quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

 

Vale a Pena Ler/

Vale a Pena Saber

 

Ciência, cientistas, livros, cheiros, experiências, biblioteca, sala de aulas e pessoas!...Eis a mistura perfeita para que a noite do dia 19 deste inaudito mês de novembro fosse agradável e ligada, mais uma vez, aos Livros, com Livros e, sobretudo, com Pessoas.

A alma da atividade foi, como é usual, a nossa professora bibliotecária, Rosa Sousa, que preparou uma “aula” de Cultura e Comunicação para simpáticos e participativos formandos do Centro Qualifica do nosso Agrupamento de Escolas.

Começámos com uma incursão pela música, pois o cientista/poeta Rómulo de Carvalho/António Gedeão tem poemas musicados que todos conhecemos – Pedra Filosofal e Lágrima de Preta, por exemplo.

Passamos aos livros. Muitos e tão interessantes! Ciência Horrível; Cosmos; Grandes Cientistas …, um variado leque, portanto.



Da biblioteca à sala de aula, para explorarmos breves biografias de cientistas insignes de todas as áreas e de todos os tempos.

 


Louis Pasteur - (1822-1895) químico e bacteriologista francês. Entre os seus feitos mais notáveis está a criação da primeira vacina contra a raiva. Foi mais conhecido por inventar um método para impedir que leite e vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização, em homenagem ao seu sobrenome.

 

      

Carlos Fiolhais

Físico, professor universitário e ensaísta português. É um dos cientistas e divulgadores de ciência mais conhecidos em Portugal.

Publicou 42 livros, sendo o mais conhecido a sua obra de divulgação científica "Física Divertida" e "Nova Física Divertida"

 

E algumas curiosidades, como esta de termos entre nós, em 2004, o primeiro português a investigar o grafeno, forma bidimensional do carbono, com potenciais aplicações em eletrónica, fotónica, materiais compósitos, sensores e saúde. E ainda de ter sido em 2018 o cientista a trabalhar em Portugal mais citado no mundo por outros investigadores: Nuno Peres, físico da Universidade do Minho.

Ou ainda, recuando um pouco no tempo, ficar a saber que Isaac Newton passou longos momentos a olhar diretamente para o sol e depois piscava os olhos para ver os efeitos das cores resultantes dessa “experiência”. A consequência foi uma cegueira temporária. Também não era um bom aluno, não se dedicava aos estudos e não demonstrava interesse pela escola, passava horas distraído, pensando em matemática, filosofia e outros assuntos que o interessavam.

 É dele a frase: “O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.”

E a sempre inevitável e importante ligação da Arte e da Ciência, que não são, nem nunca foram incompatíveis, como sabemos.

"Albert Einstein" pelo pintor norte-americano contemporâneo Derek Russell


E com todas as cautelas, depois de desinfetados os cartões e as mãos, passou-se ao jogo de memória que desencadeou um tão grande entusiasmo, que acabou por ir com uma formanda para jogar em casa com os filhos e marido.

 



     

 Por fim, depois de duas horas que passaram sem se dar por isso, ainda houve tempo para uma experiência sensorial olfativa.  Como se sabe, a perceção dos cheiros tem importante papel na evolução das espécies, pois é através dos odores que muitos animais captam a presença da fêmea, de inimigos ou das presas. Para nós, humanos, os dois grandes grupos em que podemos situar os odores são os agradáveis e desagradáveis, embora o nosso nariz seja capaz de sentir até dez mil cheiros (reduzido com a idade, a exposição a químicos e à poluição).

Todos sabemos que sem olfato não há prazer em comer. O repertório da língua limita-se a salgado, doce, amargo, azedo e umami – o gosto do monoglutamato de sódio, o aji-no-moto. E quanto aos perfumes, eles podem ser florais, doces, amadeirados, cítricos ou herbais.

Diz-se que as mulheres sentem mais os cheiros que os homens e que a interpretação dos cheiros é sempre subjetiva.  Curiosamente, foi o que aconteceu nesta sessão. Os cheiros mais intensos e mais conhecidos foram facilmente identificados por todos: canela, café, acetona, chocolate. Já cravinho, lúcia-lima, orégãos, foram identificados pelas senhoras e o cheiro a gel de banho e pó de talco apenas pelo senhor. Explicação: o recente contacto com a sua bébé de meses.

E foi assim que terminou este cheirinho pela literacia científica, com a insistência na necessidade de não abandonarem o prazer de devorar um bom livro, sentir o aroma do papel e tinta de uma revista ou jornal!

                   

Adriana Silva

    Rosa Martins

   Rosa Sousa



Comemoração do Dia de S. martinho

O Magusto no JI de Simães

Tal como tem vindo a acontecer em anos anteriores, no jardim de Simães deu-se continuidade às tradições, apesar de este ser um ano bastante atípico, devido a toda esta conjuntura que, de uma ou outra forma, nos impõe restrições impedindo-nos de realizar as atividades que desejaríamos. Nós, por cá, ainda conseguimos “saltar à fogueira” e, também, comer as castanhas assadas ao ar livre. Pensando bem, acho que somos privilegiados pelo local em que estamos inseridos.



Lúcia Dias