Encontro-te nos meus sonhos,
Criança calada entre destroços de ira.
Vejo o teu corpo rasgado
E sei que nada será mais esperança.
Ruas de desordem e trapos.
Cinzas e pedra e dor.
Ninguém vem à janela.
Ninguém corre nos parques que não vês.
Ninguém passa na fonte de Eliseu,
Nem na verde Nahal
Onde as fadas enterraram os teus abraços.
Perco-te nas ruas entulhadas e chorosas,
No frenético voo dos pássaros de fogo,
Nas vestes férreas de soldados
E nas flores murchas da terra fria.
Um cântico para ti.
Somos mãos vazias no teu silêncio.
Criança calada entre destroços de ira.
Vejo o teu corpo rasgado
E sei que nada será mais esperança.
Ruas de desordem e trapos.
Cinzas e pedra e dor.
Ninguém corre nos parques que não vês.
Ninguém passa na fonte de Eliseu,
Nem na verde Nahal
Onde as fadas enterraram os teus abraços.
No frenético voo dos pássaros de fogo,
Nas vestes férreas de soldados
E nas flores murchas da terra fria.
Somos mãos vazias no teu silêncio.
Glória Pires de Lucena