Vale a Pena Ler/
Vale a Pena Saber
Ciência, cientistas, livros,
cheiros, experiências, biblioteca, sala de aulas e pessoas!...Eis a mistura
perfeita para que a noite do dia 19 deste inaudito mês de novembro fosse
agradável e ligada, mais uma vez, aos Livros,
com Livros e, sobretudo, com Pessoas.
A alma da atividade foi, como é usual, a nossa professora
bibliotecária, Rosa Sousa, que preparou uma “aula” de Cultura e Comunicação
para simpáticos e participativos formandos do Centro Qualifica do nosso Agrupamento
de Escolas.
Começámos com uma incursão pela
música, pois o cientista/poeta Rómulo de Carvalho/António Gedeão tem poemas
musicados que todos conhecemos – Pedra
Filosofal e Lágrima de Preta, por
exemplo.
Passamos aos livros. Muitos e tão
interessantes! Ciência Horrível; Cosmos; Grandes Cientistas …, um variado
leque, portanto.
Da biblioteca à sala de aula,
para explorarmos breves biografias de cientistas insignes de todas as áreas e
de todos os tempos.
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Louis
Pasteur - (1822-1895) químico e bacteriologista
francês. Entre os seus feitos mais notáveis
está a criação da primeira vacina contra a raiva.
Foi mais conhecido por inventar um
método para impedir que leite e vinho causem doenças, um processo que veio a
ser chamado pasteurização, em homenagem ao seu sobrenome.
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Carlos Fiolhais
Físico, professor
universitário e ensaísta português.
É um dos cientistas
e divulgadores de ciência mais conhecidos em
Portugal.
Publicou 42 livros, sendo o mais conhecido a
sua obra de divulgação científica "Física Divertida" e
"Nova Física Divertida" |
E algumas curiosidades, como esta de termos entre nós, em 2004, o primeiro português a investigar o grafeno, forma bidimensional do carbono, com potenciais aplicações em eletrónica, fotónica, materiais compósitos, sensores e saúde. E ainda de ter sido em 2018 o cientista a trabalhar em Portugal mais citado no mundo por outros investigadores: Nuno Peres, físico da Universidade do Minho.
Ou ainda, recuando um pouco no tempo, ficar a saber que Isaac
Newton passou longos momentos a olhar diretamente para o sol e depois
piscava os olhos para ver os efeitos das cores resultantes dessa “experiência”.
A consequência foi uma cegueira temporária. Também não era um bom aluno, não se
dedicava aos estudos e não demonstrava interesse pela escola, passava horas
distraído, pensando em matemática, filosofia e outros assuntos que o
interessavam.
É
dele a frase: “O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um
oceano.”
E a sempre inevitável e importante ligação da Arte e da Ciência,
que não são, nem nunca foram incompatíveis, como sabemos.
"Albert Einstein" pelo pintor
norte-americano contemporâneo Derek Russell
E com todas as cautelas, depois
de desinfetados os cartões e as mãos, passou-se ao jogo de memória que
desencadeou um tão grande entusiasmo, que acabou por ir com uma formanda para
jogar em casa com os filhos e marido.
Por fim, depois de duas horas que passaram sem
se dar por isso, ainda houve tempo para uma experiência sensorial
olfativa. Como se sabe, a perceção dos
cheiros tem importante papel na evolução das espécies, pois é através dos
odores que muitos animais captam a presença da fêmea, de inimigos ou das
presas. Para nós, humanos, os dois grandes grupos em que podemos situar os
odores são os agradáveis e desagradáveis, embora o nosso nariz seja capaz de
sentir até dez mil cheiros (reduzido com a idade, a exposição a químicos e à
poluição).
Todos sabemos
que sem olfato não há prazer em comer. O repertório da língua limita-se a salgado,
doce, amargo, azedo e umami – o gosto do monoglutamato de sódio, o
aji-no-moto. E quanto aos perfumes,
eles podem ser florais, doces,
amadeirados, cítricos ou herbais.
Diz-se que
as mulheres sentem mais os cheiros que os homens e que a interpretação
dos cheiros é sempre subjetiva.
Curiosamente, foi o que aconteceu nesta sessão. Os cheiros mais intensos
e mais conhecidos foram facilmente identificados por todos: canela, café, acetona,
chocolate. Já cravinho, lúcia-lima, orégãos, foram identificados pelas senhoras
e o cheiro a gel de banho e pó de talco apenas pelo senhor. Explicação: o
recente contacto com a sua bébé de meses.
E foi assim
que terminou este cheirinho pela literacia científica, com a insistência na necessidade de não abandonarem o prazer de
devorar um bom livro, sentir o aroma do papel e tinta de uma revista ou jornal!
Adriana
Silva
Rosa Martins
Rosa Sousa
Comemoração do Dia de
S. martinho
O Magusto no JI de Simães
Tal como tem vindo a acontecer em anos anteriores, no jardim de Simães deu-se continuidade às tradições, apesar de este ser um ano bastante atípico, devido a toda esta conjuntura que, de uma ou outra forma, nos impõe restrições impedindo-nos de realizar as atividades que desejaríamos. Nós, por cá, ainda conseguimos “saltar à fogueira” e, também, comer as castanhas assadas ao ar livre. Pensando bem, acho que somos privilegiados pelo local em que estamos inseridos.