolver a língua inglesa, assim como aprender diferentes palavras dos diversos idiomas dos diversos países que participaram ao lado de Portugal nesta aventura. Pessoas com diferentes pensamentos, diferentes opiniões e sobretudo diferentes conhecimentos, no que diz respeito ao tema desta mobilidade, a biodiversidade, onde pude exercer o espírito crítico, o trabalho de equipa e o trabalho de liderança.

Lembro-me de me sentir nervosa, ansiosa e tímida, no início, procurando sempre manter-me por perto dos meus amigos e professores, as pessoas com quem eu convivia diariamente. Mas a certa altura, as borboletas na barriga começaram a desaparecer, sentindo-me posteriormente cada vez mais confiante para socializar com os meus novos colegas, a equipa italiana, francesa e eslovaca, permitindo-me desenvolver deste modo a independência, a organização e sobretudo a autoconfiança. Apesar da minha família ser excelente comigo, isto é, acolhedora, simpática, compreensiva e preocupada senti-me por momentos uma intrusa que tivera acabado com o seu conforto. Nos primeiros dias, confesso, que foi complicado a adaptação, queria voltar para casa, para Portugal, porque tudo era diferente, a organização, a gastronomia, a maneira de estar e o facto de a língua universal ser o inglês e nem todos os membros da família a desenvolverem,  foi difícil, confesso, senti imensas saudades da minha rotina diária. Mas, no final de contas, não passaram de meros sentimentos e receios iniciais, até porque no final, quando tivemos de anunciar a nossa partida, sentimentos de tristeza e saudade começaram a surgir no coração de todos os envolvidos, lágrimas começaram a surgir nos rostos corados dos alunos, abraços e beijos rapidamente se viram florescer.

Regra geral as atividades foram muito importantes e significativas para todo o desenvolvimento do nosso objetivo principal, a perda da biodiversidade. Tudo o que vimos, tudo o que aprendemos e também tudo o que ensinamos são conhecimentos fundamentais para a construção e, posteriormente, para a apresentação da nossa moção final. Pessoalmente, a ida à universidade foi um dos melhores dias que vivi em Palermo tanto a nível académico como pessoal, não só pelo facto de biologia ser a minha disciplina favorita e de estar a aprender precisamente a replicação semiconservativa da molécula de DNA na escola, mas porque percebi precisamente que precisamos preservar as nossas espécies regionais em risco de vias de extinção. O trabalho realizado e ainda por realizar é incrível, o facto de certos cientistas se disporem a ajudar e auxiliar os agricultores locais a preservar um bem fundamental para o nosso ecossistema, os alimentos - a nossa alimentação. Os procedimentos a realizar são rigorosos e exigem precisão, desde a cultura e consequente crescimento e desenvolvimento das diversas espécies orgânicas em concentrações de soluções específicas em placas de petri com auxílio na  preparação e adaptação, para que posteriormente a ou as espécies possam ser transferidas para o solo exterior, como as estufas e os campos agrícolas. Os produtos que ingerimos ao longo das nossas refeições não tem apenas funções nutritivas e energéticas para o nosso organismo e metabolismo, através do grande poder das  biomoléculas: proteínas, glícidos, lípidos e ácidos nucleicos assim como medicinal, para o uso de tratamentos de doenças, infeções, irritações … No meu ponto de vista, devemos apostar nos alimentos biológicos, sem pesticidas e sem recurso a tratamentos industriais para o uso de tratamento ou prevenção de doenças, porque para além de curarem, ajudam na preservação da nossa saúde, uma vez que não deixam de ser alimentos  puros e portanto saudáveis, todos estes fatores não só nos ajudaram a curto, como a médio e longo prazo, uma vez que acabará por prevenir diversas doenças e até mesmo a velhice, podendo deste modo investir num futuro mais sustentável e com menor taxa de mortalidade e consequentemente obesidade.

Não me arrependo de ter aceite este desafio, apesar de ter demorado um certo tempo a tomar a decisão porque na realidade existem vários fatores a condicionar, a perda das aulas, o estar longe da família, o contacto com pessoas desconhecidas, o receio de não sabermos o suficiente de uma língua, pois foi uma experiência incrível, sensacional, enriquecedora, inesquecível, enfim, penso que não há adjetivos suficientes para descrever esta magnífica mobilidade a Palermo, Itália. Eu pude participar neste projeto enriquecedor e vivenciar diversas experiências e sentimentos, e tu? Estás pronto para te sujeitares a fazer o mesmo? Vale sempre a pena! Este é o meu testemunho enquanto membro da “Portuguese Team” espero um dia poder receber e ler o teu. Candidata-te e aventura-te.

