Na última semana de escola o Jardim de Infância de Taíde promoveu a Semana Cultural para a qual definimos diferentes atividades para cada dia da semana.
Na última semana de escola o Jardim de Infância de Taíde promoveu a Semana Cultural para a qual definimos diferentes atividades para cada dia da semana.
Nem sempre
nos parecem fáceis as ligações entre passado e presente, mas de facto, eles
estão inevitavelmente interligados. Atualmente observamos bastante ceticismo em
relação a muitos acontecimentos históricos, mas, uma coisa é o facto que
aconteceu e outra, bem diferente, são as interpretações que dele são feitas,
umas mais válidas que outras. Mas o mais preocupante é a perspetiva de que o
progresso e a evolução da Humanidade são lineares. Esta afirmação é falsa e
tentarei demonstrar isso através desta síntese. O que será que mudou e
permaneceu nos últimos 100 anos e de que forma?
Neste
enquadramento temporal, a primeira mudança que eu considero importante foi a
refutação da teoria positivista. No século XIX, as significativas descobertas
em termos do conhecimento científico e os avanços da medicina trouxeram um
sentimento extremo de otimismo para o futuro. Esta ideia de que o futuro é
previsível e o progresso é contínuo, entrou em colapso com o desencadear da
Primeira Guerra Mundial (A Grande Guerra), iniciada em 1914. Tendo esta
envolvido todos os continentes, foi uma guerra total, mas piores foram os seus
efeitos. O grau de miséria, a fome intensa durante e após, os milhões de
mortos, quer civis, quer militares, falam por si. Quando falo deste tema gosto
de referir o Tratado de Versalhes que responsabilizou a Alemanha pela guerra e
não só a obrigou a assinar o acordo como também a pagar reparações de guerra
cujo valor era subjetivo e pouco claro. A falta de transparência que houve
nestas cimeiras da paz em 1919, tendo em conta que este conflito terminou em
1918 com o Armistício de
Compiègne, ainda permanece atualmente nas relações políticas entre países. Vejamos o seguinte exemplo: Donald Trump e o
líder Russo, encontram-se na Arábia Saudita para decidir o futuro da Ucrânia,
sem uma das partes fundamentais: a Ucrânia.
Após a Grande Guerra, algumas mudanças foram feitas,
desde o surgimento de vanguardas artísticas, a emancipação feminina, embora
limitada, mudanças nos costumes e a proliferação de regimes democráticos.
Com o fracasso da Sociedade das Nações em manter a
paz repete-se um novo conflito à escala mundial (1939-1945). Com a existência
de confrontos ideológicos entre os totalitarismos e as democracias liberais,
esta ultrapassa, em termos éticos e morais, a primeira. Quando Hitler em 1933
chegou ao poder e começou a intolerância, com as minorias, considerando apenas legitima
a raça Ariana, lança as bases para o que veio a surgir - a Solução Final,
levada a cabo no Holocausto. Esta intolerância ainda persiste na atualidade e é
evidente nos partidos extremistas que são contra os ciganos, os árabes e, de
forma generalizada, os imigrantes. Da mesma forma que Hitler foi eleito
democraticamente, atualmente está a ocorrer o mesmo com partidos populistas que
devido a astuciosas manobras e aproveitamento das redes sociais conseguem um
grande número de votos.
Enquanto que após ambos os conflitos mundiais, os
EUA apoiaram a Europa financeiramente (Ex.O Plano de Marshall, anunciado em
1947), o atual Presidente dos Estados Unidos da América acusa a União Europeia
(UE) de ser um projeto com o propósito de destruir os EUA e de não garantir a
paz nem a voz das pequenas nações em termos internacionais e com esse
argumento, impõe tarifas comerciais aos Estados-membros da UE. No caso de Trump
não há dúvidas: a América vem primeiro, mesmo que o país, apesar da grande
margem de consumo interno, dependa fortemente das exportações para o PIB.
Da mesma forma que em 1929 com o Crash da Bolsa de
Wall Street, ocorreu uma enorme crise económica, cujos efeitos foram
esmagadores, atualmente devido à globalização e à interdependência dos
mercados, qualquer pandemia e crise dissemina-se muito rapidamente e faz sentir-se
de forma violenta nos quatro cantos do mundo, como foi o exemplo da Covid-19.
