segunda-feira, 18 de maio de 2020

aepl.estetempo 18.maio.2020



Segunda-feira, 18 de maio de 2020
Querido diário,

Estamos, hoje, no sexagésimo quarto dia de quarentena – talvez, agora, o nome “quarentena” não seja o mais correto, dado que as aulas presenciais às disciplinas de exame começaram hoje; como ainda há aulas que decorrem em casa, vou continuar a começar as minhas páginas diárias da mesma forma.
Foi uma experiência bastante diferente do usual – a escola estava praticamente vazia, cheia de indicações, que nos diziam onde teríamos de entrar / sair; os pequenos intervalos são passados dentro da sala de aula, onde as mesas estão bastante afastadas umas das outras, para se manter o distanciamento adequado; torna-se mais complicado fazermo-nos ouvir, pois as máscaras dificultam a fala.
Mesmo no meio de todas estas complicações, o que importa é que podemos passar algum tempo fora de casa e aliviar o stresse das aulas à distância. Apesar de não ter achado muito difícil adaptar-me a todas as regras, cada vez mais, conformar-nos-emos com elas, o que facilitará muito o decorrer das aulas presenciais.

Maria João Fontão (11ºC)



Dia 27 (18 de maio de 2020)
Querido diário,
Depois de 2 meses sem aulas presenciais, regressei à escola e que diferente que estava. Entrei no portão e vi fitas e mais fitas para delinear os corredores por onde passavam aqueles que já não via há tanto tempo (alunos, professores e funcionários), de máscara, e ainda bem. É certo que pude estar com os meus amigos, mas não foi o mesmo. A saudade do convívio e da proximidade com eles, de que muito senti falta, permanece…
Bem, seguros estamos. Concretizados, logo se verá…
Miguel Almeida. (11ºC)



Querido diário,

Estou um pouco nervosa com o que me espera amanhã. É como se fosse o primeiro dia de aulas, quando não conhecemos os professores e alguns membros da turma, quando reencontramos amigos, colegas, quando voltamos a ouvir o barulho da campainha, quando nos perdemos no meio da multidão no recreio. Amanhã irei ver novamente os professores e, realmente, vou estar com os meus amigos e colegas de turma, mas todo o ambiente escolar vai ser tão diferente que estou receosa.
Contudo, vai ser bom rever toda a gente, ou quase toda, voltar a ouvir a voz real e não virtual dos professores, interagir, socializar e utilizar um espaço tão familiar e acolhedor, considerado a nossa segunda casa. Acho que o regresso às aulas nunca teve um impacto tão marcante.
As “férias” terminaram, é tempo de voltar às aulas e aproveitar o que de bom a escola nos dá!


Marina Peixoto (11ºD)




Todo o dia te procuro. Onde estás tu?
És uma pequena palavra mas
tão grande ao mesmo tempo.
Por isso te procuro incansavelmente,
pois só eu sei a falta que  me fazes.
Preciso de ti como o poeta precisa da sílaba.
A sílaba protege-o do frio e da estiagem
A mim, quem me protege do tédio e da 
dor do confinamento, és tu, Liberdade!

Ana Rita Araújo, 12.ºA





Pensávamos ser livres e enclausurámos a natureza. Como nos enganámos!
Hoje, a natureza enclausurou-nos. Ficamos atrás de um vidro. Desesperadamente ansiamos por voltar descontraidamente à natureza.

Catarina Vieira, 12.ºA




Sentada com uma caneta na mão,
Olho pela janela e vejo voar
Duas aves pela imensidão,
Como se não tivessem Fado.

Cantam. Cantam graciosamente,
Cantam levemente,
E vão desaparecendo,
Pelo azul claro do momento.
  
Juliana Alves, 12.ºA




Um dia de luz
torna-nos pessoas mais positivas
Ajuda-nos a encontrar
num fundo negro
a vontade enorme de viver.

Ana costa, 12.ºA