segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Tributo ao Afonso Fonseca - poema

 In memoriam 

Publicado há um ano neste blog




Sempre do teu lado, mas distante,

Adiei, por acaso, este poema:

Encheste a minha vida redundante

De suspense, de ternura e alfazema.

 

Pegavas no cinzel da inspiração,

E depois, por instinto ou por magia,

Plantavas no palco solidão,

Amor, encanto, toneladas de ironia.

 

Afonso das palavras magistrais,

Sereno como as águas, triunfante,

Tinhas na Alma a beleza dos cristais

E na Vida a frescura do instante.

 

De saudade, mais um dia, tu fizeste,

Que irrompe por nós, sem nos dizer

Que um mestre é sempre um mestre

Ainda que o não possamos ver…

JM