Querido diário,
Há cerca de um mês que estamos em quarentena e começa a ser um pouco
cansativo. Estar na minha casa, no meu quintal, no meu jardim, todos os dias
sem ver e conhecer algo diferente torna-se desinteressante. Tenho saudades da
escola, das ruas mais ou menos tumultuosas com risadas e pessoas apressadas com
os seus afazeres, dos meus amigos, colegas e professores que preenchiam o meu
dia, dos meus familiares sempre carinhosos e acolhedores.
O coronavírus continua a infetar e a matar milhares de pessoas em todo o
mundo e a deixar os países quase em suspenso. Alguns economistas vão analisando
o impacto que esta pandemia terá na nossa economia conforme a duração da mesma
e prevê-se, no pior dos cenários, uma crise muito pior da que ocorreu em 2011,
com uma resseção económica que poderá chegar aos 20%. Já se registou um aumento
significativo do desemprego o que dificulta ainda mais a situação das famílias
portuguesas. Vai ser bastante complicado recuperar desta situação, mas como já
te tenho dito, juntos conseguiremos.
Por enquanto continuo com as aulas em casa, sem infringir as medidas de
isolamento social.
Marina Peixoto (11ºD)
15/04/2020
Hoje foi o segundo dia a ter aulas online.
Usámos, pela primeira vez, uma plataforma
para comunicarmos com os professores em tempo real, com certeza há coisas
a melhorar, mas não podemos esperar muito de uma primeira vez.
De resto, o dia foi um pouco cansativo com algumas
tarefas a fazer e matéria nova para perceber, mas pelo menos estamos a trabalhar, é o que importa.
Até Breve.
Pedro Carvalho (11ºC)
Quarta-feira, 15 de abril de 2020
Querido diário,
Estamos, hoje, no trigésimo
primeiro dia de quarentena e o ensino à distância é, agora, uma realidade.
Sempre quis saber como seria ter
aulas em casa, ou através de dispositivos eletrónicos. Este período, as aulas
adotarão este método, até que estejamos livres de perigo, por isso, já sei como
funciona.
E o que descobri? Por muito que o
ensino à distância até esteja a ser menos stressante,
dado que os horários são um pouco menos rígidos (ou, pelo menos, até ao
momento), o facto é que traz bastantes outros problemas. O maior deles é o
daqueles que não possuem meios para aceder à internet, pois não têm como ter acesso aos conteúdos, ficando em
desvantagem perante os outros colegas. E, para aqueles, que têm acesso à internet, há ainda outro problema: estar
em casa, num ambiente tão relaxado e no meio de tantas coisas que nos podem
distrair, reduz bastante a nossa motivação para realizar as nossas tarefas.
Mesmo com todas as adversidades,
tento sempre animar-me para estudar e manter o mesmo esforço pois, por muito
que este esteja a parecer um 3º período bem mais relaxado, não o é: os
conteúdos são necessários para progredir no ensino e, para além disso, ainda
existem exames pela frente.
Maria João Fontão (11ºC)