terça-feira, 17 de março de 2020

“Sobre a leitura”: Aprender a ler seguindo Proust

(…) Hoje tornou-se um desafio não só ler um livro, mas inclusive ler com atenção um artigo, um jornal. Apressamo-nos em direção à destruição do tempo e de muitas outras coisas. A rebelião contra este mundo precisa que as pessoas desacelerem, parem, assentem, e se perguntem: porquê no além, e não aqui, não agora?
In Pastoral da Cultura, de 22 de fevereiro de 2020

E como veem os nossos alunos a literatura?
São múltiplas as opiniões. Poderemos conhecê-las se conseguirmos “desacelerar, parar” e ler…

A literatura, por um lado, apresenta-se como cultura. O Homem é um ser que busca eternamente o conhecimento. Por isso, a aprendizagem de ideias novas, de abordagens diferentes está subjacente ao conhecimento. Não quero com isto dizer que temos de saber todos os poemas de Fernando Pessoa ou todas as passagens d’ “Os Lusíadas”. Nada disso! Somente ter consciência do que nos rodeia e do passado glorioso que conquistámos, para que sejamos alguém sabedor e culto.
Por outro lado, a literatura leva-nos à reflexão. No “Sermão de Santo António aos peixes”, critica-se os hábitos do ser humano ganancioso e corrupto, estando inerente quais os valores morais, políticos e sociais que devem ser levados a cabo. Além disso, “Os Lusíadas” denunciam a ousadia dos portugueses e os feitos gloriosos alcançados, transmitindo-nos força de vontade e determinação para atingir os nossos sonhos. Assim, quero dizer que tal como no passado, chegavam soberbas naus do alto mar, devemos igualmente desejar mais alto e não esperar que atraquem só botes nos nossos cais. Não! Temos que ter a capacidade de lutar contra as nossas adversidades e imaginar que vamos alcançar tudo a que nos propusermos.
Em suma, a literatura é crucial para o nosso desenvolvimento tanto cultural como moral.
Inês Vieira Lopes, 12.ºB

Para algumas pessoas a literatura é mais importante do que para outras mas, a verdade é que todos nós precisamos da literatura na nossa vida.
As pessoas que acham o contrário, talvez fossem mais felizes se escolhessem um género de literatura que lhes parecesse interessante e começassem a ler. Dentro da literatura, existem géneros de livros, textos, contos, bandas desenhadas, poesia para todos os gostos.
É importante que os adultos ajudem as crianças a escolher um género literário que elas gostem. Assim, as crianças passam a ganhar o “gosto pela leitura” e ler tornar-se-á um hábito para a vida.  Quando se torna um hábito para o ser humano ler, principalmente para as crianças, isso só terá benefícios. Tornamo-nos pessoas mais cultas, os erros na escrita diminuem, a nossa imaginação torna-se mais fértil, tomamos conhecimento de outras realidades.
No meu caso, tive a sorte de ter muita família que sempre me incentivou a ler e tenho a noção que isso me ajudou muito tanto na vida escolar como na vida pessoal. Deu-me a noção de realidades muito distintas e isso ajudou-me a conseguir perceber melhor os que me rodeiam e principalmente a dar mais valor ao que tenho.
Em modo de conclusão, não tenho muito mais a dizer se não que ler é essencial. Sejamos “frequentadores assíduos da literatura”.
Mónica Silva, 12.ºB
“A literatura é o nosso antídoto para a vida.”
Muitos perguntarão o porquê, qual a sua importância, para que serve… Talvez não tenham mesmo essa noção ou prefiram ignorar…
Para quem sabe um pouco de literatura, sabe o quão importante é e se torna no dia a dia de cada um. Enquanto estudante sinto que esse conhecimento adquirido ao longo de anos de estudo se veio a tornar numa peça fundamental para a pessoa que sou hoje.
Ter conhecimento dos autores, poetas de grandes livros com maior reconhecimento em Portugal e no mundo até, dá-me uma enorme satisfação, enriquece-me, tem, inevitavelmente, uma influência positiva em mim.
Deparo-me com diferentes teorias, modos de pensar, viver, agir, tudo aquilo que torna um escritor único e que lhe permite passar essa mesma característica para a sua obra, torná-la arrebatadora e, consequentemente, tenha exatamente esse impacto por parte do leitor.
Apercebi-me, com o passar do tempo, que estudar a literatura portuguesa é mais do que isso, é formar pessoas, é enriquecer-nos literariamente, é transformar-nos em pessoas cultas e capazes de criarmos a nossa própria identidade, por vezes, com a influência de algum poeta português.
“A literatura é o nosso antídoto para a vida.”
Marlene Carvalho, 12.ºB


Ler, escrever, falar, ouvir... Tudo isso constitui uma vantagem ao nível do desenvolvimento linguístico mas também da cultura e da formação de cada um de nós.

 A literatura não deve, ou melhor, não pode ser posta de parte nas nossas vidas. A literatura abre portas, a literatura alarga horizontes e consegue tirar o melhor de nós. Este antídoto maravilhoso que é a literatura consegue levar-nos a conhecer o mundo sem sairmos do nosso lugar de conforto, ou seja, através da leitura conseguimos conhecer locais e monumentos sem que realmente os estejamos a presenciar. Mas as vantagens não ficam por aqui... Através da literatura conseguimos aperfeiçoar a nossa fala e, se falarmos corretamente, conseguimos chegar a qualquer parte do mundo, seja perto ou longe, quer se fale português, inglês ou até mesmo mandarim. Cada país pode e deve ter o seu dialeto único, mas se há algo que deve ser universal é a capacidade de falar corretamente.

