Querido diário,
Estou um pouco à nora. Estive a analisar a minha
parte de um trabalho que temos que fazer sobre Filosofia da Religião e não sei
por onde começar nem como descodificar a informação. O mais estranho é que eu
percebi aquilo que li nos vários documentos e livros, mas não sei a melhor
forma de passar os conteúdos para o papel.
Toda a matéria é nova, cada tópico tem palavras ou
expressões que nem sempre são fáceis e eu quero muito que o trabalho escrito
fique bem estruturado, o máximo completo e perfeitamente compreensível. Neste
sentido, estou meio perdida entre tanta coisa e tenho receio que não consiga
encontrar o melhor caminho para resumir e explicar tudo.
“Forte por fora, tantas confusões por dentro!”
Marina Peixoto (11ºD)
Segunda-feira, 25 de
maio de 2020
Querido diário,
Estamos, hoje, no
septuagésimo primeiro dia de quarentena. Recentemente, e com as temperaturas
mais quentes, um dos assuntos mais falados é o da grande afluência às praias.
Neste calor, é normal que
as pessoas queiram sair e distrair-se um pouco. Contudo, a meu ver, têm havido
demasiadas precipitações por parte de vários portugueses, que insistem em
visitar determinadas praias mesmo sabendo que estão lotadas, pelo que se torna
impossível cumprir a distância de segurança.
Agora que a pandemia
está mais estabilizada no nosso país, temos mais liberdade para sair, mas não
nos podemos esquecer que as medidas de contenção têm de ser estritamente
cumpridas, para que a nossa situação continue estabilizada.
Maria João Fontão (11ºC)
Hoje,
olhei pela janela do meu quarto. Lá fora vi Natureza, vida! Vi flores, árvores
de todos os tamanhos, vegetação, animais, terra, folhas, frutos, o céu, nuvens,
o sol... É engraçado como são as coisas mais mundanas que nos fazem mais falta durante
este tempo, talvez por nunca termos pensado que algum dia poderíamos ser
impedidos de usufruir da sua companhia, talvez por só agora aprendemos a
atribuir-lhes o seu devido valor, não sei! Ao olhar pela janela senti algo
estranho, senti que apesar de estar no conforto e segurança do meu quarto, me
tinha transportado para fora dele, para o meio da Natureza... ver tanta vida à
minha volta deu-me esperança, fez-me perceber que apesar de os tempos que
passamos serem difíceis, melhores virão!
José
Afonso Maior, 12,ºC
Aqui à janela onde ninguém me vai ouvir
Fico a pensar no mundo,
que outrora vi rir.
Mas toda esta felicidade que o mundo
tinha,
Foi-lhe retirada,
assim como uma flor que outrora foi
minha.
Essa flor que hoje toma vida,
É como a liberdade.
Nunca a considerei a coisa mais
importante,
Porque a tomei sempre por garantida.
Mas hoje percebo o quanto essa flor é a
vida.
Juliana
Antunes, 12.ºC
Tenho a felicidade de acordo todos os dias de manhã
com o som das aves. É um espírito de vida em liberdade na natureza. O que hoje
nós no mundo inteiro não podemos ter. Nunca lhes tive tanta inveja. Talvez por
nunca ter tirado um minuto para as apreciar, por ter dado tudo como garantido.
Agora, sento-me na relva a ouvi-las, fecho os
olhos, e sonho com o dia em que tudo vai voltar à normalidade. É difícil passar
dias fechados em casa, agarrada às tecnologias e não aproveitar o mundo lá
fora. Um ser invisível tirou-me tudo isto que sei que vai demorar até que o
consiga reaver.
Juliana Sousa, 12.ºC