Os ciclos de recessão e de prosperidade dos EUA repercutem-se rapidamente no
mundo.
Nos nossos dias, a ONU, assim como a Sociedade das
Nações no passado, enfrenta desafios, mas é uma organização essencial e temos
visto resultados que o comprovam. No
entanto, a existência de alguns membros permanentes no Conselho de Segurança
inviabiliza a aprovação de resoluções, pois estão mais preocupados com os seus
próprios interesses do que com a paz e com o bem comum, sempre foi assim e será
sempre uma continuidade.
Em 1945, Portugal manteve-se autoritário enquanto na
Europa se assistia à queda dos fascismos. O mesmo aconteceu com as
descolonizações que no caso Português, em particular, resultaram em guerras sem
sentido que enfraqueceram economicamente o país e que podiam ter sido
totalmente evitadas, bem como o número trágico de vítimas mortais e de
incapacitados. Estas tendências imperialistas/colonialistas mantêm-se, vejamos
os casos de invasão da Ucrânia pela Federação Russa ou as pretensões à
Groenlândia, por parte da presidência norte-americana.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa saiu
destruída e perdeu definitivamente a sua supremacia no mundo que mantinha desde
o século XIX. Dá-se assim início à Guerra Fria: dois blocos antagónicos, o
bloco ocidental (liderado pelos EUA) que defendia as democracias liberais e o
liberalismo económico e o bloco de Leste (liderado pela URSS) que defendia o
comunismo e a planificação da economia. Com o fim do período da Guerra Fria e
do Bipolarismo, reforçou-se a hegemonia dos EUA, a partir de 1991, mas logo
surgem novos pólos económicos. Um desses pólos é a China que mantendo o
comunismo a nível interno, criou um sistema alternativo - o socialismo de
mercado, abrindo-se à economia de mercado a nível externo.
Em Portugal, a maior mudança foi a Revolução do 25
de Abril de 1974 e a democratização do país que levou à atual constituição,
aprovada em 1976 e que apesar de várias revisões permanece a mesma e com ela
aderimos à UE.
Hoje, a UE
continua a garantir o
respeito pelos Direitos Humanos cuja declaração surgiu em 1948, que apesar das
atrocidades das guerras e das várias tensões religiosas, nacionalistas e
pluriétnicas que ainda permanecem nos nossos dias, continuam a ser os ideais da
UE. Outra permanência é que o continente Africano sofre ainda as consequências
do colonialismo, evidentes no caminho do desenvolvimento de todos os seus
países.
Foi também a
partir do fim da Guerra Fria que proliferaram os grupos e países com posse de
armamento nuclear, principalmente no Oriente e um aumento significativo dos grupos
extremistas islâmicos e que hoje desafiam a segurança a nível mundial.
A preocupação com o ambiente, uma enorme alteração
dos dias de hoje, que tem sensibilizado vários ativistas como a Sueca Greta
Thunberg, assume-se como uma das causas que mais nos mobiliza como jovens. No
entanto, o ceticismo relativamente às alterações climáticas por parte de
líderes políticos aumentou e tem-se tornado um enorme entrave à mudança.
Foram, de facto, os avanços tecnológicos que
permitiram a globalização, no entanto, permanecem desigualdades no acesso às
TIC.
A UE continua
a ser um projeto único e por isso, original e Portugal, ao integrá-lo em 1986, tirou
proveito para o desenvolvimento económico do país, com os maciços investimentos
nas infraestruturas, no setor da saúde e da educação entre muitos outros,
contribuindo para a diminuição do analfabetismo. No entanto, atualmente outros
obstáculos persistem: não existe no nosso país, na atualidade, falta de acesso
à informação, pois rapidamente pesquisamos na internet e encontramos respostas
e temos o ensino obrigatório até aos 18 anos. Esperava-se assim, dotar as
futuras gerações com espírito crítico, aumentar a produtividade e, de
certa forma, contribuir para a valorização da ética, para o cumprimento das
leis, para o respeito pelos Direitos Humanos e pela diversidade que seriam
características de uma população mais instruída. Mas tal não se está a verificar e isso prova que a
evolução da Humanidade não é linear, mas muito complexa.
