terça-feira, 14 de abril de 2020

aepl.estetempo 14.abril.2020


Terça-feira, 14 de abril de 2020
Querido Diário,

Hoje foi outro dia normal em casa. Estamos em quarentena devido a uma crise mundial, e à doença Covid-19. Não sei quando vai acabar, quando é que as coisas voltarão ao normal. Penso, tal como nos é referido pelas Entidades de Saúde que a melhor forma de fazer diminuir o número de infetados é todos permanecermos em casa e usar máscaras, quando sairmos de casa. Mas... nem todos fazem isso.
Estes 31 dias que fiquei em casa, tive aulas por vídeoconferência e trabalhos de casa, depois entrámos em férias de Páscoa, por isso deixei de ter aulas. Aproveitei para concluir a leitura do livro “Memorial do Convento” e comecei a fazer exames de anos anteriores ( de Português e de Matemática ) para rever conteúdos dos 10.º e 11.º anos.
Hoje, era suposto ser o 1º dia de aulas do 3º período, mas com esta situação ainda grave, no país, não conseguimos assistir a aulas presenciais, mas vamos ter aulas virtuais.
                                 

  Sofia Chen (12.ºB) 


Terça-feira, 14 de abril de 2020
Querido diário,

Estamos, hoje, no trigésimo dia de quarentena e vou falar-te de outra das consequências da pandemia da Covid-19.
Li uma notícia que dizia que mais de 117 milhões de crianças podem deixar de ser vacinadas contra o sarampo. Por muito que, por norma, não tendamos a preocupar-nos com esta doença, dado que se encontra bastante mais controlada, esta ainda é uma realidade drástica para vários países. Na mesma notícia, li que os casos têm vindo a aumentar bastante, logo, ao deixar de se vacinar as crianças contra o sarampo, estes poderão vir a aumentar mais ainda.
Acho que não restam dúvidas de que o coronavírus é uma doença de enorme gravidade e, para além dos problemas que causa nas pessoas infetadas e ao nível económico, traz consequências para outras áreas da saúde, como é a do sarampo. E, mais uma vez: é essencial que todos se consciencializem de que respeitar as ordens dadas pela OMS é a única forma de se conter esta pandemia o mais rápido possível, para que os efeitos da crise causada (que afetará todos os setores) sejam minimizados e se possam salvar vidas.
Maria João Fontão (11ºC)


Dia *sinceramente não sei* da quarentena, 14/04/2020 

Acho que nunca mais vou acabar as minhas páginas com um “Até à próxima”. Faz mais de uma semana que não te escrevo. Deixei a Páscoa passar sem te perguntar se querias fazer uma caça aos ovos. Seria interessante, nunca fiz nenhuma, afinal de contas, não tem piada se for eu a esconder e a procurar. Ser filho único tem destas coisas, temos de procurar atividades que sejam possíveis com apenas uma pessoa, como chutar a bola contra um muro por exemplo. Não estou a dizer que ser filho único é mau, adoro o meu espaço e ter toda a atenção paternal só para mim também é bastante bom, tenho que admitir. Às vezes torna-se é um pouco frustrante ser o único que nasceu depois de 2000 nesta casa. 
Hoje foi dia de começar de novo. Desta vez não foram só tarefas de matemática, pareceu mesmo um dia de escola em casa. Para muita gente isto pode ter sido cansativo, mas por mim, eu digo ALELUIA, finalmente tenho algo produtivo para fazer. 
Espero amanha estar aqui outra vez. 
Até à pró... ahh, enganei-te, vemo-nos amanhã 
Pedro Carvalho (11ºC)


Dia 21 (14 de abril de 2020)
Querido diário,
Hoje foi o primeiro dia de aulas do terceiro período. Um dia em que iríamos rever os nossos amigos e professores mas que, em vez disso, contactamos virtualmente, como temos feito até agora.
Avizinham-se, pelo menos, dois meses de trabalho diferentes, é certo, mas nos quais devemos dar o nosso melhor e continuar a acreditar que tudo irá regressar à normalidade.
Miguel Almeida. (11ºC)


Querido diário,

Hoje foi o primeiro dia de aulas digitais. Para ser sincera não estou nada familiarizada com isto. É tudo muito diferente. Estar em casa, no conforto, rodeada de todo o tipo de distrações e ter aulas. Mas por hoje correu tudo bem.
Acordei um pouco antes das 8 horas e, depois de me preparar, comecei com matemática. Assisti a dois vídeos explicativos da nova matéria e, posteriormente, resolvi alguns exercícios relacionados com a mesma. De seguida, li mais um capítulo d’Os Maias, uma parte bem intensa e importante na intriga principal. De tarde, sem deixar esta história de lado, foi hora de me dedicar ao capítulo que aborda o jantar no Hotel Central, analisando e resolvendo umas fichas que a professora enviou. Por fim, seguindo as diversas orientações da professora de geografia, viajei pelas diversas redes de transporte nacionais com especial incidência na Rede Ferroviária Nacional através do visionamento de dois vídeos.
Tudo isto é um desafio muito grande para todos os milhões de alunos que se estão a adaptar a esta nova realidade. Era um método até então impensável e que será sempre recordado pelas futuras gerações como uma vitória, na medida em que juntos ultrapassamos as contrariedades desta pandemia.

Marina Peixoto (11ºD)


14.04.2020
Querido diário,

Com o aparecimento deste novo vírus, que veio abalar o mundo, estou a precisar de desabafar. Não sei como começar nem mesmo como me expressar, sinto-me exausta e estou inteiramente devastada por não poder estar perto dos meus.
Escrever-te é como uma terapia, que me alivia a dor de não poder abraçar aqueles que realmente me são queridos. Nestes dias, apenas se consegue dizer "olá ". Mas esta maldita doença é temporária e este tempo de isolamento será recompensado…
Neste momento, o que mais me preocupa é o contágio deste vírus. É claro, que a subida drástica de infetados e de mortos que acontece todos os dias, em todo o mundo, continua a ser tremenda e assusta-me demasiado. Temo, é arrasador.
Este é mais um dia que me deito com a consciência de que cumpri o que me é pedido e que infelizmente a doença permanece nas nossas vidas.

Sandra Castro (12.ºB)


[recuperado de 13.abril.2020]

13 de abril de 2020
Querido diário,

Hoje acordei, vesti-me e preparei-me, pois a Páscoa na minha freguesia é à segunda-feira. Estava pronta para ir à missa e para depois seguir na visita pascal, a minha família é muito grande, por isso o número de casas a visitar também é muito grande.
Começámos pela minha casa a beijar a cruz e, de seguida, partimos para a casa da minha tia e sempre assim até por volta das 11 horas. Num lugar na minha freguesia há sítios onde se fazem tapetes de flores e depois se juntam as pessoas da freguesia. Este momento acaba com um discurso. Ah, como está a ser tão bonito este dia...
De repente acordo e percebo que tudo o que estava a viver eram apenas memórias de anos anteriores. Hoje o Dia de Páscoa foi vivido sem estar com a família e sem conviver. Esta quarentena não nos permite sair de casa e “obriga-nos” a manter o distanciamento social.
Depois de saber que a minha família vai continuar a crescer, e como sou privilegiada – vivo num lugar que me permite contacto com a natureza em silêncio e em solidão - decido sair um pouco e fazer uma caminhada pelo monte, respirar um pouco de ar puro e ouvir o som da natureza, em vez de ficar a ouvir o telejornal a falar do novo vírus e dos números de mortes e de infetados…

Ana Carvalho (12.ºC)