Um sonho Impossível!...
O
tempo foi passando. Joana fizera dezasseis anos e o seu sonho ia perdendo
força, pois, além de viver num país pequeno, também as pessoas a desencorajavam
a desistir de tal ideia, mas Joana era persistente e acreditava que era
possível… Então, quando fez dezoito anos, viajou para América e inscreveu-se
num curso de teatro para se tornar uma atriz.
As dificuldades foram muitas, mas Joana, mesmo
longe da família, não podia abdicar do seu sonho e, então, com muito trabalho e
enormes sacrifícios, viu o seu esforço, finalmente, recompensado, pois, um
produtor convidou-a para integrar o elenco de um filme.
Nesse dia, gritou de felicidade e a esperança renasceu
no seu coração.
Joana tornara-se uma talentosa e reconhecida atriz.
Por isso, nunca desistas!... Um dia o teu esforço
vai ser premiado.
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Os olhos de uma criança…
Ora, vejamos, então…
Numa tarde de domingo, uma família foi passear ao centro de uma linda cidade de Portugal, na qual se viam as crianças a brincarem nos parques e os pais a observá-las sentados nos bancos do jardim. Elas a fazerem amigos momentâneos, pois só iriam estar com eles naquele momento.
Raquel, uma menina de sete anos, olhou para um simples baloiço e nele viu um avião, olhou para o escorrega e viu uma casa, a partir da qual podia sair sentada a deslizar.
Naquela tarde, ela fez dois amigos. Brincaram, fingindo ser uma família em que um deles foi viajar, indo morar numa casa toda moderna e divertida em que tinha uma parede de escalar, uma piscina e uma ponte por onde podiam passar e que permitia atravessar toda a casa. Já na parte da ginástica uma das máquinas era para eles correm, outra era para eles se apoiarem, vendo tudo de lá de cima, noutra parecia que estavam a conduzir um carro.
Eles assim passaram uma tarde de diversão com muitas imaginações. Enquanto os pais, ao vê-los assim a brincar, achavam tudo aquilo estranho e nada lhes fazia sentido.
Chegou o fim do dia e os três amigos tiveram que se despedir.
Raquel guardou aquele dia na sua memória como todos os outros dias divertidos, passados ao longo da sua infância, e sabia que jamais o esqueceria.
Agora, com 20 anos, voltou a passar pelo mesmo parque, olhando para ele e pensando, como é que eu passava tanto tempo aqui a brincar?!... Será que o parque era mesmo este?!... Parecia-lhe, agora, igual aos demais! Porque será que não o via assim?!...
Chego à conclusão de que, à medida que crescemos, perdemos muito da nossa capacidade de imaginar e não compreendemos como era possível vermos as coisas por outra perspetiva, onde tudo era tão grande, diferente e magnífico.
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Em pleno séc. XXI, cada vez mais temos a consciência que o Mundo
é enorme e que vivemos num pequeno país plantado à beira mar. É um país lindo, sem
dúvida, mas há locais tão diferentes do nosso, com culturas, costumes e modos
de vida tão variados…
Atualmente, as novas tecnologias permitem-nos conhecer melhor
os lugares distantes do nosso planeta, mas ter o privilégio de os visitar
presencialmente é outra coisa.
Adoro viajar, desde pequenino que os meus pais me habituaram
a conhecer outros países e é sem dúvida o que mais gosto de fazer e o melhor
presente que me podem dar.
É tão maravilhoso poder ver de perto outras realidades,
visitar monumentos famosos e conhecer outras culturas.
Aprendemos vivendo
novas experiências e quem viaja expande horizontes, constrói memórias e vive
experiências que ficam para toda a vida.
Na minha opinião a
cultura não ocupa lugar e só nos enriquece. E é tão bom recordar que já visitei
Pompeia, que já vi a Mona Lisa, que já andei de gôndola em Veneza, que já vi o
palácio de Buckingham e que já estive no coliseu de Roma…
Adoro viajar e o meu
sonho é mesmo um dia poder dar a volta ao mundo e conhecer países completamente
diferentes do nosso, como os EUA, o Egito, a Índia, o Japão ou a China.
Pedro Pereira – 8.º B
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Diário de Lucas
Póvoa de Lanhoso,
29\02\15
Mais um dia…. Apenas mais um dia.
Desde
criança nunca fui muito de conviver sempre fui meio anti-social por isso sempre
sofri bullying quer seja físico ou
psicológico. Nunca tive nenhum amigo, pois todos me achavam estranho.
Sempre vivi com o meu avô, nunca
conheci os meus pais, então sempre me senti desconfortável nas festas para os
pais, o meu avô fez sempre questão de ir, mas não é a mesma coisa. Ele sempre
me ajudou no que pôde mas não é fácil pra mim comunicar então nunca desabafei com
simplesmente ninguém.
Mas,
no meio destas desgraças todas, havia pelo menos uma coisa que me fizia feliz.
Eu sempre gostei de desenhar; os desenhos ajudavam-me, de certa forma, a
desabafar, faziam com que os meus problemas desaparecessem mas eles continuavam
lá…
Quando
estava prestes a terminar o 8ºano, o meu avô adoeceu, então tive de ir viver
com uma tia. Tive que mudar de escola. Não me opus à decisão, pois poderia ser
bom deixar aquela escola e os seus alunos pra trás.
As férias passaram mais rápido do que eu
esperava e não fiz nada além de desenhar e desenhar. No primeiro dia de aula
não estava nervoso, pois tinha a certeza que ia ser como na outra escola. O dia
foi normal. O diretor de turma apresentou-me à turma e, graças a Deus, não me
pediu para falar sobre mim.
O primeiro mês de aulas correu normalmente.
Todavia, um dia estava eu a desenhar no “meu canto” do costume quando uma
figura baixa se chegou perto de mim e sentou-se. Estava nervoso nunca tinha
estado assim tão perto de alguém e nem fazia a mínima ideia de quem poderia ser.
Permaneci calmo e continuei a desenhar. Senti o olhar da pessoa sobre a folha e,
de seguida, ouvi uma voz a dizer:
- Tens talento e não é pouco!
Eu fiquei meio envergonhado mas consegui
responder um simples obrigado. Sem perceber, a rapariga que se havia levantado
e logo disse:
-Vem. Vais gostar do que te vou mostrar.
Ela pegou na minha mão e levou-me a uma
pequena sala. Logo que entrei, deparei-me com várias pessoas concentradas nas
suas telas. Aquilo era, com certeza, um espaço dedicados ás artes. A rapariga
olhou em volta e disse:
- Pessoal este aqui é o…. - ela sussurrou-me,
perguntando qual era meu nome.
Eu respondi timidamente-:
- Lucas. E o teu?
- Sara Prazer.
Ela dá um sorriso e apresenta-me os membros do
grupo de artes.
Os dias foram passando e eu, finalmente, pude
saber o que era ter amigos, o que era pertencer a um grupo.
A Sara tornou-se a minha melhor amiga, mas,
para mim, ela é mais do que isso… foi a primeira pessoa por quem me apaixonei. Felizmente
ela também sentia o mesmo.
Agora tenho vários motivos para ser feliz.
(Íris Carvalho – 8º A)