Apesar das crises e conflitos do passado, a
Humanidade tem mostrado capacidade de superação (por exemplo a atual relação
entre a França e a Alemanha desde a criação da CECA em 1951). Com diálogo,
cooperação e respeito entre os povos, é possível construir um futuro melhor.
Aprender com a história e valorizar a sua aprendizagem nas escolas e outras
instituições de formação, é a meu ver, o primeiro passo para garantir a paz e a
justiça no mundo.
Simone Marques, 12.º D
No dia 11 de junho de 2025, cerca de 69 alunos dos 5.º e 6.º anos, acompanhados por oito docentes, realizaram uma visita de estudo à MagikLand, em Penafiel. Este parque temático proporcionou um dia repleto de alegria, aventura e descoberta, reforçando os laços entre alunos e professores.
Com sete hectares divididos em
seis áreas temáticas, a MagikLand apresenta-se como um espaço de fantasia e
diversão, onde não só as crianças, mas também os adultos, são convidados a
participar nas atividades lúdicas.
A visita começou na zona temática
de África, com telhados de colmo e elementos culturais típicos, onde os alunos
experimentaram o safari em camiões do Dakar, voaram nos aviões “África Minha” e
divertiram-se com os carrinhos de choque na Sanzala. A adrenalina esteve em
alta com os Bumper Boots e o radical Enterprise.
Seguiu-se o Mundo da Confusão,
inspirado em Paris e no universo da fantasia, com carrosséis, duendes,
personagens icónicas como o Mickey e a Minnie, e até uma Roda Panorâmica com
vista sobre o parque. No Bosque Encantado, o comboio serpenteava entre árvores
reais e imaginárias.
Na Aldeia Medieval, entre castelos
e torres, os alunos mergulharam num cenário de cavaleiros e donzelas. Mais à
frente, no Refúgio dos Piratas, exploraram uma ilha com um galeão ancorado e
viveram aventuras na montanha-russa Corsária. A zona do Far-West ofereceu
emoção na Montanha Mágica, encontros com índios e uma caravana do velho oeste.
Durante a viagem de comboio pela
Estação dos Carvalhais, os alunos visitaram um mundo pré-histórico com
dinossauros e cascatas, cruzando novamente as várias áreas do parque. No Souk e
já no mercado árabe, contemplaram o Refúgio dos Piratas antes de terminarem o
dia com um mergulho refrescante na lagoa artificial.
Esta atividade teve como objetivos
o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis, a promoção de comportamentos
responsáveis e a aquisição de princípios de cidadania e inclusão. Foi também
uma oportunidade para aplicar os conteúdos trabalhados nas aulas de Educação
Moral e Religiosa Católica (EMRC), nomeadamente no domínio do autoconhecimento,
autoestima e respeito pela natureza.
Os alunos mostraram-se muito
satisfeitos com a experiência e destacaram a importância do convívio e da
diversão partilhada. A visita à MagikLand revelou-se uma atividade
enriquecedora, contribuindo para a formação integral dos estudantes, em linha
com os princípios do projeto educativo do agrupamento.
O Professor de EMRC, José Ribeiro
A turma B do 6º ano obteve o segundo lugar ao participar na 5ª edição do Campeonato de Ciência e Escrita Criativa, iniciativa da Penguin Educação, com o apoio da Rede de Bibliotecas Escolares e do Plano Nacional de Leitura. Este projeto tem como objetivo estimular a leitura, a escrita e a experimentação; potenciar o pensamento crítico; despertar a criatividade; e fomentar a transdisciplinaridade, com base na coleção, Clube dos Cientistas, de Maria Francisca Macedo. Lido um dos livros, O Clube dos Cientistas 2: Um Estranho Caso na Quinta, deu-se asas à imaginação e assim nasceu não só um novo capítulo da história, mas também um protocolo experimental, de acordo com a invenção proposta na nova cena, tudo isto resultado do trabalho colaborativo e de articulação entre a disciplina de Português e o Clube de Ciência Viva. Muitos parabéns!
