Atualmente,
somos direcionados por uma mente que pouco se esforça para sentir, apenas sente
aquele comentário no Twitter ou
aquele gosto na foto postada no Instagram,
que mil pessoas veem, trezentas colocam gosto e apenas uma ou duas dessas
trezentas pessoas um gosto sentido.
As
redes sociais são um influenciador sem influência, algo que serve de constante
refúgio para as frustrações da vida e uma falsa solução para os medos
emocionais, que dantes eram resolvidos com uma conversa e agora são expostos no
Instagram com uma frase e uma foto
que apenas refletem um superficial estado de espírito da pessoa para toda a
gente, deixando a solução à deriva, num dia longo.
O
mundo é ligado pelas stories no Instagram ou pelos snaps que transmitem o que estamos a fazer naquele instante para
todos os nossos seguidores, que podem ser de três continentes diferentes.
Por
outro lado, apesar de todos os infortúnios que nos trazem, as redes sociais são
grandes meios facilitadores do bom funcionamento do mundo e da vida de cada
cidadão.
Através
de um chat do Facebook ou Skype,
conseguimos comunicar com o nosso amigo e transmitir-lhe o nosso verdadeiro
estado de espírito, através de palavras ou videochamada, o que aproxima os mais
afastados. É, de facto, fantástica esta ligação que nos dá a conhecer todas as
referências, através de um simples objeto que transmite informação por um vidro
que nos aproxima de tudo.
Assim,
é a utilização que fazemos desse novo mundo que define se ele nos aliena ou nos
aproxima do que dá sentido à vida: a relação “sem rede" com os outros.
João Pedro Couto Rodrigues, 11ºB