terça-feira, 8 de outubro de 2024

Ler Cesário para escrever Cesário

 Cidade e sombra

 Meia-noite na cidade que dorme. Caminho apressada e cada vez tenho mais frio. O inverno entranha-se-me na pele e a chuva cai, oblíqua e torrentosa! O silêncio faz-me companhia e a solidão esmaga! Quando chegarei a casa? As sombras adensam-se inquietam, arrepiando a pele! Observo a negridão. Tento imaginar o campo em flor mas não consigo. Estou só e vivo “em liberdade” nesta prisão!

 Rosa Maria Martins

Lançado o desafio, os alunos  escreveram um parágrafo “ao jeito de Cesário Verde

 

Pensamentos vagos

 Nesta enorme sala, onde o sossego ascende, ouve-se o movimento no exterior. Dá para imaginar a desorganização, a confusão, o desconforto e a inquietação. Ao mesmo tempo é possível sentir na pele o tempo ameno que traz calma, conforto, organização e sobretudo uma mão direta para o raciocínio e para a criatividade. Que contrariedade!

Simone Marques, 12.ºD

 

Cidade e luto

 As lágrimas caem pelo rosto daquela pequena menina que acabara de perder os pais, escorrem fortemente como as janelas inundadas num dia chuvoso. O sofrimento invade-lhe a alma, sufoca-lhe os pulmões retirando-lhe todas as forças para vir à superfície. Pobre menina, da cidade doente!

Ana Isabel, 12.ºD

Versos soltos 

Num quarto escuro mas aconchegante

Deixo os meus pensamentos,

- Agonia constante-,

Tento livrar-me dos meus tormentos.

 

Lá fora, “a noite pesa”

Vivemos em solidão!

Uma luz surge, em minha defesa.

Não estou só na escuridão!

Maria Edoarda, 12.ºD