quinta-feira, 14 de maio de 2020

aepl.estetempo 14.maio.2020


Quinta-feira, 14 de maio de 2020
Querido diário,
Estamos, hoje, no sexagésimo dia de quarentena. Há alguns dias, contei-te que o foco dos sistemas de saúde de todo o mundo é o coronavírus, não restando espaço para as outras doenças.
Li uma notícia que dizia que milhares de crianças podem morrer devido aos impactos que o coronavírus tem causado no setor da saúde. A meu ver, a comunicação social deveria abordar mais estes temas e não se focar tanto no vírus: parece que a sociedade se esqueceu que a Covid-19 traz outras consequências, para além da crise e do número de mortos e infetados. As restantes doenças ainda existem e têm vindo a ser desvalorizadas – e não me estou a referir ao facto de não se estarem a disponibilizar os tratamentos “normais” (o que é compreensível), mas sim ao de a população, no geral, apenas se manifestar solidária perante as vítimas da pandemia (quer economicamente, quer em termos de saúde): tal como se organizam eventos para ajudar essas pessoas, dever-se-ia fazer o mesmo para as que padecem de outras doenças.

Maria João Fontão (11ºC)


Querido diário,

As aulas presenciais estão cada vez mais próximas e começou a contagem decrescente.
As escolas já estão a receber os materiais de proteção, como máscaras, luvas, gel desinfetante e aventais, a preparar o recinto exterior, a arrumar as salas de aula, excluindo tudo aquilo que é desnecessário e reorganizando as mesas e cadeira para se manter o distanciamento necessário entre todos, e a formular os novos horário das várias turmas e as normas a cumprir pelos alunos, docentes e funcionários. Todas estas mudanças são extremamente necessárias para que tudo funcione de forma segura, calma e dentro da normalidade possível.
Ontem, recebi o meu novo horário. Gostei bastante de ter apenas aulas de manhã nos três dias que me couberam, terça, quarta e sexta. Neste sentido, não preciso de almoçar na escola, permanecendo o menos tempo possível na escola. Contudo, estou um pouco preocupada com os transportes, porque em tempos normais eu teria, um de manhã para ir, por volta das 8h45min e, para regressar a casa, às 13h20min. Ou seja, como as minhas aulas têm início às dez horas e terminam ao meio-dia e meio, terei que esperar cerca de uma hora nas duas situações. Espero que os horário sejam reformulados para que eu não tenha que esperar tanto tempo ou que a câmara, tal como nos foi dito, consiga contratar empresas de transportes que se adaptem aos vários horários. De qualquer modo, hei de me adaptar.
São muitas as questões que tanto os professores, as direções das escolas, os funcionários, os pais, os alunos e as autarquias estão a tentar controlar para que este regresso corra bem.
“Que este início de aulas represente o começo de uma saudável e sábia aventura!”


Marina Peixoto (11ºD)