Porque hoje é sábado (dia
23 de janeiro)
Como tinha anunciado, proponho-me
hoje escrever sobre a Netflix.
Curiosamente, reparo que uma aluna do 12º B também escolheu este tema.
Queixa-se a Helena da publicidade
enganadora da Netflix, da insistência
dos anúncios/trailers muito tempo
antes da saída das séries ou filmes, da deceção por serem poucos os episódios
disponíveis e, pior ainda, a série ser cancelada se não obtiver lucro.
Confesso que me incomodou a ideia
expressa do stress que é esperar pela
série porque obcecada pela história…
Sei que isto se passa com muitos
jovens e adultos também. Não vou emitir juízos de valor, antes apresentar, além
de uma pequena, digamos, ”biografia da Netflix”, alguns dos aspetos mais obscuros
desta tão apreciada (ou nem tanto, segundo a Helena) plataforma.
Netflix deve dizer-se no feminino, pois trata-se de uma rede de
streaming.
A palavra "net" vem diretamente da palavra
"Internet" e "flix" é uma derivação de "flicks", uma gíria para "filmes".
A Netflix surgiu em 1997, criada por Reed Hastings e Marc Randolph.
Com o nome de NetFlix (com o F
maiúsculo) até 2002, a empresa foi criada para funcionar como uma locadora de
filmes, com entregas ao domicílio. Aproveitando a novidade que eram os DVDs, os
usuários entravam no site da Netflix
e escolhiam o título desejado a ser enviado pelos correios. Os clientes podiam
alugar até 8 filmes e ficar com os títulos o tempo que desejassem. Em 2007, 10
anos após seu lançamento, a Netflix
decidiu entrar no ramo de streaming e
passou a oferecer conteúdos no formato de acesso imediato.
E o que significa streaming?
Trata-se de uma tecnologia que possibilita a transmissão online de áudio e vídeo através de dispositivos sem armazenamento
prévio. Deste modo, podemos consumir conteúdos de maneira instantânea e sem a
necessidade de downloads, pois o
fluxo de dados é feito em tempo real.
O serviço de streaming da Netflix
funciona em mais de 190 países e tem um grande acervo de conteúdo global com
originais Netflix: filmes,
documentários e séries premiados.
A Netflix funciona em diversos dispositivos móveis (tanto iOS ou Android), embora a preferência vá para as televisões.
A Netflix revolucionou a produção de séries de televisão e filmes. Enquanto
os canais de televisão mantêm a audiência
cativa lançando um episódio por semana e com pausa no meio das temporadas, a Netflix
deixa todos os capítulos disponíveis de uma só vez. Os espetadores assistem
quando quiserem e quanto quiserem.
Algumas críticas que lhe são
apontadas:
a) filmes e séries chegam com mais ou menos um
ano de atraso após lançamento.
b) embora se pague religiosamente
uma assinatura, nada do que ali está é nosso, ou seja, tornamo-nos reféns de distribuidores
e serviços, só assistindo àquilo que eles quiserem.
c) ter de interromper uma
maratona de séries porque ela foi retirada do ar nos últimos momentos.
d) contribui para que fiquemos
viciados na plataforma dando a sensação de que estamos a tirar partido da
assinatura à medida que assistimos a mais e mais filmes e séries.
e) não ter a possibilidade de
fazer Zapping, um dos charmes da televisão tradicional.
f) a empresa recusa-se a divulgar os seus dados sobre audiências.
Por fim, e quanto a mim relevando
de alguma gravidade (se na verdade a informação for fidedigna), é o seu impacto
ambiental.
Diz-se na Wikipedia que, diferentemente de outras grandes plataformas de streaming de vídeo, a Netflix não fornece relatórios regulares
sobre o uso de energia, as emissões de gases, de efeito estufa ou o mix de energia real das suas atividades
globais.
E ainda que, até agora, a Netflix não se comprometeu publicamente
a usar energia renovável.
Para que conste, a fim de não me
viciar nas séries, nem contribuir para o lucro desta empresa, só vejo alguns
canais de televisão e procuro, sempre que possível, ir ao teatro, arte que me fascina
e não traz nenhum mal ao mundo.
Sites consultados: https://www.techtudo.com.br/listas/2019/07/o-que-significa-netflix
https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/10/o-que-e-streaming
https://pt.wikipedia.org/wiki/Netflix
Rosa Sousa