sexta-feira, 20 de março de 2020

aepl.estetempo 20.março.2020


Querido diário,

É primavera! Mas esteve a chover... Era suposto ser diferente, sol, pássaros a alegrar o dia, flores a abrir timidamente e a deslumbrar-nos com a sua beleza. Mas nem tudo é como queremos e nunca esta expressão fez tanto sentido neste momento. Momento este em que, em PORTUGAL, o número de casos infetados com o coronavírus ultrapassou os 1000.
Enfim…estou a tentar, nem que seja por poucos minutos, abstrair-me deste tema tão perturbador.
Hoje dediquei-me a português e para te ser sincera adoro cada vez mais esta disciplina. Sabes porquê? Por um lado, porque nestes dois últimos anos tive uma professora excelente e, por outro lado, fascina-me e coloca-me à prova, faz-me pensar, descodificar, querer saber mais e pesquisar por novos significados, sinónimos, origens…
Quero confessar-te ainda uma coisa. Tenho saudades! Saudades de estar na paragem à espera do autocarro, da campainha, das conversas e risadas com os amigos nos corredores, das filas do bar, dos professores, dos “Bom dia!”, dos “Até já!”, das correrias para não chegar atrasado às aulas, das auxiliares super simpáticas. Isto tudo e ainda só passou uma semana desde que soubemos que iríamos para isolamento social. A sensação é que passou muito mais tempo.
Contudo, tenho-me mantido confiante e com esperança de que tudo vai ficar bem e é a música a minha arma. E tu, claro!

Por hoje é tudo. Fica bem.
Marina Peixoto (11ºC)


Sexta-feira, 20 de março de 2020
Querido diário,
Estamos hoje no quinto dia de quarentena. Hoje, quando estava no Instagram a ver algumas histórias, deparei-me com algo que já não via há algum tempo nesta rede social – uma notícia falsa, que se espalhou pelo Instagram através de sucessivas partilhas. E o que dizia essa notícia? Passo a citar, com algumas supressões: “ (...) Esta noite, a partir de 00:30 até às 03:30, o nosso planeta estará com uma radiação altíssima. Os raios cósmicos vão passar perto da Terra. (…) Não deixe o seu aparelho perto do seu corpo, ele pode causar-lhe danos terríveis. (...) Envie esta mensagem para todas as pessoas que lhe importam.”. Acho que ambos concordamos que esta notícia é uma autêntica barbaridade. E foi daí que surgiu o tema de hoje: notícias falsas.
Todos nós já lemos alguma notícia falsa alguma vez na vida. E, nos dias de hoje, é mais comum do que pensamos a utilização desta metodologia, para vários fins: atrair mais visitas aos sites, influenciar os resultados eleitorais (através da manipulação dos cidadãos), discriminar um oponente / inimigo, entre outros.
Ainda assim, é bastante fácil combater a propagação de notícias deste género – basta sermos informados. Quando nos deparamos com alguma notícia que soe minimamente suspeita, devemos imediatamente tentar informar-nos acerca do assunto e, por norma, se a notícia for falsa, é relativamente rápido de se entender.
Manipular e informar erradamente as pessoas, bem como difamar e discriminar é imoral e antiético, sendo, obviamente punido por lei. Embora este seja um tema que, normalmente, “nos passa ao lado”, gera um grande combate, por parte das autoridades, para que se possa minimizar e, se possível, abolir atitudes deste género. Por isso, devemos sempre compartilhar apenas aquilo que temos a certeza que é verdade.

