A propósito do sonho
na aula de Português do 12ºB
O
sonho foi, é e sempre será o que faz mover a Humanidade. Desde o paleolítico
até aos dias de hoje, o Homem sonhou, mas o que, atualmente, sonhamos, é bem
diferente das voagens à mente que os nossos antepassados realizavam.
Um
dos grandes problemas que, agora, vivemos, é o fácil e rápido alcance daquilo
que desejamos. O que, antigamente, era considerado sonho, hoje, é tido como
garantido, mas se apenas refletirmos numa perspetiva materialista.
– Eu quero ser, quando for
grande, artista! – exclamou Maria João Abreu na sua infância.
O seu sonho concretizou-se, – e
que concretização! – tornando-se numa das mais prestigiadas figuras da cultura
do nosso país. Desejar trabalhar da arte é, em Portugal, uma missão à Tom
Cruise, mas há quem a resolva. A digníssima “João” será, por isso, sempre
recordada por todos nós, por ter sonhado e feito grande.
Do
outro lado da balança, há a pessoa comum, aquela que vive para consumir, para
parecer o que não é, para alterar o que de bem e de mal a caracteriza. A
diferença está na ambição, uma, desmedida, e outra, que nem parece ter
definição possível; uma que nos permite ser autênticos e outra, sermos meros
clones uns dos outros.
E,
desta forma, afirma-se ser fulcral salientar o facto de que sermos alguém a
almejar um sonho tão difícil de alcançar, é simultaneamente, contribuir para a
evolução e construção da Humanidade, à semelhança da mui nobre Maria João
Abreu.
Miguel Almeida - 12ºB
O que significa realmente ser
Humano?
Creio
que ninguém saiba, com toda a certeza, a resposta. No entanto, há sempre espaço
para reflexões e confrontos de ideias. Para mim, ser Humano, é querer mais do
que aquilo que se pode ter, a ganância está-nos no sangue. Fomos, sem sombra de
dúvidas, abençoados com o dom da inteligência, o poder de mudar o mundo!
Criamos peças, feitos e momentos incríveis a partir de ideias por vezes
extravagantes, pensadas por mentes brilhantes. Contudo há sempre um mal para
todos os bens.
Continuando a expressar a minha opinião, a nossa existência assenta em sonhos mirabolantes. Todos ansiamos por algo que
nunca na vida conseguiremos alcançar. É óbvio que estes desejos variam de
pessoa para pessoa: uns querem pura e simplesmente riqueza e outros tecem
perguntas para as quais não desejam realmente respostas. Evitamos muito as
questões existenciais, pois estas fazem-nos sentir insignificantes e se há uma
certeza, é que o Ser Humano detesta sentir-se pequeno, inútil, efémero. Tudo
isto está na nossa natureza: nascemos assim e, em parte alterado ou não,
morremos assim.
Tenho para mim que sabemos
que, no fundo, nada nos trará a verdadeira felicidade. Nunca estamos
satisfeitos. Como é que nos poderíamos sentir completos? Isto não significa,
claro, que não estejamos e sintamos alegria, amor e vida com a nossa família e
amigos. Porém, uma certeza sobressai: temos de refletir acerca das nossas
atitudes, decisões e sonhos. Poderíamos ser melhores? Possivelmente! Mas, mais
uma vez, isso seria apenas alimentar a esperança para outro sonho utópico, ou
seria o contrário?
Então,
por favor, deixai-nos sonhar, porque é nisso que realmente somos bons e livres!