Quarta-feira, 27 de
maio de 2020
Querido diário,
Estamos, hoje, no
septuagésimo terceiro dia de quarentena. Nos últimos anos, um dos temas mais
abordados é o do estabelecimento de padrões de beleza.
Considero que esta seja
uma tendência tóxica da nossa sociedade, uma vez que o conceito de beleza é
bastante subjetivo, pelo que não deve criar-se um padrão de “pessoa perfeita”.
A meu ver, cada um tem o direito de fazer o que desejar com a sua aparência
(desde que isso não prejudique a sua saúde); por isso, não acho errado que
alguém lute por ter um corpo que se encaixe nos padrões, desde que o faça por
vontade própria e não por causa de opiniões (geralmente destrutivas) de outras
pessoas.
Devemos sempre preocupar-nos
em fazer aquilo que nos faz sentir melhor e “filtrar” aquilo que nos dizem, de
forma a perceber quais as “opiniões” maldosas e quais têm como objetivo
ajudar-nos. Ao mesmo tempo, é importante que percebamos de que forma os nossos
comentários podem afetar os outros – sinceridade não se trata de criticar tudo
o que vemos e não nos agrada, mas de dar a nossa opinião (sincera), pensando
sempre em como esta pode afetar o próximo.
Maria João Fontão (11ºC)
Querido diário,
Já estamos a meio de
mais uma semana. Passou tão rápido que mal dei por isso. Tenho preenchido os
meus dias com aulas presenciais, aulas à distância, trabalhos, tarefas,
exercício físico, preparação para o exame de Economia.
Já me estou a
habituar às novas regras e ao uso da máscara. Por vezes ainda é complicado,
principalmente agora que está muito calor, fica muito abafado e fica toda húmida,
mas fora isso, têm sido momentos agradáveis, com os professores e amigos, e
tenho aprendido mais.
Nas disciplinas à
distância, português, já começamos o estudo de Antero de Quental e, matemática,
estamos a resolver problemas de otimização. São ambas bastante complexas e
importantes não só porque teremos exame nacional para o ano, mas também porque
são essencial para a nossa vida futura.
De um modo geral, tem
sido uma semana bem completa.
Marina Peixoto (11ºD)
O tempo passa
Mas a saudade permanece,
O futuro continua incerto
Porém a esperança prevalece.
Ouve-se o vento bater na janela,
Como se me estivesse a chamar.
Sente-se o sol a bater na cara,
Como se viesse para me salvar.
Houve vezes que
perdi a minha fé quando achei que o mundo não ia conseguir. Nesses momentos
apareceu-me sempre uma luz para acreditar. Comecei a dar mais frutos
aqui dentro fechada. E às vezes penso como mesmo sem sair de casa, cada um não
deixou de lutar pela sua ave, pela sua
água, pelo seu habitat, pelo seu viver …. Foi também tempo de refletir que em
vez de ficarmos uns contra os outros a hora é de união. E é de luta contra este
fogo infernal que nos mata.
Milene Meira, 12.ºC