domingo, 8 de março de 2020

Zahra, o livro de Tomás Sopas Bandeira...

Zahra, o livro de Tomás Sopas Bandeira, que levou um pouco da sua história e a do livro até nós.
                A meu ver, a forma como a apresentação foi feita foi muito bem conseguida. O autor começou por contextualizar o que o levou a escrever o livro, o que se torna mais interessante do que estar apenas a falar sobre o livro. Fez a sua própria definição de Interculturalidade (são as pessoas e as línguas que vivem num só mundo!). Zahra vem do árabe, e significa flor e o escritor acrescentou que não há flores no deserto, mas há, uma frase que me deixou a pensar bastante.
                No fim da sua apresentação puseram-se algumas questões, que considero terem sido bem respondidas, na medida em que o autor soube responder sem muitos rodeios e deixou-nos as respostas claras. Entre elas, o porquê de acrescentar alguma poesia ao livro. A sua resposta foi que o livro seria muito externo sem ela, e, para além disso, a poesia é uma tradição oral dos povos nómadas (que o mesmo teve oportunidade de conhecer). Cada poema é uma história… e o dromedário? um transporte de histórias. Tomás demonstrou-nos também que ainda se lembrava de ter lido Memorial do Convento ao ser feita uma pergunta de comparação do seu livro com Memorial, se era uma história de amor: o seu livro demonstra um amor entre mãe e filho.
                A forma como respondeu a todas as perguntas e como estava recetivo a ouvi-las deixou-nos, sob o meu ponto de vista, à vontade para pormos qualquer questão que tivéssemos.
                Acho que esta palestra teve um impacto bastante positivo sobre todos nós, por abordar vários temas como a interculturalidade, a importância de ajudarmos o próximo e percebermos que a nossa realidade não é a mesma que a de outros povos, infelizmente.

 Marta Ribeiro,12.ºA