Maria João Fontão (11ºC)


Querido diário.
Chegou a minha vez de escrever em ti. Depois de ler tudo o que já foi escrito aqui, começo a perceber que realmente para algumas pessoas foste a forma de desabafo ou ainda uma maneira que arranjaram para que, por alguns momentos, se possam abstrair daquilo que tem sido uma verdadeira roda-viva e uma triste realidade com que nos deparamos nos dias de hoje no nosso país.
Hoje, dia 20-03-2020, o sol decidiu não brilhar, no entanto a minha rotina foi, ainda assim, posta em prática para iniciar mais um dia, com a melhor disposição possível, tendo em conta a situação, sempre com a companhia da música que é algo crucial na minha vida. Falando então do assunto inevitável que assola Portugal atualmente, o coronavírus, posso dizer que é um misto de emoções, havendo alturas em que me sinto confiante com tudo isto, já naqueles momentos em que o número de pessoas infetadas sobe, a esperança de que a minha família e amigos não sejam infetados acaba por tomar um pouco conta de mim, uma vez que já mais de 1000 pessoas (apenas em Portugal) não se conseguiram livrar deste pesadelo, que é bastante real. Mas bom falando  de coisas mais positivas, os meus dias têm sido passados a estudar e a terminar trabalhos que esperávamos concluir na escola, tenho estado com a minha irmã, e se algo de bom veio com esta pandemia, foi sem dúvida essa ligação, que devido a horários não coincidentes se tinha vindo a "desgastar" com o tempo,  os meus pais, esses sim, continuam a trabalhar, mas felizmente pelo menos ontem conseguimos passar mais que um dia do pai, mas sim um dia incrível em família, mesmo sendo em casa.
Cátia Fernandes (10ºA)


Reflexões sobre estes dias da quarentena

Como diria Fernando Pessoa, o dia deu em chuvoso. Não sei bem qual a razão para tal, mas gosto tanto desta frase.
Deve ser por gostar mais ainda do Pessoa. Os dias não são muito diferentes. Perdida, angustiada, baralhada, zangada no meio de tantos emails, tantas mensagens nas redes sociais. Mas será que ninguém tem mais nada que fazer além disto? Já não há um livro para ler? Olha só quem fala!!!!! Quando soube que iria ficar fechada em casa, sim, é disso que se trata, TEMOS DE FICAR EM CASA, comentei com os meus que pelo menos poria a leitura em dia. Já pareço os políticos, que quando se reformam ou lá o que lhes acontece depois de se retirarem da vida ativa, assim fica mais chique!, dizem sempre que irão ler, MUITO. Qualquer dia apanham-me a dizer que vou escrever as minhas memórias.
Dito isto, ainda nem o livro que comecei a ler há já algum tempo, bem foi-me oferecido no Natal!, abri. Prometo, meu prezado e estimado diário, que irei ter tempo para ler e o primeiro a quem vou revelar tal és tu!
Bem, por falar em dias muito iguais, tenho a família a dizer que tem fome e tenho uma videochamada com as minhas queridas amigas daqui a pouco. Tenho de ir!
Prometo-te que amanhã voltarei, já me fazes falta.

Até amanhã, em casa, em segurança. Melhores dias virão.

Isabel Friande


20/03/2020
Boa noite Diário,
 Faz hoje uma semana que a quarentena foi decretada e, sendo assim, faz também hoje uma semana desde que não saio de casa. Começo a sentir a falta de sair do mesmo ambiente, passar tempo em outros locais, conhecer novas pessoas. Porém, como bom cidadão, cumprirei o meu dever. Durante o dia, ao navegar pela Internet começo a visualizar cada vez mais um aumento da preocupação da população, também devido ao facto de hoje, atingirmos um milhar de infetados e o número de mortos continuar a aumentar consideravelmente em Portugal e em todo o Mundo. E de facto, apesar de isto estar a acontecer há algum tempo, nunca fiquei muito preocupado, pensando sempre “O que são centenas num país com10 milhões de habitantes”. Porém, devido ao elevado ritmo do crescimento do número de infetados começo a ficar um pouco preocupado.
 Apesar de estar sempre em casa, existem inúmeras atividades a realizar. Hoje decidi investir parte do meu tempo, como normalmente, na aprendizagem, mas também melhorei as minhas habilidades no que toca à culinária, ajudando na preparação do almoço e cozinhando algumas panquecas para a minha família durante a tarde. Realizei a minha atividade física diária, pois já como Galileu dizia “A condição natural dos corpos não é o repouso, mas o movimento.”, e por isso mesmo temos de continuar a cuidar da nossa saúde!
 Por hoje é tudo, não te preocupes comigo pois estou confiante que tudo vai melhorar. Descansa e nunca percas a esperança!

