(…) Hoje
tornou-se um desafio não só ler um livro, mas inclusive ler com atenção um
artigo, um jornal. Apressamo-nos em direção à destruição do tempo e de muitas
outras coisas. A rebelião contra este mundo precisa que as pessoas desacelerem,
parem, assentem, e se perguntem: porquê no além, e não aqui, não agora?
In
Pastoral da Cultura, de 22 de
fevereiro de 2020
E como veem os nossos alunos a literatura?
São múltiplas as opiniões. Poderemos conhecê-las se
conseguirmos “desacelerar, parar” e ler…
A literatura, por um lado,
apresenta-se como cultura. O Homem é um ser que busca eternamente o
conhecimento. Por isso, a aprendizagem de ideias novas, de abordagens
diferentes está subjacente ao conhecimento. Não quero com isto dizer que temos
de saber todos os poemas de Fernando Pessoa ou todas as passagens d’ “Os
Lusíadas”. Nada disso! Somente ter consciência do que nos rodeia e do passado
glorioso que conquistámos, para que sejamos alguém sabedor e culto.
Por outro lado, a literatura
leva-nos à reflexão. No “Sermão de Santo António aos peixes”, critica-se os
hábitos do ser humano ganancioso e corrupto, estando inerente quais os valores
morais, políticos e sociais que devem ser levados a cabo. Além disso, “Os Lusíadas”
denunciam a ousadia dos portugueses e os feitos gloriosos alcançados,
transmitindo-nos força de vontade e determinação para atingir os nossos sonhos.
Assim, quero dizer que tal como no passado, chegavam soberbas naus do alto mar,
devemos igualmente desejar mais alto e não esperar que atraquem só botes nos
nossos cais. Não! Temos que ter a capacidade de lutar contra as nossas
adversidades e imaginar que vamos alcançar tudo a que nos propusermos.
Em suma, a literatura é crucial
para o nosso desenvolvimento tanto cultural como moral.
Inês Vieira Lopes,
12.ºB
Para algumas pessoas a literatura
é mais importante do que para outras mas, a verdade é que todos nós precisamos
da literatura na nossa vida.
As pessoas que acham o contrário,
talvez fossem mais felizes se escolhessem um género de literatura que lhes
parecesse interessante e começassem a ler. Dentro da literatura, existem
géneros de livros, textos, contos, bandas desenhadas, poesia para todos os
gostos.
É importante que os adultos
ajudem as crianças a escolher um género literário que elas gostem. Assim, as
crianças passam a ganhar o “gosto pela leitura” e ler tornar-se-á um hábito
para a vida. Quando se torna um hábito
para o ser humano ler, principalmente para as crianças, isso só terá benefícios.
Tornamo-nos pessoas mais cultas, os erros na escrita diminuem, a nossa
imaginação torna-se mais fértil, tomamos conhecimento de outras realidades.
No meu caso, tive a sorte de ter
muita família que sempre me incentivou a ler e tenho a noção que isso me ajudou
muito tanto na vida escolar como na vida pessoal. Deu-me a noção de realidades
muito distintas e isso ajudou-me a conseguir perceber melhor os que me rodeiam
e principalmente a dar mais valor ao que tenho.
Em modo de conclusão, não tenho
muito mais a dizer se não que ler é essencial. Sejamos “frequentadores assíduos
da literatura”.
Mónica Silva, 12.ºB
“A literatura é o
nosso antídoto para a vida.”
Muitos perguntarão o porquê, qual
a sua importância, para que serve… Talvez não tenham mesmo essa noção ou
prefiram ignorar…
Para quem sabe um pouco de
literatura, sabe o quão importante é e se torna no dia a dia de cada um.
Enquanto estudante sinto que esse conhecimento adquirido ao longo de anos de
estudo se veio a tornar numa peça fundamental para a pessoa que sou hoje.
Ter conhecimento dos autores,
poetas de grandes livros com maior reconhecimento em Portugal e no mundo até,
dá-me uma enorme satisfação, enriquece-me, tem, inevitavelmente, uma influência
positiva em mim.
Deparo-me com diferentes teorias,
modos de pensar, viver, agir, tudo aquilo que torna um escritor único e que lhe
permite passar essa mesma característica para a sua obra, torná-la arrebatadora
e, consequentemente, tenha exatamente esse impacto por parte do leitor.
Apercebi-me, com o passar do
tempo, que estudar a literatura portuguesa é mais do que isso, é formar
pessoas, é enriquecer-nos literariamente, é transformar-nos em pessoas cultas e
capazes de criarmos a nossa própria identidade, por vezes, com a influência de
algum poeta português.
“A literatura é o nosso antídoto
para a vida.”
Marlene Carvalho,
12.ºB
Ler, escrever,
falar, ouvir... Tudo isso constitui uma vantagem ao nível do desenvolvimento
linguístico mas também da cultura e da formação de cada um de nós.
A literatura não deve, ou melhor, não pode ser
posta de parte nas nossas vidas. A literatura abre portas, a literatura alarga
horizontes e consegue tirar o melhor de nós. Este antídoto maravilhoso que é a
literatura consegue levar-nos a conhecer o mundo sem sairmos do nosso lugar de
conforto, ou seja, através da leitura conseguimos conhecer locais e monumentos
sem que realmente os estejamos a presenciar. Mas as vantagens não ficam por
aqui... Através da literatura conseguimos aperfeiçoar a nossa fala e, se
falarmos corretamente, conseguimos chegar a qualquer parte do mundo, seja perto
ou longe, quer se fale português, inglês ou até mesmo mandarim. Cada país pode
e deve ter o seu dialeto único, mas se há algo que deve ser universal é a
capacidade de falar corretamente.