Bianca Oliveira, Maria do Céu Fernandes e
Susana Cunha
O espaço da feira, desde a decoração aos trajes de época, tudo contribuiu para criar uma atmosfera envolvente que nos transportou para o tempo de Camões. Alunos do ensino básico e secundário, professores e funcionários participaram com grande entusiasmo, mostrando talento e dedicação em tudo. Houve música, danças, jogos, teatro, animais, comida, poemas declamados por alunos, fogo de artificio, cortejo e representação de uma luta de espadas! Um ambiente totalmente diferente e único, sem dúvida!
Mariana Lopes
REPORTAGEM FOTOGRÁFICA
TESTEMUNHAS DO PÚBLICO E DE OUTROS ALUNOS
Moral da história?
As alunas finalistas,
Cândida Carvalho - 12.ºB
Inês Macedo - 12.ºB
Letícia Araújo - 12.ºB
Mariana Lopes - 12.ºB
Matilde Silva - 12.ºB
Fora
da Zona de Conforto, Dentro do Coração.
Foi na Feira Quinhentista que
fizemos algo fora da nossa zona de conforto, e não nos arrependemos nada.
Vestirmo-nos de ardinas e ter de interpretar este personagem enquanto
interagíamos diretamente com o público foi uma experiência inesperada, mas
incrível. Nunca pensamos no teatro como algo indicado para nós, porque
normalmente preferimos interagir apenas com aqueles com quem nos sentimos mais
confortáveis. Nos ensaios, fazíamos exercícios que nos ajudaram a controlar a
rapidez com que falávamos, a dicção, a respiração e aprendemos, ainda, a
controlar os gestos e o corpo. Foi nestes mesmos momentos que fomos ganhando
mais carinho pelos personagens que, embora fossem das coisas mais simples,
puxaram por uma parte de nós que estava escondida. Fomos aperfeiçoando com as
indicações dadas e tentamos fazer o nosso melhor. Ensaiamos até ao último
minuto para nos sentirmos mais seguras.
Confessamos que o nervosismo nos
atacou quando estávamos a poucos minutos de entrar. No entanto, estarmos juntas
a caminhar por novos caminhos, e ver a cara da nossa orientadora, Beatriz Lobo,
a assegurar-nos que íamos conseguir, deixou-nos mais à-vontade. Agradecemos à
Beatriz por nos “arrastar” para esta atividade, que ficará para sempre guardada
nos nossos corações e nos fez ver que podemos brilhar em algo diferente, desde
que tentemos.
Um enorme obrigada a todos os
envolvidos nesta Feira, que nos fez lembrar o poeta que tanto cantou os feitos
de Portugal, para nos lembrar que podemos continuar a atingir ainda mais
feitos. Um obrigada especial à Beatriz Lobo, que confiou em nós quando nem nós
confiávamos.
Foi uma ótima maneira de terminar
o nosso último ano nesta escola e, ter este projeto como o último, deixa-nos
orgulhosas. Recordaremos tudo isto com muito orgulho e carinho!
Mais uma vez, obrigada!
Matilde Silva e Mariana
Lopes – 12.º B
Pequenos e Grandes Artistas puseram mãos à obra e criaram verdadeiras peças de arte inspiradas na época de Luís Vaz de Camões!
Numa homenagem a Camões e a toda a sua obra, vamos realizar a Feira Quinhentista inserida nas comemorações dos 500 anos do seu nascimento que conta com a exposição de todos os instrumentos musicais elaborados pelas famílias !
Lúcia Dias
Ler
O Rapaz e o Cão é um livro de Seishu Hase. É um romance comovente que explora o poder dos afetos e dos laços entre seres vivos. A narrativa tem início após um terramoto seguido de um tsunami no Japão, quando Kazumasa, um jovem que tenta reconstruir a vida para ajudar a sua mãe, encontra um cão perdido chamado Tamon, pois ele tinha consigo uma placa na coleira indicando o seu nome, este parece estar esfomeado e exibe um olhar doce, levando Kazumasa a vê-lo como um anjo da guarda. No entanto, Tamon insiste em procurar algo ou alguém, sempre virado para sul.
À medida que a história se
desenrola, Tamon cruza-se com diversas pessoas, tocando as suas vidas e
enchendo-as de esperança, enquanto prossegue a sua jornada para reencontrar
alguém muito especial. O romance destaca-se por mostrar como pequenos
gestos e encontros podem iluminar as sombras da tristeza…
Ana Catarina Freitas, 10.ºB
Ver
A Culpa é das Estrelas, de John Green.