Na minha opinião, a literatura é uma mais-valia para as nossas vidas. Não é uma moda e muito menos algo passageiro. A literatura é algo que se deve valorizar e que nunca deixará de existir.

Em suma, finalizo dizendo que a literatura assume um papel importantíssimo e só devemos ficar gratos por este antídoto conseguir colocar o mundo nas nossas mãos, mundo esse que espera por nós.
Bárbara Fernandes, 12.ºB


Podemos ler ou simplesmente ignorar o que já está concretizado por alguém que leu, releu, estudou ou simplesmente desabafou com uma caneta, lápis ou marcador, algo que transparece o real ou o imaginário.

Cada obra exprime um sentimento, uma visão, um estar diferente que nos afeta à primeira impressão.

Pessoalmente, considero a verdadeira escrita imprescindível para o crescimento do ser. E devemos ler desde a banda-desenhada, livros de aventuras, policiais, romances até à poesia.
Sou incapaz de exigir a alguém que se interesse pela leitura formal, mas desaconselho a ignorância perante obras “ricas” que desafiam a inteligência do leitor.
(…)
João Pedro Couto Rodrigues, 12.ºB 

A literatura, ao contrário do que surge na mente de muitas pessoas ao contactar com esta palavra, é muito mais do que “ler”. A literatura engloba ler, escrever, analisar obras de poesia, prosa, contos, epopeias, fábulas…
Na minha opinião, a importância e o valor da literatura tem vindo a ser desclassificado à medida que o mundo “evolui”. Os jovens, pelo menos uma grande parte, pensam que ler, conhecer e estar informado acerca do mundo das letras não é assim tao importante. A cada dia que passa, deparo-me com a decadência do gosto de ler e escrever, de interpretar e estudar grandes obras literárias, de conhecer e reconhecer ideias de pessoas como Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Saramago…
Poderia dizer apenas que acho, mas eu tenho a certeza, ou seja, eu sei que é inquestionável o poder da literatura. A literatura é uma conexão entre o Homem, é uma permuta de ideias, um registo de conhecimentos, culturas, ideologias. Um bom leitor torna-se de imediato um melhor escritor e uma pessoa que esteja ligada à literatura, rodeada por ela, é, a meu ver, uma pessoa definitivamente mais rica, mais culta, mais informada, mais sábia, mais mente aberta. É uma pessoa que conhece e com conhecimento.
Assim, concluo que a literatura é de uma importância tão grande que deveria ser algo intrínseco a todos nós, independentemente da idade ou sexo, isto na minha perspetiva e com absoluta certeza que não é a única.
Selma Ferreira, 12.ºB

Nos nossos dias, de um modo geral, mas mais pela parte dos jovens, a literatura começa a ficar um pouco de lado, para segunda opção, o que está errado, pois a literatura é fundamental e imprescindível para o nosso conhecimento e para a nossa formação.
 Com a literatura aprendemos coisas novas, abrimos a nossa mente e vemos as coisas de outra forma, o que é bastante bom, pois com a literatura  apesar de vermos de certa forma a maneira de pensar e de escrever de um autor, também conseguimos aprender, algumas das vezes, coisas que envolvem a vertente histórica na qual está a ser narrada a história, por exemplo no livro “Memorial de Convento”, de José Saramago que ganhou o prémio Nobel da Literatura, temos uma vertente histórica, que fala de D.João V, e uma vertente cultural que se prende com o nunca devermos perder a esperança e que se tivermos vontade, devemos sempre batalhar para alcançar os nossos objetivos.
 A Literatura faz-nos crescer, ensina-nos a não desesperar “à primeira”, bem como a lidar com certos assuntos que, por vezes, também são abordados nos livros, permite-nos alargar o vocabulário e o conhecimento. E muitas vezes ajuda-nos a formular uma opinião concreta sobre algum tema da atualidade relacionado ou não com a literatura.
 Em modo de conclusão, posso afirmar convictamente que devemos ter sempre em nós um pouco de literatura, principalmente um pouco de Literatura Portuguesa, pois ela é como se fosse uma pequena “chama” dentro de nós, quanto mais usufruirmos da Literatura, maior vai ficando a “chama" dentro de nós e ficaremos mais iluminados.
Tiago Gonçalves, 12.ºB
               
                Literatura. Para muitos, sinónimo de problema, para outros, uma fonte de rendimento.
                É esta a visão que tenho para a palavra “Literatura”. Ou se ama ou se odeia. Não há, nem pode haver, um termo médio.
                No entanto, é com a prática que se começa a aprender a gostar.
                Não estou a dizer que nos devemos tornar todos escritores ou ler todos os livros só por ler. Não! Não é assim que as coisas funcionam, nem queria que assim fosse. Já imaginaram um mundo sem médicos ou polícias, apenas com escritores ou “gente ligada às letras”? E agora já imaginaram o contrário?
                Está mais do que comprovado que a prática de leitura e de escrita enriquece não só o nosso vocabulário como também, nos ajuda a tornar pessoas mais cultas e intelectuais.
                Para um aluno, o hábito de ler ou escrever não só o ajuda a ter melhores resultados ao nível da disciplina de Português, mas em todas as disciplinas.
                Para um adulto, que tem a sorte ou o azar de não necessitar de uma nota final para o seu futuro, a literatura tem igual importância como por exemplo a distinguir notícias verdadeiras ou, com as tendências do inglês, as “fake news”, ou seja, notícias com conteúdo falso.
                Assim, concluo que não custa nada ler nem que seja uma página por dia ou escrever uma página de diário a descrever o seu dia.
João Frei, 12.ºB