Na minha opinião,
a literatura é uma mais-valia para as nossas vidas. Não é uma moda e muito
menos algo passageiro. A literatura é algo que se deve valorizar e que nunca
deixará de existir.
Em suma, finalizo
dizendo que a literatura assume um papel importantíssimo e só devemos ficar
gratos por este antídoto conseguir colocar o mundo nas nossas mãos, mundo esse
que espera por nós.
Bárbara Fernandes, 12.ºB
Podemos
ler ou simplesmente ignorar o que já está concretizado por alguém que leu,
releu, estudou ou simplesmente desabafou com uma caneta, lápis ou marcador,
algo que transparece o real ou o imaginário.
Cada
obra exprime um sentimento, uma visão, um estar diferente que nos afeta à
primeira impressão.
Pessoalmente,
considero a verdadeira escrita imprescindível para o crescimento do ser. E
devemos ler desde a banda-desenhada, livros de aventuras, policiais, romances
até à poesia.
Sou
incapaz de exigir a alguém que se interesse pela leitura formal, mas
desaconselho a ignorância perante obras “ricas” que desafiam a inteligência do
leitor.
(…)
João Pedro Couto Rodrigues, 12.ºB
A literatura, ao contrário do que
surge na mente de muitas pessoas ao contactar com esta palavra, é muito mais do
que “ler”. A literatura engloba ler, escrever, analisar obras de poesia, prosa,
contos, epopeias, fábulas…
Na minha opinião, a importância e
o valor da literatura tem vindo a ser desclassificado à medida que o mundo
“evolui”. Os jovens, pelo menos uma grande parte, pensam que ler, conhecer e
estar informado acerca do mundo das letras não é assim tao importante. A cada
dia que passa, deparo-me com a decadência do gosto de ler e escrever, de
interpretar e estudar grandes obras literárias, de conhecer e reconhecer ideias
de pessoas como Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Saramago…
Poderia dizer apenas que acho,
mas eu tenho a certeza, ou seja, eu sei que é inquestionável o poder da
literatura. A literatura é uma conexão entre o Homem, é uma permuta de ideias,
um registo de conhecimentos, culturas, ideologias. Um bom leitor torna-se de
imediato um melhor escritor e uma pessoa que esteja ligada à literatura,
rodeada por ela, é, a meu ver, uma pessoa definitivamente mais rica, mais culta,
mais informada, mais sábia, mais mente aberta. É uma pessoa que conhece e com
conhecimento.
Assim, concluo que a literatura é
de uma importância tão grande que deveria ser algo intrínseco a todos nós,
independentemente da idade ou sexo, isto na minha perspetiva e com absoluta
certeza que não é a única.
Selma Ferreira,
12.ºB
Nos nossos dias, de um modo geral, mas mais pela parte dos jovens, a
literatura começa a ficar um pouco de lado, para segunda opção, o que está
errado, pois a literatura é fundamental e imprescindível para o nosso
conhecimento e para a nossa formação.
Com a literatura aprendemos coisas
novas, abrimos a nossa mente e vemos as coisas de outra forma, o que é bastante
bom, pois com a literatura apesar de
vermos de certa forma a maneira de pensar e de escrever de um autor, também
conseguimos aprender, algumas das vezes, coisas que envolvem a vertente
histórica na qual está a ser narrada a história, por exemplo no livro “Memorial
de Convento”, de José Saramago que ganhou o prémio Nobel da Literatura, temos
uma vertente histórica, que fala de D.João V, e uma vertente cultural que se
prende com o nunca devermos perder a esperança e que se tivermos vontade,
devemos sempre batalhar para alcançar os nossos objetivos.
A Literatura faz-nos crescer,
ensina-nos a não desesperar “à primeira”, bem como a lidar com certos assuntos
que, por vezes, também são abordados nos livros, permite-nos alargar o
vocabulário e o conhecimento. E muitas vezes ajuda-nos a formular uma opinião
concreta sobre algum tema da atualidade relacionado ou não com a literatura.
Em modo de conclusão, posso afirmar
convictamente que devemos ter sempre em nós um pouco de literatura,
principalmente um pouco de Literatura Portuguesa, pois ela é como se fosse uma
pequena “chama” dentro de nós, quanto mais usufruirmos da Literatura, maior vai
ficando a “chama" dentro de nós e ficaremos mais iluminados.
Tiago Gonçalves, 12.ºB
Literatura. Para muitos,
sinónimo de problema, para outros, uma fonte de rendimento.
É esta a visão que tenho para a
palavra “Literatura”. Ou se ama ou se odeia. Não há, nem pode haver, um termo
médio.
No entanto, é com a prática que
se começa a aprender a gostar.
Não estou a dizer que nos
devemos tornar todos escritores ou ler todos os livros só por ler. Não! Não é
assim que as coisas funcionam, nem queria que assim fosse. Já imaginaram um
mundo sem médicos ou polícias, apenas com escritores ou “gente ligada às
letras”? E agora já imaginaram o contrário?
Está mais do que comprovado que
a prática de leitura e de escrita enriquece não só o nosso vocabulário como
também, nos ajuda a tornar pessoas mais cultas e intelectuais.
Para um aluno, o hábito de ler
ou escrever não só o ajuda a ter melhores resultados ao nível da disciplina de
Português, mas em todas as disciplinas.
Para um adulto, que tem a sorte
ou o azar de não necessitar de uma nota final para o seu futuro, a literatura
tem igual importância como por exemplo a distinguir notícias verdadeiras ou,
com as tendências do inglês, as “fake news”, ou seja, notícias com conteúdo
falso.
Assim, concluo que não custa
nada ler nem que seja uma página por dia ou escrever uma página de diário a
descrever o seu dia.
João
Frei, 12.ºB