terça-feira, 2 de novembro de 2021

Cidadania ao sabor da pena

E os nossos alunos continuam a provar que a questão da desigualdade de género os indigna e os motiva a darem as suas opiniões. Sinal de sensibilidade e vontade de construção de uma sociedade justa.


O mundo em que vivemos 

O mundo em que vivemos hoje é um mundo renovado, marcado pela evolução e pelo desenvolvimento. Apesar disso, a desigualdade de género é um dos problemas que persiste, e é lamentável a sua existência!

   Somos todos seres humanos. A meu ver, não faz qualquer sentido a distinção entre homens e mulheres, jamais conseguirei entender isto. Em pleno século XXI é incompreensível ver que as mulheres continuam a sofrer por causa da desigualdade. É real, acontece mesmo à frente dos nossos olhos. Olhando para o Afeganistão é possível sentir o medo das mulheres, que vivem reprimidas, tratadas como meros objetos, sem direitos, sem liberdade. Com que direito é que alguém declara um ser humano sua propriedade, restringindo-lhe tudo, até a sua própria vida? É inaceitável! Sinto-me obrigada a questionar o porquê de em certos locais do mundo a mulher não ter direito à educação, não ter direito a decidir por si mesma, não ter direito à dignidade. O pior de tudo é que a desigualdade não ocorre apenas em países em desenvolvimento, mas também naqueles que são mais desenvolvidos, embora de forma menos evidente, como por exemplo a partir das diferenças de salário. É inadmissível!

      Sou mulher. Sinto-me tentada a gritar ao mundo que não somos propriedade de ninguém, temos os mesmos direitos e devemos ser tratadas de igual forma. O género não define quem nós somos, nem nunca deveria ser um entrave. A educação, a liberdade, o tratamento igual é um direito, o ser humano merece-o.

  Apesar de tudo, continuamos a assistir à desigualdade, sentados na plateia. Se compararmos a nossa vida a uma peça de teatro, temos de ser os protagonistas e não os espectadores, temos de lutar para que, no final do espetáculo, tenhamos contribuído para resgatar ou aumentar a felicidade dos outros. Todos merecemos uma vida na qual sejamos a personagem principal, livre e digna, com o pleno usufruto dos nossos direitos.

Cristiana Oliveira Rodrigues, 12C