 Fábio Rodrigues (11ºC)


20/3/2020

Olá querido diário!
Mais uma vez estou aqui para te contar como foi o meu dia.

Hoje, acordei às 9:30h e, logo depois do pequeno-almoço, fui para o escritório trabalhar um pouco. Estive a ajustar e a dar os últimos toques num trabalho coletivo de física e química, e ainda de manhã o enviei para a professora. Após o almoço decidi fazer algo que gosto bastante: organizar a minha estante de livros. Gosto muito de tirar todos os livros, para depois os ordenar de uma forma diferente. Existem vários métodos, ordem alfabética do título, do nome do autor, por género, por data... Desta vez decidi organizar pela cor da lombada. Após este trabalho, decidi estudar biologia. Infelizmente acho que não o terminarei ainda hoje. Ainda bem que ainda tenho o fim de semana para fazer/terminar todos os trabalhos, de forma a começar a próxima semana mais organizada.
Neste momento planeio assistir a um episódio de alguma série. E a minha escolha é assistir mais uma vez a algum episódio da minha série favorita “1986”.

Obrigada por me escutares, querido diário. Nestes momentos mais conturbados e preocupantes é bom contar contigo para ouvires as minhas histórias, por muito repetitivas que elas sejam.

Joana Faria (10ºA)


Póvoa de Lanhoso, 20 de Março de 2020
Querido Diário,

Continuamos na nossa luta diária, tanto para nossa prevenção como de todos. Mas se é para ser uma luta, que esta seja divertida e algo produtiva.
O que me dizes se fizéssemos um desenho e nele passássemos uma mensagem de força e coragem a todos os nossos guerreiros que trabalham num hospital diariamente a tentar salvar vidas pondo, ao mesmo tempo, a sua em risco? É que se pensarmos bem… bolas não é para qualquer um! Proponho então que escrevamos o seguinte: “A todos vocês o nosso muito OBRIGADO! A vossa coragem e valentia tem dado, nos últimos tempos, os seus frutos. Acreditamos que agora não será diferente! Não desistam e lutem por todos nós! Também estamos a fazer a nossa parte! Juntos seremos sempre mais fortes!” Esta mensagem é verdadeiramente para transmitir valentia e firmeza. Mas sabes, querido diário, custa-me muito escrevê-la pois a verdade é que os nossos profissionais estão exaustos. São já muitas noites sem dormir. São já muitos dias a trabalhar praticamente 24 sob 24 horas. É muito duro vê-los assim. Afinal de contas também são eles a cura desta maldita doença. Por isso se dependemos deles, cumpramos à risca o que nos é recomendado. Só assim, os ajudaremos de alguma forma.
Este momento parece, para todos nós, negro. E a verdade é que está mesmo um pouco negro. A vida é um caminho constante de batalhas, mas mesmo que não as vençamos todas, nunca poderemos desistir de sorrir pois as oportunidades são para aqueles que persistem.
Um beijinho,
Ana Margarida (12ºF)



