domingo, 29 de março de 2020


29 de março 2020
                              
Querido Diário,

Hoje é domingo, dia que por norma costumo sair em passeio de família.
Não posso sair de casa, porque tenho de respeitar as ordens da Direção Geral de Saúde com muito cuidado para que ninguém do meu agregado familiar fique infetado com o tal maldito vírus covid 19.
Em casa tenho tomado todas as precauções e acompanhado todos os dias as notícias através das redes sociais ou da televisão.
É triste ver as imagens diariamente dos números de mortos e infetados que aumentam a um ritmo assustador.
Fiquem em casa que eu também fico!   


Maria Francisca Antunes (5ºA)



Dia 16 da quarentena, 29/03/2020 

O mundo parece que está em pausa. 
Já muitos eventos foram adiados ou cancelados e muitos mais terão o mesmo destino. 
É tudo uma incógnita, mas, como sabemos, para descobrir o real valor de uma incógnita, podemos usar uma equação. O único problema aqui é que para chegar a uma resposta com esta equação, precisamos de trabalhar em conjunto, e todos têm que fazer a sua parte. Não importa se é X ou Y, cada um tem um papel a cumprir. 
E acredito que, um dia, iremos todos estar em reunião no mesmo intervalo e ultrapassar este problema que nos mantém afastados num intervalo que preferia que não fosse real. 

Pedro Carvalho (11ºC)

Domingo, 29 de março de 2020
Querido diário,
estamos, hoje, no décimo quarto dia de quarentena e, como em todos os últimos dias, estive a ver as estatísticas do vírus em Portugal (número de mulheres / homens infetados, taxa de mortalidade, óbitos por faixa etária, entre outros dados). Sempre que as vejo, penso no quão importante tem sido a Matemática no controlo da pandemia e, como tal, resolvi escolher a Matemática como tema de hoje.
Até ao quinto ano, odiava Matemática. E porquê? Bem, eu era péssima na resolução de problemas, então, enquanto tinha sempre “Excelente” a Português e Estudo do Meio, a Matemática tinha “Satisfaz Bastante”; como a nota de Matemática destoava e era a única área onde apresentava dificuldades, não era uma disciplina que me interessasse propriamente. Porém, desde que iniciei o ensino básico, comecei a gostar cada vez mais da disciplina e, agora, é uma das minhas preferidas.
Do meu ponto de vista, a Matemática é bastante útil no nosso quotidiano e, agora, temos mais uma prova disso: como já te disse, as estatísticas do desenvolvimento do coronavírus (quer em Portugal, quer no resto do Mundo) têm sido cruciais para entendermos como este se propaga, quem tem mais probabilidade de não resistir, etc., por isso, a Matemática é indispensável no combate ao Covid-19. Como já deves saber, existem várias outras utilidades da Matemática, presentes em coisas tão simples como ver as horas ou a data, numerar um exercício, pagar as contas e muito mais.
É certo que a Matemática não é das disciplinas mais fáceis mas, com esforço e dedicação, traz-nos bastantes mais utilidades que dores de cabeça.

Maria João Fontão (11ºC)


29/03/2020

Olá diário,
 Hoje acordei um pouco indeciso sobre as horas que eram, uma vez que era dia de mudança de hora, e, por isso, os relógios não estavam certos e não sabia se havia adiantamento ou atraso de hora. É o segundo dia de férias e decidi finalmente passear o meu cão. Ou seria mais correto dizer, ser passeado pelo meu cão?
 Sempre que o vou passear, enfrento situações muito embaraçosas, como por exemplo, ser puxado e ser obrigado a correr para o acompanhar, ou quando ele decide, de repente, mudar de direção e enfrento uma luta infernal para conseguir convencê-lo a seguir o caminho certo. Durante este passeio, reparei que algo estava diferente. A nível de circulação nas ruas da minha aldeia, tudo estava muito vazio e silencioso. Talvez isto acontecesse devido ao facto de ser a hora de almoço, ou será que as pessoas finalmente estão a respeitar a quarentena? O único ruído que se ouvia eram as profundas e aceleradas respirações do meu cão durante todo o caminho. Já não saía de casa há cerca de duas semanas e, de facto, a brisa do vento e o contacto com o ambiente, melhora consideravelmente o sentimento de tristeza causado pelo isolamento. Talvez incorpore este hábito na minha rotina diária…
 Até amanhã.
Fábio Rodrigues (11ºC)

Dia 14 (29 de março de 2020)
Querido diário,
Hoje, depois de fazer a minha rotina de exercício físico, assisti a uma eucaristia em direto com a minha irmã integrada no Escutismo em Casa. Foram, sem dúvida, momentos para relaxar e refletir acerca destes tempos.
Nunca te escrevi sobre isto mas estou eternamente grato por aqueles que abandonam o seu lar e a sua família para cuidar dos outros. O meu enorme obrigado a todos os profissionais de saúde por, mais uma vez, cumprirem a sua missão em salvar vidas, mesmo quando estão numa situação de risco.
Não sei quando voltarei a escrever-te. Temo que estes dias sejam muito idênticos entre si e semelhantes aos que viriam se tudo corresse normalmente, por isso, desde já te agradeço por me teres ouvido e teres sido um ombro amigo com o qual pude contar para desabafar nestas duas semanas. Foram dias diferentes e escrever-te dava-me mais confiança para enfrentar um novo dia.
Até já, querido diário,
Miguel Almeida. (11ºC)

Querido diário,
É domingo e, novamente, não acho que o seja. A minha rotina está completamente do avesso e nenhum dia faz realmente sentido. Todos eles tinham significados especiais e perderam-no com a quarentena, tornando-se apenas mais um dia, mais 24 horas para passar. Nunca pensei que um mero dia tivesse tanta importância. Acho que tenho que lhes arranjar novos significados para se tornarem mais particulares.
Espero que estejas bem.
Marina Peixoto (11ºD)


Este tempo… dia 16
29.Março.2020

Por estes dias, a pergunta é recorrente: como estás? E os teus? Fui respondendo: está tudo bem, graças a Deus. Sim, os meus estão bem. E fico muito feliz por isso. Mas, hoje, fiquei a pensar. E aqueles que sofrem por causa desta pandemia? E os que estão a passar tantas dificuldades – de tantos tipos – por causa dela? E os que se veem impotentes para responder aos inúmeros pedidos que lhes são feitos? Não são também meus? E não estão bem! Se nalguma coisa muito concreta esta situação me faz pensar é que não somos sozinhos. Todos dependemos uns dos outros. Todos nos contagiamos uns aos outros – no bem e no mal. Afinal, todos somos uns dos outros. E todos são meus. Uns muito próximos e outros lá longe. Como estão os meus

Margarida Corsino da Silva