O sol dá vida, mas seca a terra.
O outono traz consigo a chuva
que, por vezes nos incomoda, mas é benéfica para o solo.
E permite-nos a beleza do arco-íris.
Não serão estas cores e estes ciclos da natureza
uma leitura da nossa realidade humana?
Cores da vida
Brilha
incessantemente!
Contemplam-na
e ela dá-lhes vida,
Mas a pobre
terra fragmenta-se.
Cada pequena
fenda
É uma grande
ferida.
E ela,
bondosa, lá no céu
Permanece só
e cintilante.
Miram aquele
azul
Eterno e inquietam-se…
De longe,
suave e quente, a brisa
Beija o solo
rendido em pó.
Mas o
equinócio veio
E colhe-se a
castanha.
Cada rasgo
anseia por uma lágrima
Do
acinzentado algodão denso.
Eis que
chora por fim!
Ela bebe
incansável,
Fitando a
estrela semioculta,
Resplandecente
e feiticeira;
Os raios
brotam magia
E as cores
fazem festa.
A luz
trespassa alegre as gotas
E o mundo renova a energia.
Marina Peixoto 12.º D