Ver este filme é viver a nossa juventude na juventude do “outro”. É descobrir o amor e como este sentimento lida e vive com a doença.
As personagens principais são a Hazel Grace Lancaster e
Augustus Waters , dois adolescentes que se conhecem num grupo que apoia doentes com cancro.
É uma história emocionante
sobre amor, resiliência e superação.
A voz, meio falada, meio cantada,
reforça essa sensação de distância emocional, como quem observa o mundo de
fora. Há uma estética que nos transporta para um cenário de becos iluminados a néon, onde tudo parece em constante
movimento, menos o narrador, que se mantém estanque no seu próprio mundo, com
saudades da sua terra natal.
“Deslocado” é uma canção curta, mas
carregada de atmosfera e emoção. Mostra os Napa
num registo maduro e seguro, a explorar territórios sonoros com a sua
identidade própria. Para quem procura música portuguesa contemporânea fora dos
moldes convencionais, esta é uma música obrigatória.
Jesus Tinoco,
10.ºB
A turma do 11º C desenvolveu o projeto "Tesouros da Região: do Ouro ao Bom Jesus" em Cidadania e Desenvolvimento.
As atividades incluíram:
A turma criou uma revista digital no Canva com fotografias,
textos informativos e gráficos dos dados recolhidos.
Consulte os materiais criados:
No dia 27 de maio, o Jardim de Infância de Taíde, teve a visita de um Encarregado de Educação, que partilhou algumas noções sobre os primeiros socorros, explicando como se deve atuar em algumas situações.
Nesta atividade as crianças observaram e aprenderam como agir em determinadas situações, que podem ocorrer no dia a dia do Jardim de Infância.
As educadoras de Taíde
No passado dia 2 de junho, o nosso Agrupamento promoveu os Encontros Interculturais, uma iniciativa dedicada aos alunos recém-chegados do estrangeiro. O objetivo? Fomentar a integração, a partilha de vivências e valorizar a diversidade cultural que enriquece a nossa comunidade escolar.
Os alunos participaram num animado Bingo Cultural, onde, de forma divertida, descobriram curiosidades uns sobre os outros com base nas suas experiências em Portugal.
Seguiu-se um momento de reflexão em grande grupo: partilharam os desafios enfrentados, os sucessos conquistados e o que poderia ter corrido melhor, dando excelentes sugestões para implementar no próximo ano no acolhimento aos alunos estrangeiros. Foi uma conversa inspiradora que revelou não só a resiliência dos alunos, mas também a importância de continuar a construir uma escola mais inclusiva e acolhedora.
Na Escola Secundária, os alunos assinalaram os seus países de origem no mapa AEPL Cultura+, celebrando a riqueza cultural do agrupamento. Já na Escola Básica do Ave, criaram um puzzle coletivo, onde cada peça representava a identidade de cada um – mostrando que, juntos, formamos um todo.
Este foi um dia repleto de respeito, escuta ativa e empatia, com o olhar voltado para o futuro: acolher, apoiar e crescer com todos os que chegam!
No dia 2 de junho, comemoramos o Dia Mundial da Criança, só com brincadeiras.
No período da manhã as crianças lancharam e brincaram livremente no Terreiro. De seguida, fizemos uma caminhada pela zona. Ao longo da caminhada, passámos pela farmácia e fomos contemplados com vários presentes: pipocas, um livro para colorir e lápis de cor. No período da tarde, comeram pipocas e saborearam um gelado, no recreio exterior. Foi um dia muito divertido para todos!
No dia 29 de maio, as crianças da Educação Pré-escolar, dos diferentes Jardins de Infância do Agrupamento, realizaram uma visita de estudo ao Eco Parque "Pé Descalço", em Ponte de Lima. Neste parque puderam realizar diferentes atividades, nomeadamente, o percurso do Pé descalço, a visita à árvore dos desejos, o brincar nas cozinhas de lama, as corridas de karts e experimentar outras atividades igualmente divertidas.
De seguida, fizemos um piquenique na zona destinada à alimentação.
As crianças gostaram muito desta atividade. Foi um dia diferente, divertido e de muita brincadeira.
