Domingo, 26 de
abril de 2020
Querido
diário,
Há dias que te
desprezo. As atividades letivas começaram e os dias são preenchidos com a
realização de inúmeras tarefas. Logo, à noite, tem-me sido difícil escrever os
meus pensamentos. Mas hoje é um dia especial. O meu primo Pedro faz 13 anos.
Hoje seria um dia de visita à sua casa para, em família e na companhia de
alguns amigos, lhe cantarmos os parabéns. Fizemo-lo de forma diferente, com
saudade no coração, mas também alegria por nos mantermos juntos. Um telefonema
animado logo pela manhã, com cânticos para o felicitar por mais um ano de vida
e por nos ter escolhido para fazermos parte da sua. Uma videochamada no final
do dia para constatarmos o quanto tem crescido. Os avós choraram. E eu, mais
uma vez, não sinto dúvidas de que há primos que são irmãos. Em breve, faremos a
festa todos juntos! Já temos uma história para contar aos nossos filhos e aos
netos que certamente estudarão este período da nossa história, meu primo. É
este o tempo… fomos os escolhidos para o viver. Que vivas a tua vida sempre com
alegria e que eu continue a fazer parte das tuas melhores companhias. No
próximo ano será melhor… Sempre juntos!
Nuno
Cunha (10º A)
Domingo, 26 de abril de 2020
Querido diário,
Estamos, hoje, no quadragésimo
segundo dia de quarentena. Acabei de ver uma notícia que mostrava uma imagem
inédita do espaço, lançada pela NASA, de comemoração dos 30 anos do telescópio
Hubble.
A imagem era, de facto,
extraordinária. O espaço é mais uma das coisas pela qual sempre me interessei
bastante, não só pela sua beleza, mas também pela sua dimensão e mistério. Para
nós, humanos, o nosso planeta já é suficientemente grande e não conseguimos,
ainda, explorá-lo na totalidade. E se o nosso planeta já é tão difícil de
entender na totalidade, que fará o Universo?
Sempre me fez uma certa confusão
ouvir que o espaço é infinito, visto que é algo que nenhum de nós consegue
alcançar. Isso, aliado ao facto de existirem tantas barreiras que nos impedem
de explorar o Universo, levanta ainda mais questões. Uma dessas barreiras é a
de que a Terra, continuando neste ritmo, tem “os seus dias contados”; desta
forma, levanta-se uma outra questão – será que existe um planeta B?
Ainda que a ciência pareça ter
resposta para tudo, há inúmeras coisas cujo estudo ainda está bastante
atrasado. Isto porque por trás da ciência está uma enorme fragilidade: o Homem.
Maria João Fontão (11ºC)