domingo, 24 de maio de 2020

aepl.estetempo 24.maio.2020



    Domingo, de maio de 2020
    Querido diário,

    Estamos, hoje, no septuagésimo dia de quarentena. Li uma notícia que dizia que, se todos os países consumissem tanto como os portugueses, os recursos do planeta acabariam segunda-feira.
   Esta informação, aliada à redução da poluição causada pelo isolamento, deveria fazer-nos refletir acerca do quão consumista a nossa sociedade é. Adquirimos vários recursos desnecessários, pelo que deveríamos controlar as nossas compras, para além de evitar desperdícios (alimentares, por exemplo).
  Por muito que achemos normal acompanhar os lançamentos de todos os produtos (como os dispositivos tecnológicos), não é: devemos pensar e tentar entender se realmente necessitamos de comprar um telemóvel novo, ou um computador, ou roupa, ou o que quer que seja. Só assim conseguimos melhorar a "saúde" do nosso planeta.

Maria João Fontão (11ºC)



Querido diário,

Hoje pareceu um dia em pleno verão. A temperatura esteve alta, o que convidou muitas pessoas a irem à praia ou ao rio, contudo eu fiquei por casa, mas adoro este tempo de calor, com o sol a brilhar permanentemente, o céu azul claro, toda uma harmonia.
Estive, durante a tarde, a preparar a minha atividade de português. Agora, vamos iniciar um novo capítulo onde iremos abordar dois poetas, Antero de Quental e Cesário Verde. A verdade é que eu sempre tive algumas dificuldades em poesia, pelo facto de a interpretação dos poemas ser muito subjetiva e cada palavra ou expressão ter um significado ou simbologia diferente, dependendo do contexto. Mas, eu decidi manter-me imparcial e começar esta fase poética de espírito aberto, tentando perceber o lado bom e maravilhoso do texto lírico.
“A poesia é o sentimento que sobra ao coração e sai pela mão!”

Marina Peixoto (11ºD)



Tenho a sorte de neste tempo poder fazer caminhadas. Vejo as aves a voar, a cantar em plena liberdade… e nós em liberdade e com medo …
Eu sinto-me mais uma ave, pois consigo ter o privilégio de dar a minha caminhada e sentir-me livre como as aves.

Ernesto Pereira, 12.ºC




A realidade dos dias de hoje desencadeou um conflito de emoções em mim.
Comecei por me sentir revoltado e perdido, com constante receio deste vírus letal e desconhecido.
A palavra "mortes" e a palavra "infetados" despertavam em mim uma sensação de revolta e de medo…
Não podia continuar assim. Decidi abster-me das notícias tristes e avassaladoras de todos os dias
Hoje dou graças a Deus por Portugal estar numa situação muito positiva, sinto-me mais alegre e esperançoso e olho para a vida de uma forma diferente…

Francisco Oliveira, 12.ºC



A cada dia que passa,
Sinto que perco a definição de liberdade,
E questiono-me se
algum dia lhe dei o verdadeiro valor
Sinto-me escravo de mim próprio,
limitado no movimento e no pensamento.
Olho as aves,
E consigo perceber a mais pura definição de liberdade,
Ah! Quem me dera poder voar!

João Oliveira 12.ºC