As Educadoras
No dia 26 de maio, recebemos a
visita de duas atrizes de teatro que nos apresentaram a história: “A Bondade é o Nosso Super Poder”, no âmbito do projeto Leituras Encenadas.
Foi um momento fantástico de aprendizagem sobre a bondade, um tema bastante
trabalhado no jardim-de-infância.
Neste contexto surgiram algumas
frases bastante pertinentes que foram ao encontro da perceção das crianças
sobre este tema.
Abraços aos amigos
Pedir desculpa
Ajudar as pessoas
Partilhar os brinquedos
Deixar os amigos brincar connosco
Ai que lindo que é ser amigo
Não ficar zangado quando alguém
nos magoa
E, assim , se repetiram várias
vezes as mesmas frases.
Esta atividade foi da
responsabilidade do Pelouro da Cultura, da Câmara Municipal, em articulação com
a biblioteca da EB do Ave.
Lúcia Salgado
A história contemporânea é marcada por uma forte tensão entre rutura e continuidade. Ao longo dos últimos cem anos, o mundo assistiu a crises globais, confrontos ideológicos, à formação e queda de impérios, a experiências autoritárias e à construção de novos modelos de cooperação e cidadania.
Comparar os diferentes contextos históricos, da primeira metade do
século XX ao mundo atual, permite perceber que as mudanças não ocorreram todas
ao mesmo tempo nem foram, necessariamente, para melhor. Ao mesmo tempo, muitas
estruturas e problemas permaneceram mesmo em épocas de progresso.
Esta reflexão analisa essas mudanças e permanências desde a primeira
metade do século XX, o período da Segunda Guerra Mundial ao início da década de
1980 e o mundo contemporâneo, desde 1990 até à atualidade.
No início do século XX, os impérios europeus dominavam grande parte do
planeta. A Primeira Guerra Mundial destruiu esse equilíbrio, gerando novos
Estados e promovendo a criação da Sociedade das Nações (SDN) que pretendia garantir
a paz.
Nos anos de 1920, os EUA
emergiram como potência económica e tecnológica e vivenciou-se a apreciação da
vida através dos “Roaring Twenties”
que moldaram novas conceções e aproximaram a emancipação feminina. No entanto,
a crise de 1929 (“O crash de Wall Street”) abalou a economia mundial e, apesar
da resistência da democracia, abriu caminho a regimes autoritários como o
Fascismo, o Nazismo e o Estado Novo, em Portugal.
Em 1917, as Revoluções Russas criaram a
primeira alternativa ao capitalismo liberal com a implementação de um regime
comunista de economia planificada. Nos anos seguintes, a URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas) expandiu a sua influência, tornando-se uma
superpotência no decorrer da Segunda Guerra Mundial. A guerra, devastadora e
“abre-olhos” para a capacidade dos seres humanos em fazer os outros sofrer,
terminou com a criação da ONU, uma estrutura mais eficaz e ambiciosa do que a
SDN, fundada para garantir a paz, a cooperação e os Direitos Humanos.
Após o conflito, o mundo
dividiu-se em dois blocos antagónicos, dando origem à Guerra Fria. Os EUA
lideraram o bloco capitalista, apoiados por alianças como a OTAN e pelo seu
poder económico, científico e militar.
A sua hegemonia baseou-se na força do dólar, utilizado como referência
para ajudar os países afetados pelas guerras mundiais e pelas crises
económicas, desde o Plano Marshall e a OECE, passando pela influência cultural
até ao papel de “polícias do mundo” em conflitos como a Guerra do Vietname e do
Golfo. A URSS liderava o bloco socialista comunista, com regimes alinhados no
Leste da Europa, organizados e aprisionados em torno do Pacto de Varsóvia e do
COMECON. Durante esse período, o mundo ocidental viveu os “Trinta Gloriosos”
(1945-1973), um tempo de crescimento económico, melhoria do bem-estar e
construção do Estado Providência (“Welfare State”). Portugal, contudo,
permaneceu sob a ditadura e mergulhado na Guerra Colonial. Só com o 25 de Abril
de 1974 é que o país iniciou o processo de democratização e descolonização e
uma reaproximação ao mundo, depois de tanto tempo isolado, encetando também o
caminho do desenvolvimento.