Sexta-Feira, dia 20 de março, 11:00, no sofá
Querido Diário,

É estranho de pensar como a tua vida e os teus objetivos mudam repentinamente, nos últimos dias tenho reparado que o meu telemóvel apresenta sempre a mesma notificação “O seu tempo de uso aumentou cerca de 145%”.
São crescimentos alarmantes, tudo devido ao facto de sermos obrigados a isolarmo-nos da população, para que a nossa segurança e a saúde da família permaneçam intactas. Este acontecimento deve-se essencialmente ao vírus denominado “Coronavírus”, agora apelidado de COVID-19.
Foram impostas diversas medidas por parte do nosso governo, como por exemplo decretar Estado de Emergência no país, algo que já não acontecia há muito tempo. Esta ação aboliu e restringiu totalmente a movimentação dos cidadãos, alguns direitos são abolidos e as pessoas com o seu dever cívico devem permanecer em casa.
Lojas, bares, restaurantes, escolas, universidades, quase tudo se encontra fechado. As compras e as entregas de comida (Take Aways) chegam aos prédios de pouco em pouco tempo.
Agora, como é passado o meu tempo?
Nem sei como responder a essa questão, por vezes o tempo pode ser passado simplesmente com as mais básicas ações (Acordar, Comer, Dormir); Procuro por vezes passar mais tempo com a família. Ouvir música, a ver uma série, a fazer aquilo que é pedido pelos diversos professores para não perdermos o fio à meada, são alguns exemplos de como ultrapassar o vazio que paira sobre as nossas casas.
Tento ter o mais cuidado possível com a Higiene, e procurar fazer aquilo que gosto para me sentir feliz, em vez de estar constantemente preocupado com os problemas que nos rodeiam.
Por fim penso que devemos estar sempre em alerta, relativamente às notícias que são dadas pelos meios de comunicação, nomeadamente os Jornais Televisivos, como a TVI, SIC, entre outros, para estarmos atualizados com esta situação e sabermos como agir e o que fazer nesta crise.

Joel Oliveira (12ºF)


Póvoa de Lanhoso, 20 de Março de 2020
Querido Diário,
Sinceramente, nunca pensei estar nesta situação. Em anos anteriores, na escola, quando estudei os tempos horrorosos da peste negra e por ai adiante, nunca imaginei que pudesse algum dia presenciar uma epidemia desta dimensão.
Esta semana tem sido uma descoberta de novas atividades para realizar em casa, lembrei-me de fazer de tudo, arrumar, lavar os meus pincéis de maquilhagem bem a fundo (uma vez que não vejo motivos para os sujar há uma semana), ver séries que nunca pensei ter interesse em ver, e pela primeira vez na vida, ir à varanda tornou-se algo incrível.
Aqui, em minha casa, a minha mãe e o meu padrinho continuam a trabalhar e, por isso, o sentido de quarentena para mim perdeu um bocadinho o sentido ainda que a tenha cumprido com excelência. Confesso que nem ao supermercado eu tive a “coragem” de ir. Sempre que eles chegam tomam banho, colocam a roupa para lavar e desinfetam tudo o que podem para que não se torne mais perigoso para nós. Contudo, a situação está a agravar-se bastante aqui na minha freguesia, já foram descobertos dois casos e bem mais perto do que pensávamos (agora começa a parecer cada vez mais real).
Resumindo, os meus dias baseiam-se todos em acordar por volta do meio-dia, faço os trabalhos da escola e acabo mais ou menos a meio da tarde, depois lancho e passo o resto da tarde a ver séries. Acaba por tornar-se uma rotina muito aborrecida, porém, temos de aprender a dar valor ao facto de estar no nosso “cantinho”. Tenho explorado a culinária com a minha mãe, o que também fortalece a relação e é ótimo, porque o tempo passa a voar. Quanto aos meus amigos, posso assumir que a videochamada nos tem salvado a todos do tédio. Acabamos também por instalar a aplicação do momento “Houseparty” (serve para jogar vários jogos enquanto estamos em vídeo chamada) e rendemo-nos, não posso negar.
Espero que este momento terrível que estamos a atravessar, acabe o mais rápido possível para que possa voltar à minha rotina normal (fora de casa). Como adolescente que sou, passo a vida a queixar-me da escola e da rotina, mas é nestes momentos que damos o devido valor a essas pequenas coisas.
Boa tarde,
Beatriz Vieira (12ºF)



