segunda-feira, 17 de junho de 2024

Momento de poesia

 

Corre o tempo apressado, mudando os saberes.

Fecham-se os livros, abrem-se os smartphones.

Fazem-se ouvidos moucos aos sons da sabedoria.

Diz-se não à reflexão, esmorece-se, desiste-se…

Navega-se à deriva, sem barco, sem rumo…

Escasseiam ideias, surgem deveres infundados,

Reina a ignorância, impera a desigualdade,

Na sua antónima declamação.

Somam-se desaires, multiplicam-se lutas,

Mas o professor teima em semear sonhos

E insiste, erguendo o estandarte da Esperança.

                                                                    Amethysta