Entre os anos 1950 e 1970,
verificou-se a descolonização não só de África como, também e anteriormente, da
Ásia, impulsionando a emergência do Terceiro Mundo. Muitos dos novos Estados,
apesar da independência, mantiveram-se dependentes das grandes potências, o que
deu origem ao Neocolonialismo. A instabilidade política, a pobreza e a fraca
industrialização permaneceram em vários destes países, refletindo uma mudança
incompleta para a democracia plena.
Nos anos 1980, a URSS entrou em
crise. A partir de 1985, Mikhail Gorbatchev implementou reformas como a
Perestroika (reestruturação económica) e a Glasnost (abertura/ transparência
política), na tentativa de salvar o regime. No entanto, as reformas levaram ao
colapso da URSS, à queda do Muro de Berlim e, para alguns, ao fim da Guerra
Fria. A desagregação do bloco soviético revelou desigualdades profundas,
tensões étnicas e falhas no processo de transição para o capitalismo, sobretudo
nos países do leste europeu. Com o fim do bipolarismo, os EUA afirmaram-se como
a única superpotência, surgindo um novo quadro geopolítico unipolar. No
entanto, esta hegemonia começou a ser desafiada por outros países e outros polos
então emergentes.
A partir da década de 1990, presenciou-se o crescimento da União
Europeia, que passou de uma comunidade económica (CEE, Comunidade Económica
Europeia) para um projeto político ambicioso. A cidadania europeia, a livre
circulação e o euro tornaram-se símbolos de unidade na diversidade, embora
tenham surgido dificuldades como: o euroceticismo, desigualdades internas e
tensões entre países membros. Portugal integrou-se neste projeto em 1986, beneficiando
de fundos, modernizações e de uma maior projeção internacional, consolidando
assim o caminho do desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, a região da Ásia destacou-se como novo centro de poder
económico. O crescimento dos “Quatro Dragões Asiáticos”, inspirados pelo
“Milagre japonês” desde 1945, e o surgimento da China como potência global,
mudaram o equilíbrio mundial. A abertura económica da China, a integração de
Hong Kong e Macau e a aposta em tecnologia e exportações consolidaram a sua
posição como rival dos EUA. O modelo de “um país, dois sistemas” permitiu
combinar o controlo político do Partido Comunista Chinês a nível interno, com uma economia de mercado, o “socialismo de
mercado”, a nível externo, que
impulsionou o seu desenvolvimento e a sua afirmação.
Após a Guerra Fria, eclodiram
conflitos nos Balcãs, no Médio Oriente e em várias regiões de África. Muitos
destes conflitos tinham raízes históricas, divisões étnicas e interesses
económicos por detrás, revelando que a paz não foi garantida com o fim do
conflito Leste-Oeste.
O início do século XXI trouxe
uma nova fase de globalização, dominada por lógicas neoliberais. As trocas
comerciais aumentaram, as tecnologias de comunicação aproximaram as sociedades
e as economias tornaram-se interdependentes. Porém, este processo gerou novas
desigualdades, precariedade laboral, desafios ambientais, migrações em massa e
fragilidades nas democracias. Portugal, integrado neste sistema global,
beneficiou de investimentos mas também sentiu os efeitos das crises económicas
e da austeridade.
Em suma, as mudanças não
aconteceram todas ao mesmo tempo, nem tiveram os mesmos efeitos em todos os
contextos. A história recente mostra avanços significativos na ciência, nos
direitos, na cooperação internacional, mas também resistências, exclusões e
desequilíbrios que se mantém. Portugal é exemplo disso: passou de império
autoritário a democracia europeia mas enfrenta convulsões, crises e
desigualdades que não desapareceram com a mudança política.
A perspetiva crítica sobre os últimos cem anos obriga-nos a reconhecer
que o progresso não é automático nem linear. Compreender o que mudou e o que
permaneceu ajuda a olhar para o presente com maior responsabilidade e
consciência histórica. A história é feita de escolhas e cabe-nos a nós,
conscientes dos efeitos das mesmas, fazer opções mais justas do que as que, por
vezes, marcaram o passado ou aproveitando os exemplos positivos, para continuar
em frente com maior segurança.
Filipa Silva (12.ºD, CCHLH).