Quinta-feira, 16 de abril de 2020
Querido diário,
Estamos, hoje, no trigésimo segundo
dia de quarentena e li um texto que falava, entre outros assuntos, sobre a
falta de paciência humana.
Este é um assunto sobre o qual
nunca tinha refletido mas, de facto, está bastante presente na nossa sociedade.
Nos dias que correm, criam-se cada vez mais formas de tornar as nossas tarefas
diárias mais rápidas e cómodas: já não é tão comum tomar um café na rua, pois podemos
fazê-lo em casa, usando máquinas de café; já não se esperam meses por cartas de
quem está afastado de nós, pois são inúmeros os meios de comunicação, que são significativamente
mais rápidos; já não demora tanto a escrever um livro, pois a maioria deles são
feitos em computador.
É óbvio que tudo isto torna a vida
bastante mais fácil mas, por outro lado, a nossa paciência tem reduzido
bastante – estamos tão habituados a ter tudo de forma rápida, que ter de
esperar mais um pouco torna-se um enorme problema. Consequentemente, ao longo
dos tempos, temo-nos vindo a tornar pessoas cada vez mais intolerantes, o que
se exprime, também, nas relações que temos com o próximo: a nossa falta de
paciência faz com que, por vezes, nos tornemos rudes com os outros, mesmo que
eles não sejam responsáveis pela mesma.
Enfim, este é mais um dos problemas
que nos tem trazido o desenvolvimento tecnológico que, por muito que nos traga
inúmeras vantagens, molda de forma muito diferente a nossa personalidade. Por
muito que esteja inserida na “geração da tecnologia”, reconheço que devamos ser
mais controlados no seu uso, não nos deixando “apoderar” pelos mecanismos
tecnológicos cada vez mais modernos.
Maria João Fontão (11ºC)
Dia 22 (16 de abril de 2020)
Querido diário,
As aulas à distância continuam e o facto de haver horários
estipulados para realizarmos as tarefas obriga-nos a adotar uma rotina e a
organizarmo-nos muito bem de forma a conseguirmos entregar o nosso trabalho a
tempo. Tem sido um bom desafio nestes dias…
Hoje, partiríamos em visita de estudo à Corunha. Uma viagem que
seria um bom momento para relaxarmos e nos desligarmos das aulas e aproveitar
para conhecer novos lugares, vivenciar novas experiências e reforçar os laços
de amizade com os nossos amigos, que há tanto tempo sinto falta.
Miguel
Almeida. (11ºC)
Querido diário,
Hoje foi um dia bastante cansativo. Tive muitas tarefas para realizar
e alguma delas implicavam muita atenção e concentração pelo que tínhamos nova
matéria a abordar. Matemática, depois geografia, mais matemática, de seguida
português e por fim economia. Posso dizer que foi um dia em grande.
Estas aulas online estão a
ser bastante produtivas, mais do que o que eu pensava. Por isso, estou com um
sentimento muito positivo e que assim continue para terminar este período o
melhor possível. ~
Marina Peixoto (11ºD)
Este tempo… dia 34
16.Abril.2020
Desde segunda-feira que voltaram
os longos dias de trabalho. Oxalá valham a pena…
Agora mesmo, recebi uma
notificação a dizer que em Maio haverá um recomeço. Senti-me esquisita: por um
lado uma vontade enorme que isso aconteça, por outro o que é que mudou para permitir
isto?
Margarida Corsino da Silva