Dia 5 da quarentena, 20/03/2003 

Este final de semana foi provavelmente um cheirinho do que será o resto do isolamento. Desde quinta que não tenho vontade de fazer nada. Liguei o computador, não me apeteceu jogar, pensei em ver uma série, mas não me estava a cativar muito a ideia. Com isto, pensei em fazer algum trabalho para a escola, no entanto, tinha algo na cabeça que me ocupava o espaço todo e simplesmente deixei isso de lado. Felizmente, na sexta já consegui achar a motivação para fazer alguns exercícios e lá adiantei alguma coisa. 
É mesmo isto que tenho para dizer hoje, talvez fruto de um pequeno deslize tenha desorganizado as minhas ideias e deixei acumular trabalho, causando pressão desnecessária. Estou a pensar em criar um horário específico para não me deixar levar por pequenas tentações novamente. 
Como não posso deixar de falar de desgraças.... 
Bem, o número de infetados é de 1020, um número que é cerca de 4 vezes maior que o registado no início da semana…. No entanto, não foi só esta a causa de preocupação do dia, no meio da tarde recebi um mail da stora de biologia com a correção do teste. Fiquei cerca de 2 minutos a olhar para ele e a ganhar coragem para o abrir, mas lá abri. A nota não foi a melhor, mas como diria a velha Clarisse, o que importa é ter saúde. 
Por hoje é tudo, talvez na próxima te escreva em inglês, vamos ver. 

Pedro Carvalho (11ºC)


Este tempo… dia 7
20.Março.2020

Hoje, o dia começou mais sereno. O dia ou eu, nem sei! Tinha acabado de começar a Primavera e… chovia. Realmente, nem tudo acontece como o imaginamos.

Ontem, já depois de o dia ter terminado, alguém me recordava uma música pela qual não passo há anos. Hoje, voltei lá. Daquela forma que só os italianos sabem, Lucio Dalla canta-me L’anno Che Verrà [O ano que virá] e diz-me que «há-de ser três vezes Natal, festa todos os dias, cada Cristo vai descer da Cruz e também os passarinhos vão voltar. Há-de haver comida e luz o ano inteiro […] alguma coisa que nos incomoda muito agora vai desaparecer. Vê bem, cara amiga, o que eu te escrevo e o que eu te conto e como estou contente por estar aqui, neste preciso momento. Vê como ainda vamos rir de tudo. Vê como continuamos cheios de esperança. […]» E respondi-lhe: aqui estou! A fazer parte desse regresso.

*Sim, sei que uma folha de papel não ouve. Mas imagina lá que isso algum dia é possível. Fica aqui a tal música. Ah! E também sei que continuo a usar o antigo acordo ortográfico.

Margarida Corsino da Silva


20 março 2020

Querido diário,
Hoje, na parte da manhã, fui dominada por uma onda de preguiça que não me deixou fazer nada de vantajoso em termos escolares. Fiquei no quarto da minha irmã a ver séries enquanto ela tinha aulas digitais. Ultimamente tenho dado comigo a pensar que, se não fosse pelo encerramento da sua universidade, ela ainda estaria em Lisboa!
Para compensar esta manhã nada produtiva, passei a tarde a estudar e a realizar alguns exercícios de forma a não perder o ritmo. No final coloquei em ordem todas as tarefas que ainda vou ter de fazer ao longo do fim de semana e respondi aos meus emails em atraso.
Quando a minha mãe finalmente chegou a casa contou-nos como foi o seu dia de trabalho e a falta de conhecimento de certas pessoas que, perante a situação em que vivemos, ainda vão ao Centro tentar ter consultas de rotina, sem pensarem nas consequências…

Bem, por hoje é tudo…

Matilde Carvalho (11ºC) 


Dia 5 (20 de março de 2020)
Dear diary,
Today I decided to write you in English. The answer is the same - no!
Today was similar to the other days: doing some school exercises, video calling with friends... However, I started a new exercise routine with my sister to stay active and healthy.
This morning, the first case in the municipality of Póvoa de Lanhoso was confirmed. Now, more than ever, we must follow the guidelines given to protect ourselves and especially those who are most vulnerable, such as our grandparents...
I miss them so much! I haven't been with them in over two weeks, and I don't know when I'm going to be with them again. This uncertainty i'm left with makes me very sad… When am I going to hear my grandmother offer me more and more food again? When am I going to hear my grandfather ask again about his esteemed knife? I hope as soon as possible.
I can't stand being here this long without them!
Miguel Almeida. (11ºC)