Durante estes próximos dias, acompanharemos um tempo novo!
O Modernismo invade Portugal.
As turmas 12ºB e 12ºE e a professora Helena Bártolo
convidam-nos a acompanhar os testemunhos diretos de quem vive este momento.
Desabafos de uma empregada
Faz
precisamente hoje um
Não
consigo compreender, escreve, escreve, .... passa os dias a escrever, e o que
publica, aqueles poemas, que raramente aparecem para apanhar a luz do dia, parece
que nem sentido
Pelo
que dizem, este maluquinho guarda todos os pedacinhos de papel onde gatafunha
aquela caligrafia horrorosa. Decerto que
Mas
não é só ele, ele é um dos inconscientes que decidiram introduzir, no nosso
país, esta nova corrente artística, a que chamam Modernismo.
Até
os pintores, escultores e arquitetos aderiram, feitos macaquinhos de imitação,
não bastavam os escritores, tiveram todos de ir atrás, em filinha indiana.
Os
pintores, abandonaram o naturalismo e realismo, a que estava tão habituada. Trocaram
as belas pinturas que retratavam a natureza (e que me transmitiam felicidade),
os incríveis detalhes e a fidelidade ao real (tanto nos retratos, paisagens e
cenas do quotidiano, ... tudo o que escolhiam transmitir nas suas telas) por
críticas e denúncias sociais, políticas e do clero, que são representadas
através de formas demasiado geométricas, não livres, que por vezes até me
parecem forçadas, mas que aos entendidos transmitem movimento. No que toca ao
seu preenchimento predominam as cores vibrantes, berrantes, ... cores que nem
pensava que os pintores se atreveriam a utilizar. Mas,
Isto
é vergonhoso, escandaloso até. Talvez começar este movimento tenha sido o maior
erro que alguém já cometeu. Como é que há pessoas que apreciam este novo tipo
de rabiscos retos, que se parecem com os gatafunhos de Pessoa? A continuar
assim, nem quero imaginar como será a pintura, literatura e todas as formas de
arte no tempo dos meus bisnetos, trinetos e por aí fora...
É
um despautério, absurdo, saber que estes tipos de obras andam por aí a
circular, mas ainda pior, é ter de vir trabalhar todos os dias ver estes
quadros a preencher todos os recantos do café.
Lisboa,
Rosângela
Benevides