Raquel Oliveira, 11.ºC

 

A ida a Itália foi uma experiência muito diferente e interessante, mas ao mesmo tempo também foi uma viagem de receio, de borboletas na barriga, e até de vontade de desistir, mas mesmo assim, decidi aceitar esse desafio.

Quando cheguei ao aeroporto, eu ainda não tinha realmente pensado no que ia acontecer, não tinha pensado que dali a algumas horas estaria noutro país totalmente diferente. Quando chegamos ao hotel, eu fiquei muito desmotivado e só pensava em voltar para casa. O pior dia de toda a viagem foi a subida do vulcão Etna. Nesse dia, eu estava com sono, com  saudades de casa e cansado, porque nós subimos tudo a pé, mas quando acabei de subir o vulcão,  pensei em como estava orgulhoso e afinal, se consegui subir tudo, consigo fazer muito mais.

A caminho de Palermo, poucas horas antes de nos encontrarmos com as nossas hosts family's, eu estava com medo e ansiedade, porque nunca tinha visto as pessoas que me iam receber e também ia ficar longe dos meus amigos. No entanto, quando eu encontrei a minha host family eu percebi que ia ser muito bem recebido e que tudo iria correr bem.

Durante a semana, a pior parte era a manhã, porque acordava muito cedo e estava cheio de sono, mas durante o dia encontrava-me com os meus amigos e parecia que tudo passava, as saudades também passavam e era tudo mais divertido. A família que me acolheu era muito simpática e acolhedora, por isso parecia que fazia parte da família deles.

No regresso a casa, as saudades cresceram, porque eu estava ansioso para que a viagem passasse o mais rápido possível.

Resumindo, achei esta viagem super interessante e útil, pois além de ter melhorado o meu inglês, também perdi  medos que antes tinha.

Rodrigo Castro, 11.ºF

Sharing my Erasmus experience in Italy

                Hello, I'm Fátima and in this article I will talk about my experience in participating in the Erasmus project, which, in this case, has consisted of a mobility to Italy for a week, from 7th to 14th October.

                I am generally known for being a very shy and reserved person, which is true, but in this trip I’ve learned how to not let it affect me, as I managed to create several bonds of friendship, to communicate using the English language, and I believe it was also really rewarding being able to share these adventures with people who were not from the same environment as mine and who also participated in this project with the same objective, i.e., to meet new people, to know new cultures,  and to discover new realities.

                 I was also able to get closer to the teachers who participated in the project, as they have always been there to help and clear up our doubts, so that we felt cherished and protected.

                Concerning my host family, they couldn't have been better, as they were very sweet when they so gladly received me, making me feel at home and treating me in the best possible way. I really spent a pleasant time following their routine and getting to know them.

                I’m sure this enriching experience will stay in our memories forever; we are teenagers and definitely one of our dreams is to travel with friends. Besides that, I now realize how important it is to know English/ communicate in English, as this was the language that brought us together in this project. Thank you, Professor Ricardo Rodrigues, and Professora Angelina Cunha for providing us such an amazing and unique experience. Thank you Erasmus. I will always be grateful!

Fátima Folha, 11.º D

                                         My Erasmus experience in Italy

 

Hi, I'm Matilde and I’m going to talk about my experience in the Erasmus project.

  I have always liked to be in my comfort zone, I didn’t really like the unknown or being in new places with people I don’t know but in this experience that was what happened, and it was not something I didn’t like. It was a new feeling and experience.

  I’m a shy person and meeting new people it’s not always easy for me, but in this trip I was able to overcome my shyness and create really great bonds of friendship with several people, and also with the teachers who were always there for us, always asking us if our host families made us comfortable or if we needed anything, that made the experience even better. Of course, that in the beginning it was a little hard to socialize but at a certain point I felt more confident, not just with myself but also with my English, which improved so much with this experience.

  About my host family, I was nervous to meet them since I knew nothing about them, they were complete strangers, I overthin ked about whether they were nice or if they were just going to not care about me, but I couldn’t have asked for a better host family. They were really kind to me, always making sure if I needed anything and always trying to communicate and know more about me and my country. I was also able to know a new culture and how the daily life of Italian people worked.

  It was an amazing experience, and I will never forget about it and of course I missed my family a lot, but I learned so many things from this and I became more independent so in the end it was really rewarding. If I didn’t participate in this project, I think I would regret it and I hope that everyone can experience this. It made me grow and be more mature, and I was able to see more of the world. This experience will always stay in our memories. I wanted to thank teacher Ricardo and Angelina for making this possible and making this experience even better than it was. This is my testimony as a member of the Portuguese team on the Erasmus project, thank you again for this amazing experience.

Matilde Rodrigues, 11.ºC